Vinte e um

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Pov: Chifuyu Matsuno

Passando de moto na frente de um supermercado acompanhado de Baji pra mais uma reunião da Toman, vi brevemente a única garota que me deixara inseguro. Acompanhada de nosso comandante, conversando e caminhando.

— O que foi? – Baji surge ao meu lado vendo a cena e sorrindo. Me entregou a latinha do meu refrigerante favorito, acenou e começou a gritar o nome dos dois, se aproximando.

Sim, realmente depois que ela o salvou daquela facada eles ficaram estranhamente próximos. Eu me senti inseguro com isso, muito inseguro; ela poderia roubar meu melhor amigo de mim?

Sim, ela poderia se quisesse. Isso é o que me deixava descontente.

Abri a latinha e comecei a beber enquanto observei Baji parar bruscamente de se aproximar e me encarar.

— O que foi? – Ele franziu o cenho.

— Vou ficar por aqui. – Avisei bebendo quase todo o referi da lata, queria que acabasse logo pra sair Dalí.

Baji, confuso, se virou e voltou a caminhar, mas dessa vez, em minha direção, estranhei. Ele se pôs ao meu lado; abriu a latinha do seu refrigerante e bebeu um pouco, tomei o resto do meu em um só gole. Assim que eu ia me mover pra ir ate minha moto pra sair Baji agarrou meu braço.

— A gente pode conversar depois da reunião? – Normalmente o Baji não faria isso, ele não me olhava nos olhos e estava tenso.

Na noite em que Natty estava totalmente drogada ela me contou tudo o que aconteceu, admitiu sua paixão pelo meu comandante e consequentemente me contou que viajara no tempo.

Eu entendi e escutei tudo o que ela me disse, eu compreendi, ela foi a única garota que me fez sentir inseguro na vida toda e também foi a única que eu me senti totalmente feliz perto.

— Tudo bem, eu vou pra sua casa ou você vai pra minha? – Perguntei sorrindo normalmente.

— Eu vou pra sua. – Seu nervosismo vacilou por um segundo. Ele sorriu e levou a latinha em direção aos seus lábios de novo.

— Sobre o que? – Ele se engasgou, eu ri. — Relaxa aí, eu fiz algo?

— N-na hora você vai saber... – Dizia parando de tossir. — E não, não fez nada.

Continuei a rir até ele acabar aquela latinha e continuarmos nosso caminho até a reunião.

Chegando lá, me juntei com meu costumeiro e com um sorriso assisti ao Takemichi virando o comandante da Black Dragons, tendo a Nathally como sua Vice-Capitã.

— Parabéns! – Eu digo a abraçando.

— Obrigada Fuyu! – Ela me agarrou forte.

— Parabéns, princesa! – Baji a abraçou.

— Obrigada, lindo! – Ela o abraçou.

— Chega, neh? 'tá abraçando de mais pro meu gosto. – Mikey a puxou e ela riu.

— Preciso ir 'pra casa. – Nathally declara me abraçando, de repente cuchicha no meu ouvido um: — "Prepara o coração meu amor" 

E isso foi o suficiente pra mim entrar em desespero. Ela se separou e deu um breve abraço em Baji, Mikey foi a acompanhando, acredito que ele vai levar ela pra casa.

— Vamos? – Essa pergunta foi o suficiente pro meu coração acelerar e meu corpo arrepiar, respirei e respondi um simples.

— Sim. – E fomos caminhando até as motos em silêncio.

Fomos dirigindo até pararmos no nosso prédio, subimos pro meu apartamento e entramos no meu quarto. Entrei no banheiro com uma toalha e a roupa que eu uso pra dormir, uma camisa branca fina e longa e um short que para acima do joelho.

Anjos como vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora