Maraisa Pov
5 meses depois
Eu estava hoje fazendo 9 meses de gestação, minha barriga já estava pesando tanto, que minhas costas estavam doloridas. Um incômodo grande e agoniante.
Eu permanecia sempre sentada pra tentar aliviar, Luísa me ajudava às vezes indo na empresa tomar conta do que era de extrema importância e de restante deixava minha secretária cuidar, me ligando quando necessário.
Marília estava sempre muito aperreada, ela sempre ia pro hotel de manhã antes que eu acordasse e sempre voltava correndo pra casa antes do almoço. Ela nunca saía do meu lado, estava divida entre isso tudo e ainda dar atenção ao nosso menino Léo.
Entendia todo seu cansaço.
Estava sendo companheira, prestativa e cuidadosa. Como sempre foi comigo, me amando e estando ao meu lado para tudo.
Agora já é noite, Marília estava tomando banho e eu sentia alguns chutes em minha barriga. Acabei por gemer um pouco, pela dor.
- Calma, meu bebê. - Falei sorrindo e tocando em minha barriga. - Logo você estará em nossos braços.
- Está falando com ela, amor? - Ouvi Marília perguntar, olhei pra ela e vi ela com os cabelos molhados e com uma toalha bege em torno de seu corpo nu.
Linda.
- Sim, ela está chutando. - Falei, ela sorriu feito criança e foi correndo botar uma roupa.
Ela adorava ver ela chutando.
Quando Marília deitou ao meu lado com cuidado, ela deitou de leve sem por o peso, a sua cabeça em minha barriga e ficou sentindo tudo, às vezes sorrindo e batendo papo com a menininha em minha barriga. Notei a tinta em seu rosto.
- Amor, você não lavou direito aqui. - Falei tocando onde ainda estava sujo.
- Vou já passar uma água amor, amanhã quero te mostrar como ficou tudo lindo amor. - Marília disse
Marília a 2 meses atrás começou ela mesma a pintar paredes e arrumar o quarto de nossa filha, claro que ela contratou alguém para fazer os projetados, mas ela mesma pintou as paredes e organizou tudo, escolheu as cores e tudo.
Adorava o seu bom gosto.
- Tirou alguma foto? - Perguntei, ela concordou, pegando o seu celular e se ajeitando para me mostrar.
- Uau, sei que você adora fazer bastante coisa, mas não esperava tudo isso. - Falei. Ela queria me fazer surpresa, e me mostrar apenas quando tudo tivesse pronto. - Está realmente lindo.
- Marília, capaz dessa menina crescer e nem conseguir usar tudo isso, antes de perder por conta do tamanho. - Falei, ela deu de ombros.
- Gostou mesmo? - Ela perguntou, concordei sentindo ela me beijar.
- Ficou perfeito. Obrigada por tudo, está lindo. - Falei, ela sorriu me fazendo carinho. - Eu te amo.
- Eu te amo. - Ela disse, me virei de lado e costas pra ela, sentindo ela passar a mão pelas minhas costas, em uma massagem e carinho.
Toda noite ela faz isso.
Depois de um tempo e um pouco mais relaxada, senti ela se levantar e ir até o banheiro, depois apagar as luzes e se deitar comigo, me abraçando por trás, colocando meu corpo ao seu e beijando minha nuca.
- Conferiu Léo? - Perguntei, ela murmurou em concordância, cansada.
- Sim amor, ele dormiu rápido por conta da gincana de hoje na escola. - Ela disse, afirmei. - Quer mais alguma coisa, Amor?
- Está tudo bem, descansa amor. - Falei acariciando sua mão em minha barriga. Ela apenas se acomodou mais e me esquentou mais um pouco. Até que senti sua respiração mais leve e me permitir a descansar também no conforto dos seus braços.
—-///—-
Senti contrações fortes, uma dor insuportável e inexplicável na minha barriga, me fez acordar de uma vez só.
Não era um simples chutezinho, desta vez.
Me virei na cama, me sentando e sentindo Marília ao meu lado somente se remexer. Senti minha perna molhada e a dor cada vez maior, gemi.
- Amor, tem alguma coisa errada... - Falei prendendo o grito, quando senti uma forte pontada. Marília acordou meio agoniada e foi correndo ligar a luz do quarto, logo me olhando. Tirei o lençol de cima das minhas pernas e vi tudo molhado.
- Sua bolsa estourou, amor! - Ela disse arregalando os olhos, vi a mulher correndo pelo quarto e pegar o telefone.
Estava suando frio já, me arrepiando e sentindo pontadas fortes. Vi Marília pegar o telefone e ligar rapidamente para Luísa, ouvi a mulher a xingar do outro lado da linha e Marília gritar com ela. Logo vi Marília pegar uma roupa grande e leve, vindo até mim.
- Meu amor, irei te ajudar a vestir essa roupa, assim te levo pro hospital ok? Sei que tá doendo, parece que um caralho de um caminhão tá batendo na nossa barriga... eu sei mesmo. - Marília disse me olhando, passando a mão pelo meu rosto, meio preocupada e ansiosa. - Mas tenta manter a calma, ta bom? Eu te amo, estou aqui com você e logo isso irá passar... nossa filha está vindo amor.
- Ok, confio em você, eu te amo. - Falei suspirando e mordendo o lábio para segurar a dor.
Marília me ajudou a pôr a calça moletom folgada e uma camisa grande, ela calçou meus pés com um chinelo e me sentou na cama. Vi a mulher pegar uma bolsa grande que já estava preparada a semanas, para que a gente levasse pro hospital.
Marília me ajudou a descer as escadas da casa e logo ouvi batidas na porta. Luísa havia chegado junto a Maiara, nos desejaram boa sorte e ficaram para cuidar e estar aqui por Léo.
Quando estive no carro, Marília me colocou atrás, sentei me encostando na porta e estiquei minhas pernas no banco. A mulher logo começou a dirigir e vi ela ligar pra mãe dela.
- Mãe... minha filha vai nascer, mãe. - Ouvi Marília dizer chorando pra que a mãe dela escutasse.
- Calma filha, tudo vai dar certo. Me passe o hospital, estou indo. - A mãe dela disse feliz, logo Marília passou a informação e desligou. Ela dirigia rápido, porém com cuidado. Às vezes falava comigo, para me distrair e cuidar de mim.
Quando chegamos no hospital, um rapaz veio com uma cadeira de rodas e me ajudou. Marília foi direcionada para se higienizar e por uma roupa adequada, já eu, estava me preparando para o parto.
Marília Pov
Foi um parto difícil, mas suspirei quando vi que a criança tinha saído. Acabei por chorar em felicidade a ver a cor de sua pele de longe, Maraisa suspirou encostando a cabeça na mapa, beijei sua testa e sorri pra ela.
- Deu tudo certo. Ela nasceu amor. Você foi incrível... - Falei pra ela, ela sorriu, ficamos algum tempo nos olhando, até que vi vários médicos um pouco mais afastados com o bebê a frente deles, ouvia murmurinhos.
- Amor,o que está acontecendo? - Maraisa falou já tentando fazer força para se levantar. A segurei franzindo o cenho e engolindo em seco. - Por que ela não está chorando, Marília?

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M A R I L I A | Malila Adapt.
FanficAdaptação da fanfic camren da @LarahRenata. Todos os créditos são da autora. Uma fanfic Malila. Marília tem 37 anos. É uma mulher madura e com muitas coisas nas costas para se responsabilizar, inclusive seu filho, de apenas 5 anos. Ela é dona de vá...