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Maraisa Pov

- Certo, Elize, me deixe sozinha com minha esposa só um minuto antes de liberar a entrada do rapaz. - Marília disse, a minha secretária concordou e se retirou, fechando a porta e me deixando sozinha com Marília. - Tome cuidado. Sei que escolheu entrar em meus planos comigo e permiti porque divido tudo com você e infelizmente você é teimosa... Mas Maraisa, não exagere, você está grávida. Tome cuidado, tudo bem?

- Tudo bem amor, não se preocupe mi amor... consigo ser tão ameaçadora quanto você. - Falei sorrindo e me sentando em seu colo, ela suspirou e passou a mão em minha barriga em um carinho. - Você vai estar lá fora olhando as câmeras para qualquer emergência, lembra? Pode entrar a qualquer momento aqui... confie em mim.

- Ok. - Ela disse meio preocupada, beijei sua boca com calma e me levantei, ajeitando minha saia, vendo ela me olhar com amor e se levantar, ficando a minha frente. - Eu te amo.

- Eu te amo. - Falei dando mais um selinho e retornando para minha cadeira. A mulher saiu da sala após me olhar mais uma vez e me deixou sozinha.

- Olá, Maraisa. - Ouvi a voz de Danilo. Suspirei e encarei o rapaz que entrava na sala. Ele se sentou na cadeira à minha frente e eu juntei as mãos em cima da mesa, notando o olhar do rapaz em meu anel de casamento, bem ao meu dedo.

- Olá Sr. Gentili. Comece da forma certa, aqui você me chama de Sra. Pereira Mendonça. Não te dei intimidade. - Falei, ele ergueu a sobrancelha.

- Mendonça? - Ele perguntou sorrindo em deboche, arredondei meu anel em meu dedo, fazendo carinho em minha mão.

- Sim, quando nos casamos, usamos o sobrenome da pessoa em que nos casamos. Mas isso não te interessa. - Falei, ele concordou um pouco surpreso.

- Certo. Vim atrás de emprego, quando soube que precisava de representante para dar uma geral nas empresas que fazem parcerias com você, eu pensei em vir ver se posso ocupar a vaga. Sou perfeito para isso. - Ele disse colocando as mãos pra cima, como quem dizia "sou perfeito".

Sorri apenas esticando os lábios e dei de ombro, encostando minha costa na cadeira e sentindo um pouco de dor em minha coluna. Peguei um contrato à ponta da mesa e estiquei para o rapaz que levantou a sobrancelha.

- Fácil assim? - Ele perguntou. Dei de ombros e sorri botando a caneta em cima do contrato.

- Seja bem vindo a minha empresa, Sr. Gentili. Irei pedir que Elize te mostre a empresa, que te ensine o que fazer. Fique à vontade. - Falei vendo o rapaz ler e assinar os documentos. Passei a mão pela boca e sorri disfarçadamente.

Olhei para o canto da sala, onde via o abajur em cima da mesa de bebidas, com uma pequena câmera escondida e totalmente disfarçada. Imperceptível. Olhei para as câmeras mais expostas na parte de cima do teto e vi que elas estavam normais.

- Pronto. - Ele disse meio desconfiado. Sorri forçadamente e apertei no botão em cima da mesa, do meu telefone.

- Elize, apresente a empresa ao sr Malik. Ele está sendo contratado. Dê uma ótima recepção à ele. - Falei, logo ouvi minha secretária afirmar e não demorar nem 1 minuto para entrar na sala e esperar Danilo para o acompanhar e o levar junto dela.

Peguei meu celular e notei a mensagem de Marília em meu celular

Amor
Tudo certo? Me confirme

Maraisa Pereira
Tudo certo, mi amor. Te encontro daqui a pouco na escola de Léo. Te amo

Nem esperei pela resposta, me ajeitei, peguei minhas coisas e coloquei tudo que era pessoal dentro da minha bolsa e sai da sala, fazendo questão de deixar a sala aberta, de propósito.

Quando sai, vi Danilo ao lado de Elize ouvindo informações e logo notando minha presença, os dois.

- Elize, estou saindo. Não retornarei mais hoje, bom dia pra você. Saia mais cedo, assim que quiser, está liberada. - Falei vendo a felicidade no rosto da mulher, apenas assenti em direção a Danilo com um sorriso forçado e sai indo para o elevador e indo embora.

—-//—-

Quando cheguei à escola de Léo, vi minha esposa sentada já me esperando, vi ela comendo um cachorro quente, o que me surpreendeu, j;a que ela nunca comia essas besteiras. Luísa estava junto e elas conversavam.

- Isso parece ótimo. - Falei me sentando ao seu lado e chamando sua atenção. Peguei o cachorro quente de sua mão e botei em minha boca comendo, sorri vendo sua cara desacreditada por eu estar comendo sua comida.

- É... vida de casada. - Luísa disse dando dois tapinhas na costa de Marília, que fez bico. Dei de ombros e comi tudo.

O jogo foi tranquilo. O time do meu filho ganhou e ele estava super feliz quando retornamos para casa. Luísa estava com a gente e vi Maiarai encontrar a gente já na porta de casa, quando chegamos.

Pedimos uma pizza e tomamos vinho, até que cheguei perto de Luísa e vi que ela já tinha entrado com o processo que eu tinha pedido a ela.

- Não há rastros, certo? - Perguntei, ela assentiu vendo Marília chegar perto.

- Não. Fiz um depósito na conta dele, que irá aparecer na conta dele com o nome da sua empresa... que recém empregado, faz esse tipo de coisa? - Luísa disse, concordei. - Só falta ele morder a sua isca.

- Ainda não há sinais. - Marília disse mostrando o celular, onde tinha imagens da câmera escondida em minha sala. Continuava vazia e sem sinais, já era noite.

- Vamos aguardar. - Maiara disse, concordei sentando no sofá enquanto sentia minha mulher atrás de mim, fazendo carinho em minha barriga.

Passaram algumas horas e eu acabei despertar minha atenção quando notei movimento em minha sala, vendo o celular de Marília que compartilhava a imagem na televisão. Sorri vendo as meninas sorrindo também. Quando o homem começou a revirar minha sala, ele começou a mexer em meu computador, no computador da empresa.

- Vamos. - Falei, Marília pegou o celular e me entrou, comecei a ligar, vendo Marília e Luísa pegar a chave do carro.

- Olá, queria pedir ajuda. Me chamo Maraisa Pereira e estou sendo roubada. - Falei no telefone, iniciando uma conversa com a polícia, Marília já tinha acionado Mariele também, por mais que ela fosse advogada, sabíamos que ela daria um bom adiantamento.

E foi desta forma.

Quando chegamos na minha empresa, a porta estava cheia de carro de polícia, fiz meu papel de mulher roubada e triste e cheguei até a chorar. Vi um dos policiais falar com Marília e fazia cara de brava, exigindo resolução. Mostrava até mesmo meu celular com a conta da empresa aberta em meu celular, mostrando o valor enviado para conta de Danilo e mostrava imagens da câmera onde o rapaz revirava e mexia em tudo na minha sala "na mesma hora". Seria caso de investigação, é claro. Mas não haviam erros, programamos absolutamente tudo a mais de semana.

Quando vi Danilo passar algemado perto de mim, com um policial segurando seus pulsos para trás, olhei em seus olhos e vi o rapaz sendo empurrado para a viatura. Senti Marília me abraçar e encostei minha boca em seu ouvido.

- Um já foi, meu amor. - Falei em seu ouvido, ouvindo a disfarçada risada em meu ouvido. - Vamos pra casa transar por favor.

M A R I L I A | Malila Adapt.Onde histórias criam vida. Descubra agora