46.

801 89 19
                                    

Chegamos na maratona final da fanfic! Apreciem sem moderação, já tô morrendo de saudades dessa história.

——-///———

Maraisa Pov

Dia do sequestro

Acordei sentindo minha cabeça doer, a pressão nela parecia forte, a agonia e o aperto em meus pulsos.

Agoniante.

Quando eu consegui abrir os olhos, tive que piscar várias vezes para raciocinar o que estava acontecendo. Eu estava em uma sala escura, onde estava entrando apenas luz da noite por uma janelinha bem pequena quase no teto. Eu estava deitada em um colchão velho no chão e eu sentia as algemas nos meus pulsos para trás. Minhas pernas estavam unidas e amarradas em uma corda.

Tudo que tinha ao meu redor, eram uns travesseiros velhos jogados pelo quarto e o colchão onde eu estava sentada. Fora isso, até barata eu via morta no chão.

Senti enjoo.

Tentei raciocinar direito, minha cabeça parecia afetada. Eu lembro de ter entrado no carro depois de discutir com Marília, lembro de entrar no carro e sentir alguém me apagar a força.

E agora eu estou aqui.

Tentei chamar por alguém, tudo que eu tinha era puro silêncio. Não havia nada além disso. Eu tentei me levantar, eu não conseguia, meu corpo estava completamente imobilizado, eu estava com fome, com sede, com dor no corpo e eu queria ao menos poder passar a mão na barriga e acariciar meu filho ou filha dentro de mim.

Pensei em Marília.

Eu claramente fui sequestrada, Marília estaria surtando. Ou... será que estaria mesmo? Ela nem veio atrás de mim.

Porra.

Passei a noite toda acordada, assustada e sentindo nervoso, a fome agonizando meu psicológico, a sede secando minha boca e me deixando meio sem ar, passando mal.

Seja forte, Maraisa.

Quando vi o raio forte de sol já entrar no quarto, ouvi vozes através da porta, senti meu coração acelerar nervoso e ouvi barulho na porta, até que quem eu imaginava, entrou.

Wendell.

- Oh minha querida, que bom que acordou. - Ele disse entrando e trazendo uma cadeira consigo, ele se sentou na mesma em frente a mim e sorriu cruzando as pernas. Ele estava de terno e super tranquilo.

- Você está maluco? Onde eu estou, seu delinquente ? -Perguntei, de fato não reconhecendo onde eu poderia estar.

- Ah, que isso, meu amor? - Ele disse franzindo o cenho e dando um sorriso. - Fique tranquila, estando comigo, você vai estar bem.

Ele nem imagina que eu estou grávida.

Nem poderia.

- Me largue Wendell, prometo que esqueço isso... só me solte. - Falei respirando fundo, agoniada com o aperto em meus pulsos e em minhas pernas.

- Sua esposinha de merda jamais esqueceria. E de qualquer forma Maraisa, iremos nos dar muito bem aqui juntos. - Ele disse. - Pense só, agora além de você devolver a empresa do meu tio a mim, você vai a delegacia comigo, claro. Vai deixar claro que retira a queixa de tudo sobre Danilo, se fará de doida e irá soltar meu irmã. Começamos por aí! Que tal, meu amor?

- Nunca farei nada disso. - Falei sorrindo em deboche, vi ele trincar o maxilar. - É muito idiota mesmo... agilize seu trabalho e me mate logo, não farei nada disso.

- Olha só. Ou você faz, ou eu... - Ele ia começar a dizer, só que a porta foi aberta novamente e eu vi Ariana entrar.

Era só o que me faltava.

M A R I L I A | Malila Adapt.Onde histórias criam vida. Descubra agora