Capítulo 7

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KATHERINE POV.

Eu sabia que seria encrenca desde a primeira vez que a vi, quando me observava dançando na festa de boas vindas da fraternidade alfa. Ela não sabia se quer disfarçar seus olhares, e logo percebi que ela era diferente das outras garotas. Tímida, comportada e linda, linda pra caralho!

Me aproximei pra fala com ela e porra, porque diabos eu fui fazer isso? Assim que eu a olhei de perto senti meu corpo estremecer, ela não se comparava nem de longe com nenhuma outra garota que estava naquele lugar.

Eu a queria pra mim, mas sabia que era roubada. Ela era o que pode se chamar de "garota perfeita", evangélica, não bebia, não fumava, era um exemplo, tão diferente de mim que era completamente errada. Éramos duas pessoas completamente diferentes, mas apesar de nossas diferenças conseguíamos nos dar bem de um jeito estranho e bom.

Eu queria mostrar pra ela um pouco do meu mundo, então levei ela pra tomar seu primeiro porre, ela ficou bêbada de um jeito que sequer conseguia ficar de pé. Até que não foi uma má idéia ao meu ver, já que no final de tudo isso eu le dei banho e tive o grande prazer de vê la perfeitamente nua na minha frente. Seu corpo era lindo, a única coisa mais perfeita que ele era seu rosto corado de vergonha sob meu olhar, depois le coloquei uma roupa, era como brincar de boneca e eu estava adorando.

A cada dia que se passava eu ficava ainda mais apegada a ela, ela me encantava com tudo que fazia. Como não amar aquele jeito meigo e perfeito que só ela tinha? E me doía no fundo do coração saber que não tinha sequer uma chance com ela, ou tinha? Meg era do tipo que não conseguia mentir, a verdade sempre ficava estampada nos seus lindos olhos verdes e eu sabia que no fundo ela sentia por mim o mesmo que eu sentia por ela, mas tinha aquele namoradinho patético dela que era uma grande pedra no meu sapato, e eu sabia que ele era um dos grandes motivos de nós não estarmos juntas ainda. E olhe bem pra mim, apaixonada por alguém que não posso ter, patético!

Mas eu nunca fui do tipo que desiste fácil, eu estava disposta a conquista-lá, em todas as aulas eu costumava sentar no fundo da sala, só pra poder observa-lá, ela sempre sentava em uma das cadeiras da frente, o que me dava uma visão espetácular dela durante toda a aula.

As vezes me pegava pensando porque tudo tem que ser tão complicado? Porque ela não podia simplesmente ser solteira e confessar pra ela mesma que gostava de mim. Por que me fazer sofrer? E pior, porque se fazer sofrer? As vezes eu não conseguia entende-lá, aquela garota é minha ruína.

Tudo conseguiu ficar ainda pior quando decidi beijo-lá na festa da fraternidade beta, eu já havia ensaiando na frente do espelho milhares de vezes como seria a melhor maneira de abrir meu coração para Meg. Eu não era o tipo de garota que fazia coisas desse tipo, então era meio difícil e novo para mim. Nada saiu como eu esperava graças a Meg, que decidiu não seguir o roteiro que eu havia feito em minha mente. Ela resolveu ir embora antes da festa terminar, o que não estava nos meus planos.

- Eu não tô legal, quero ir embora - disse Meg que se atrapalhava nas palavras, ela levou a mão até a cabeça e eu pude perceber que ela realmente não estava bem. Eu sei que algumas pessoas são fracas pra bebida, mais Meg era fraca até demais, não precisava de muito pra ela começar a cambalear e vomitar como uma condenada.

- Ah fala sério Meg. A festa não tá nem na metade - falei na esperança de fazê-lá ficar, eu ainda não estava bêbada suficiente pra dizer o quanto eu gostava dela, e eu precisava beber muito pra tomar coragem. Eu não aguentava mais guardar pra mim mesma tudo que eu sentia e eu estava decidida a falar tudo pra ela aquela noite.

- Então fica aí, eu vou embora sozinha - respondeu ela enquanto saia da piscina, eu estava indo atrás dela quando ouvi a voz de Sofia que era uma antiga amiga. Eu não via Sofia a um bom tempo, apesar de estudarmos na mesma faculdade ela fazia um curso diferente do meu, e como vivia estudando e quase nunca saia, eu não a via com muita frequência. Foi uma surpresa vê-la no meio de uma festa daquele tipo.

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