Doze

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Enquanto eu falava calmamente com o Mitsuya quando a porta é aberta e somos interrompidos por Manjiro enfiando a cabeça pra dentro com os olhinhos inchados e rosto vermelho.

— Posso falar com ela? – Mikey pediu.

— Claro – Mitsuya deu um pequeno cafuné e saiu, Mikey fechou a porta e caminhou até mim, que a esse ponto já sorria.

— Oi – Digo.

— Que imprudência em... – Ele se senta ao meu lado e me encara.

— É a minha especialidade.

Ele me abraçou e vi que lágrimas finas saiam de seus olhos: — Sabe o quanto eu tive medo de te perder? Sabe? Sabe o quanto eu pensei que nunca mais iria te ver de novo? Eu fiquei com tanto medo de você me deixar, você não tem noção do quanto é importante pra mim, se eu te perder não vou ter ninguém!

Chocada eu o abracei de volta.

— Mikey... – Tive forças pra sussurrar.

— Não me assusta desse jeito... – Ele me apertou com cuidado.

Após longos minutos dele chorando finalmente se acalmou e voltou a falar comigo.

— Tenho algo importante pra te falar

— O que seria?

— Seus pais, provavelmete descobriram da Tomam...

— Ah... que droga – Me lamentei. Respirei fundo.

— Pois é, mas tudo bem neh? – Ele estava preocupado comigo.

— Sim, eu só preciso conversar com eles. – Digo e dou um sorriso.

— O que era aquilo de irmãos?

— Bom, história enorme...

— Sou todo ouvidos.

— Posso contar depois que eu sair daqui – Sugeri.

— Tudo bem então eu espero, 'Tá doendo muito?

— Um pouquinho, mas eu aguento – Alarguei o sorriso

— Quer que eu peça um remédio pra dor? – Ele fez uma cara de preocupado.

— Não, mas eu adoraria um banho – Observei minhas roupas encardidas.

— Não precisa, você está bem assim.

— Mikey, eu tô fedida e suja – Digo e dou um riso.

— Mas você é linda mesmo assim – Ele sorriu.

— Continuo querendo meu banho.

— Nossa, mas aí eu vou ter que sair.

— Verdade neh, eu tomo banho mais tarde.

— Então não quer que eu saia?

— Claro que não!

— Gosto da sua companhia – Admitiu do nada.

— Do nada.

— É.

— Também gosto da sua, me deixa leve e calma.

— E você me deixa com o coração acelerado, antes eu achei que era uma doença, quando eu falei pro Ken-Chin ele sorriu e falou que não era nada, e quando falei com a Emma ela começou a fazer uma dança estranha – Ele fez uma careta.

Ri com sua expressão e sorri depois disso, olhei para sua expressão confusa e ri mais ainda.

— Você sabe o que é isso?

Anjos como vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora