MEGAN POV.
E ali estava eu, ajoelhada no chão chorando como uma criança. Aiden havia acabado de sair do meu dormitório, no seu olhar eu só via raiva e rancor, não o culpo por isso, sei que errei, mas ele não está no direito de falar nada pros meus pais, era uma coisa que eu tinha que fazer!
Gritei na esperança de que ele sentisse no mínimo um pouco de piedade de mim e voltasse, que me deixasse apenas explicar. Mas não, ele foi embora, e eu sabia que estava muito ferrada, era só uma questão de tempo até meus pais ficarem sabendo, eu estava com medo, com muito medo.
Mas que droga deu na cabeça de Kate de contar tudo assim? Ela sabia o quanto eu temia isso e como eu estava me preparando para assumir nosso relacionamento pra minha família, e agora eles vão ficar sabendo de tudo assim, da pior forma possível.
Corri para o meu quarto e tranquei a porta. Me joguei em cima da cama e apesar de está com um pouco de calor me cobri inteira com o coberto. Lembrei dos tempos em que eu era criança, quando eu usava minhas cobertas sempre que estava com medo, como se elas realmente fossem um escudo e fossem me livrar de todo o mal que pudesse vim me pegar. Mas elas não eram um escudo, e eu não era mais uma criança. Comecei a chorar, e senti meu rosto molhar com as minhas lágrimas.
- Meg, vi aquele babaca saindo. Você está bem? - ouvi a voz de Kate que batia desesperada na porta para que eu abrisse.
- Vai embora - respondi entre soluços. É tudo culpa dela, ela contou tudo. Além de triste eu também estava brava, brava com ela por ter aberto a droga da boca e falado o que não deveria.
- Não vou, abre a porta - gritou ela. Continuei quieta e parada debaixo do meu escudo de pano por um tempo.
Acho que fiquei ali sem me mover por quase 1 hora, mas o colar era maior que minha vontade de ficar no meu quarto, então decidi sair. Ao abrir a porta vejo Kate que está sentada no chão, com a cabeça entre as pernas. Ela ficou aí esse tempo todo? Bem, provavelmente sim.
- Porque não foi embora? - perguntei em voz baixa.
- Porque eu fiz uma burrada e quero que você me desculpe - ela levantou a cabeça e me olhou, seus olhos estavam inchados e um pouco vermelhos. Omg! Kate estava chorando. - Eu nunca iria deixar você sozinha, principalmente no momento em que você mais precisa de mim.
Ela estava certa, eu precisava dela, precisava muito. Eu não conseguia ficar com raiva dela, muito menos em um momento desses, eu precisava de um abraço. E qual abraço seria melhor que o dela?
Me sentei ao seu lado e encostei minha cabeça em seu ombro, ela começou a acariciar levemente minha cabeça e eu pude senti-lá sorrir.
- Obrigada - falei em um sussurro.
- Por?
- Por ser você, por me fazer tão bem e tão feliz.
(...)
Acordei com o despertador do meu celular, abri os olhos ainda sonolenta e avisto Kate que ainda dormia ao meu lado.
- Acorda preguiçosa - digo em voz baixa enquanto dou leves beijos em seu pescoço.
- Para, você tá fazendo cócegas - respondeu ela sorrindo.- Me obriga a parar - continuei a beijando no pescoço e Kate se contorcia e ria como uma louca. Ela se virou e ficou em cima de mim, colocou suas mãos em minha cintura e começou a fazer cócegas nas minhas costelas.
- Agora é a minha vez! - gritou ela enquanto continuava com as cócegas. Eu me debatia na esperança de fazê-lá parar, mas era sem sucesso.
- Ah não Kate, para por favor - implorei entre gargalhadas. Minha barriga já estava começando a doer quando Jenny invadiu o meu quarto.

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Lesbian
RomanceMegan Still é uma jovem de 19 anos, filha única de uma família religiosa. Meg acaba de entrar na faculdade de direito, onde conhece Katherine Loud, uma jovem que está disposta a conquista-lá e mostrar a ela os prazeres da vida. Com Katherine, Megan...