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Marília Pov

Eu estava em desvantagem, isso era óbvio.

A arma de Wendell e Ariana estavam em direção a Maraisa. Engoli em seco vendo a boca da arma de Ariana, colada na barriga de Maraisa, olhei nos olhos da minha mulher, vi seu medo, vi sua agonia. Reparei bem seus olhos.

Ela estava acabada.

Eu me perdi em pensamentos. Foi praticamente um susto, quando vi Maraisa bater na mão de Ariana e a arma disparar para o nada. Isso assustou Wendell também, que disparou e eu ouvi um grito. Engoli em seco vendo sangue. Mas antes que eu pudesse ter qualquer reação, vi Maraisa apontar a arma que estava com Ariana, em direção a Wendell.

- Jogue a sua arma para longe. - Falei batendo o cano na sua cabeça, vendo ele agoniado.

Ouvi barulho de carro de polícia. Maraisa desfez o nó em suas pernas e se levantou, vi ela tropeçar um pouco e eu senti tristeza.

Ela está fraca.

- Assumimos daqui, Marília. - Ouvi a voz de Mariele, mais vozes e logo vi muitos policiais entrar no quarto. Ariana estava jogada ao chão, com muito sangue jorrando do seu corpo, provavelmente morta.

Wendell agora estava sendo algemado e quando eu e Maraisa soltamos as armas no chão, em um impulso, cheguei perto dela, envolvi seu corpo pelas minhas mãos e suspirei ao sentir seu cheiro.

Caímos em um choro compulsivo.

Sentia meu peito apertar em agonia, em alívio e ouvi seu suspiro aliviado também.

-Me perdoa. - Falei. - Por favor, me desculpa.

- Você não tem culpa. - Ela disse pegando em meu rosto, fazendo carinho em mim e limpando minhas lágrimas, assim como eu fiz com as suas.

- Eu só quero deitar em nossa cama. Quero dar um banho em você, cuidar de ti. - Falei engolindo em seco. - Você está bem?

- Eu só tô me sentindo fraca... estou com muita dor. - Ela disse meio triste, passei a ponta do dedo pelo corte um pouco longo em seu rosto. Analisei seus pulsos roxos e vi o quanto ela estava pálida.

- Irei te levar ao hospital, você precisa fazer exames, amor. Será melhor assim. - Falei notando sua barriga e fazendo carinho. Ela suspirou concordando.

- Maraisa. Marília. - Ouvi a voz de Luísa e logo vi a mulher junto a Maiara, nos abraçar aliviadas e felizes.

- Luísa, pode acompanhar Maraisa até meu carro? Irei levar ela ao médico. - Falei, ela concordou e eu vi Maraisa confusa.

- Me espere no carro, amor. - Falei beijando levemente seus lábios, ela não contestou, apenas concordou e Luísa e Maiara a levaram com calma e cuidado para fora do quarto. Vi Mariele entrar no quarto e eu suspirei, vi ela me repreender com o olhar. - Não me repreenda. Quero 2 minutos com aquele homem, sozinhos.

- O que? - Ela perguntou, concordei sorrindo.

- Não Marília, já chega disso. Há provas o suficiente. Ariana está morta, Wendell será preso... acabou. - Ela disse, neguei.

- 2 minutos, Mariele. - Falei, ela sabia que eu não recuaria. Sai do quarto indo para outro lado e esperei, vi Wendell ser quase jogado no quarto que eu estava. Mandei tirar a algema dele, o policial franziu o cenho e retirou. - Feche a porta por favor.

- Está ousando muito da sua coragem. - Ele disse em deboche.

- Você ficar dentro de uma prisão é pouco perto de tudo que você merece passar. Seu verme. - Falei me aproximando, vi que ele ia tentar me bater. Segurei seu punho e virei o soco em seu rosto. Vi o homem cambalear um pouco, meio atordoado.

M A R I L I A | Malila Adapt.Onde histórias criam vida. Descubra agora