Dois fugitivos

A sua mulher doente

ela sai e fecha a porta vou até a Marília, seguro na mão dela mas ela se solta

Murilo- amor sou eu Murilo (ela me olha com o rostinho molhado, seus olhos fundos, sua boca seca) amor

Marília- Por sua culpa eu vou perder o meu bebezinho

Murilo- Amor, eu?

Marília- Você e a sua mulher doente, isso que dá nunca assumir a quem se ama tá vendo

Murilo- Amor (falo sorrindo mas era de disperso mesmo) pelo amor de Deus, que culpa eu tenho?

Marília- Todas Murilo, todas

Murilo- Amor você tá sendo injusta comigo, eu não tenho culpa de nada

Marília- Eu vou perder o meu filho (ela fala chorando) eu vou perder o meu bebezinho (ela coloca a mão na barriga sua mãozinha com o soro)

Murilo- Não vai amor (ela me olha chorando) desculpa eu amor (falo chorando) eu nunca deveria me envolver com a Ingrid eu só sei te machucar o meu amor te faz sofrer, o meu amor te faz mal, me perdoa amor eu tento ser perfeito mas eu não consigo (seco minhas lágrimas) me perdoa por te colocado em risco (ela segura minha mão) me perdoa meu amor

Marília- Ela abusou de mim amor (abaixo a cabeça) ele me machucou, ele matou o nosso bebezinho amor (ela fala chorando) eu quero morrer

Murilo- Ei para (seguro o rosto dela) a gente tem a isa, tem as nossas gêmeas, a gente tenta de novo mais pra frente quando seu corpo poder gerar a gente tenta amor, mas não fala isso nunca mais por favor

Marília- Eu quero o meu pedacinho Murilo, eu quero o meu FILHO

Murilo- Se acalma Marília por favor, a gente nem sabe a médica ainda foi fazer exames

Marília- Eu tô gerando ele Murilo (ela me olha com um olhar de ódio) eu sei o que acontece no meu corpo e eu não tô gerando MAIS

Murilo- Eu vou falar pra te dar um calmante se você não se acalmar

Marília- Eu quero o meu filho

ela vira de lado e começa a gritar chamando pelo bebê e que facada era ouvir aquilo me afasto dela e fico olhando a janela, eu não sabia o que fazer ela tava com raiva de mim, ela tava me odiando naquele momento e não queria olhar na minha cara, eu só escutava o choro dela vejo a porta abrir e a médica entrar.

***- Bom, Marília (ela se ajeita na cama e olha para ela) o bebe tá bem (respiro aliviada e as lágrimas descem dos meus olhos encosto a cabeça na janela) tem alguns cuidados a serem tomados mas nada de mais, você o bebê estão bem, moço (olho pra ela) já foi resolvido a gestão com a polícia e desculpa é que esse é meu trabalho

Murilo- Não tem problema (forço um sorriso)

***- Você já tá liberada

ela tira o soro da Marília, ela sai da sala deixando a gente sozinhos eu não ia falar com ela, só ajudei ela a levantar e a vestir a roupa seu corpo marcado me dava vontade de chorar termino de vestir a roupa nela e ela me abraça choro no seu abraço igual criança tava doendo de mais aquilo em mim, choramos os dois juntos escorrego minha mão até a sua barriga.