M A R I L I A | Malila Adapt.

27.

Maraisa Pov

Já era de tarde. Conheci a empresa e vi o que tinha evoluído com os anos, notei que mesmo com o traste do Joe no controle, ele conseguiu deixar o lugar em ordem e evolução boa. Estava me adaptando e era pra eu começar apenas amanhã, mas hoje já me sentia bem em começar. Aliás, eu não tinha nada na rua para fazer.

Acabei deixando para ver Léo na manhã seguinte, de acordo com o dia na semana, notei que hoje provavelmente o pai iria buscar ele.

- Senhorita Pereira, posso te passar sua agenda? Você ainda tem 2 reuniões hoje, seria bom para lhe atualizar. - A minha secretária falou quando autorizei sua entrada em minha sala. Concordei pedindo que ela procedesse o assunto. - A senhora tem ja ja uma reunião com uma empresa de engenharia e a noite tem uma reunião com a senhora Mendonça, às 19:00.

- Desmarque. - Falei rapidamente ao ouvir o nome da mulher, a minha secretária arregalou os olhos e mordeu o lábio meio confusa.

- Senhorita, se me permite falar... a senhora Mendonça é a nossa melhor cliente. Ela está tendo queda de sistema desde o falecimento de meu ex-patrão, está prejudicando... a empresa receia que ela procure por outra além de nós. - A mulher falou a minha frente, respirei fundo e concordei.

- Certo, mantenha a reunião com a mulher. As 19:00 estarei na sala de reuniões. - Falei concordando, ela suspirou aliviada e logo saiu da sala me deixando sozinha.

Profissionalismo, não é mesmo?

Peguei meu celular e liguei para Luísa, contando as coisas que haviam me acontecido, contando inclusive sobre a reunião com Marília.

- Você sabe que aconteceria isso em algum momento. - Luísa disse, suspirei. - Você ainda se sente mexida por ela?

- Claro que sim Luísa. Mas não é o bastante, nada será. Sei que aconteceria, por isso no fundo não quis dispensar a reunião... mas será apenas isso, eu tenho puramente certeza de que eu e Marília não há mais chances alguma. - Falei.

- Tudo bem. Você quer sair para beber depois? Acho que vai querer. - Luísa perguntou, concordei.

- Queria que me ajudasse a vender a mansão que era dos meus pais também... - Falei com calma.

- Pensei que iria querer pra você. Cresceu ali. - Ela disse.

- Eu sei, é que eu cresci ali com os meus pais, muitas lembranças. Casa enorme pra que eu more só... eu não quero isso, é melhor pra mim. - Falei com calma, ela murmurou em concordância. - Te ligo mais tarde, beijo.

Quando me despedi de Luísa, tive minha reunião com o rapaz da empresa de engenharia e notei como o tempo passou voando. Já era por volta das 19:10 quando respirei fundo antes de entrar na sala de reuniões.

Perdi um pouco do ar quando vi a mulher que tanto amo sentada em uma das cadeiras da enorme sala. Sua surpresa foi tanta ao me ver, que vi ela entreabrir a boca e apertar um pouco sua cadeira. Prestei atenção brevemente em seus traços, seu cabelo, e me permiti a aspirar um pouco do seu perfume que eu tanto sentia falta.

- Maraisa... - Ela falou baixo, quase em um sussurro. Mantendo minha postura, pigarrei e sentei em uma cadeira bem a sua frente, colocando umas pastas sobre a empresa de Marília. - Eu não pensei que... que você...

- Certo, vamos lá. Me conte o que tá acontecendo. Acredito que não foram até lá fazer revisão no sistema do hotel. - Falei de forma séria lhe encarando. Ela parecia encantada enquanto me olhava. - Desculpa a falta de presença de minha empresa até a sua... mandarei alguém lá amanhã mesmo para que revise e ponha tudo em ordem..