Tragando e bebendo, dividindo meus lábios entre o copo e o Beck eu acabei com a primeira garrafa e o primeiro da noite.
Pensando em tudo o que eu poderia ter feito e em como o que eu estava fazendo me prejudicava eu tomei mais outra garrafa.
Terminei de fumar aquele maço enquanto bebia, aliás, o cigarro amenizava o efeito da maconha.
Horas se passavam, eu nem me importava quantas, escutei um barulho se aproximando, sem paciência alguma e já com o pulmão doendo, eu ignorei e comecei a bolar outro beck.
Tá no inferno? Senta no colo do capeta, minha "mãe" costumava dizer.
Sorri quando senti alguém me encostar no ombro.
— Que é? – Perguntei.
— Quem é você? E por que está aqui com isso em plena madrugada, sozinha?
— Por que eu quero e mando em mim, ue. – Respondi sem me importar muito, acendi a maconha e comecei a fumar novamente.
— Qual seu nome? – A pessoa veio pra minha frente, mesmo sendo um lugar abandonado lá havia luz. Ele olhou em meu rosto.
— Te interessa? – Tomei outra dose.
— Interessa sim. – Ele se sentou na minha frente. — Qual seu nome?
— Nathally Lewis. E o seu?
— Prazer, me chamo Yamizu Yujji.
— Bom, o prazer é todo meu. – Eu fumei maconha novamente, dessa vez tossi um pouco. Ele me encarava. — Que foi? Quer um pouco?!
— Que?! – Ele se assustou. — N-não, claro que não.
— Ue, eu não fiz isso pra te ofender não 'tá? Você ficou encarando, pensei que quisesse. – Puxei novamente.
As coisas estavam acabando. Ainda tinha muita maconha, já me sentia tonta e sem ar, sabia que estava extremamente alcoolizada, mas ainda conseguia lutar.
— Isso é estranho. Está pensando "Por que caralhos tem uma drogada aqui?" Ou 'tá apreciando a vista?
— Tô tentando entender como você é bonita mesmo com olheiras, os olhos vermelhos e inchados, cabelo bagunçado, rosto amassado, voz mole, cara de sonsa e postura de louca. - Admitiu, eu ja sabia a minha situação, mas não me importava, nem um pouco.
— Eu continuo sem entender qual das opções é a que escolheu.
Meu cabelo estava do mesmo tamanho que antes, eu mantive o corte, só que o deixei preto como sempre foi.
— Tem certeza que não quer? – Perguntei novamente pro garoto que ainda me encarava. Já fazia muito tempo que ele estava me olhando e a maconha estava quase acabando pelo meu nervosismo.
— Tenho sim, certeza absoluta.
— Olha só, eu posso estar drogada, bêbada, e ter fumado pra caralho, mas eu ainda sei lutar, e eu faço parte de uma gangue, ou seja, se está esperando eu perder a noção pra me estrupar, esqueça essa ideia, por que eu vou te quebrar antes de perder a noção, E caso faça algo abrupto eu vou pedir pro meu loirinho vir te bater. – Afirmei explicando só pra ficar bem claro pra ele.
— Calma! – Debochou. — Eu só 'tô esperando a princesa terminar de se matar.
— E quem disse que eu morro só com isso? – Debochei, estava acostumada com isso.
— Não morre?! – Ele se surpreendeu. — Vou esperar vc terminar isso pra te ajudar.
— Eu pedi ajuda? Ou eu aceitei ajuda? Nao me lembro de ter feito nenhum dos dois, então não perca seu tempo.
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Anjos como você
FanfictionUma mulher de vinte e seis anos se esbarra com um homem que muda sua vida. imagine Mikey. Data de começo: 07\10 Data de final: