Eu editei rápido, então qualquer erro me avisem... Amanhã tem mais
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Nos dias subsequentes Emily fez cada um dos exames pedidos por Lavínia, todos na sua opinião uma chatice pura, principalmente o eletroencefalograma que rendeu altas reclamações da economista por conta dos eletrodos fixados em seu couro cabeludo para que fosse realizado o exame. Susan não deixou de se divertir dos reclames birrentos da esposa. Ali lhe pareceu um vislumbre da velha Emily de sempre.
Quando os resultados sairam, Susan marcou para sexta de manhã o retorno com Lavínia.
A neurologista ao ter os resultados em mão, os analisou com atenção e neles ficou constatado que não havia lesão alguma no cérebro de sua paciente e tampouco, anormalidades na atividade elétrica cerebral, o que era bom e mau ao mesmo tempo.
Diante de tais resultados, a neurologista só conseguiu chegar naquele momento a uma única conclusão plausível que explicasse o que havia acontecido aquela sua mais nova paciente, para que tivesse perdido assim tão repentinamente sua memória. No entanto não podia cravar com certeza, mas tudo indicava para uma amnésia psicogênica onde a causa era motivada por estresse ou algo psicológico, mesma conclusão que o psiquiatra havia chego.
Logo as dúvidas e os questionamentos vieram da parte de Emily:
O que fazer nesse seu caso então?
Quanto tempo sua amnesia ia perdurar?
Voltariam suas lembranças ou não?
Foi um bombardeio com essas e outras questões de uma Emily temerosa por ter um futuro incerto quanto à volta de suas lembranças e sua vida daqui para frente. E de uma Susan apreensiva para saber quando esse pesadelo que já faria duas semanas que durava, fosse acabar para sua mulher voltar a ser aquela mesma Emily de antes.
Com uma paciência de Jó, a médica explicou tudo as duas mulheres. Segundo Lavínia o futuro daquela situação não tinha como ser estimado. Lembrou tanto Emily quanto Susan sobre o que tinha dito na consulta passada quanto a ir devagar na estimativa do retorno de lembranças da mulher e a resposta do casal foi apenas um aceno de cabeça nada satisfeito.
A neurologista comunicou ao casal que Emily começaria logo um tratamento com medicamentos para estimular sua memória; prescreveu os nomes dos remédios e estendeu a receita a Susan lhe recomendando que os comprasse o mais rápido para que Emily começasse a tomá-los o mais breve possível. E, além disso, elas teriam algumas sessões de terapia onde seriam feitos exercícios específicos, como forma de ser mais um meio de estimular sua memória. Lavínia também recomendou um acompanhamento psicólogico a Emily, o que Susan já disse estar encaminhado.
Depois disso acertaram os dias e horários das suas sessões de terapia e a próxima consulta para saber como Emily reagia aos medicamentos, em seguida se despediram,
Na parte da tarde era à vez de o casal se encontrar diante do psicólogo. Relataram ao médico todo o problema que assolava Emily e que já perdurava há semanas. Arthur, o psicólogo, que já tinha tratado um caso semelhante, não ficou espantado com o caso como os outros profissionais que elas consultaram. E diante do comentário do médico sobre já ter trabalhado uma vez com um paciente aparentemente com o mesmo caso de Emily, a economista sentiu-se menos "aberração" do que vinha se sentindo desde o começo daquela situação toda. Saber que ela não fora a única a passar por algo incomum era um alívio.
A consulta prosseguiu pelas duas horas seguinte regada de muita conversa com Arthur onde o casal contou tudo o que já haviam ouvido de outros médicos a quem buscaram ajuda; mostraram os exames que a economista tinha feito, os remédios que começou a tomar, e tudo mais que julgaram ser do conhecimento do profissional.
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MEMÓRIAS PERDIDAS - EMISUE
RomanceDuas mulheres apaixonadas e há quinze anos juntas; filhos amorosos e carinhosos; uma verdadeira família feliz. Mas uma inexplicável e súbita perda de memória vai abalar a felicidade dessas pessoas. Sem aparente razão, Emily acorda em uma manhã não s...