Trinta

1 0 0
                                    

— Direita! – Emma socou minha mão de forma violenta.

— Quebrei minha unha – Choramingou balançando a mão em sinal de dor. Eu ri.

— Por isso existe alongamento que a gente pode tirar quando for brigar – Eu digo. — Essa história de unha grande você pode esquecer.

— Aff, isso de lutar é muito chato – Diz emburrada.

— Eu nunca disse que seria legal – Me defendo.

— Credo, voce é má.

— Que isso, cunhadinha. Sou um amor.

— Fora daqui é mesmo.

— Pega o alicate e corta essas unhas se não vai machucar suas mãos.

Ela suspirou incontente e foi.

Eu me Assegurei de tratar do treino dela de forma particular, ainda mais agora que o Izana iria fazer de tudo pra atingir o Manjiro e me "Pegar de volta". Ela precisava saber se defender de caras da pesada que poderiam vir tentar pegar ela.

Passamos a tarde inteira do Dojô do Sr. Sano e ela treinou esse tempo todo, fizemos pequenas pausas pra comer, ir ao banheiro e pra ela descansar.

— Chute! Esquerda! Direita! Direita! Direita! Chute! Esquerda! Chute! Chute! Esquerda! Direita!

Ela tinha bons reflexos, mas ainda levou uns murros e chutes meus por ser lerda quando eu coloquei ela pra lutar comigo.

Ela não conseguia acompanhar minha voz, mas fazia de tudo pra ao menos, tentar. E seu esforço valeu por mil talentos.

O Sr. Sano disse que não era muito bom forçar demais, uma pena que quando foi minha vez nem pensaram nisso. Por isso, voltei pra casa e me arrumei pra mais um assassinato, ainda existiam seis pessoas que colocavam o futuro em risco.

As outras duas pessoas era muito amigas, e uma delas era a velha que o Takemichi tinha me falado no outro dia. Por coincidência, as duas mulheres estavam indo pra casa da igreja nesse dia, entao eu ia matar dois coelhos numa cajadada só.

Segui as mulheres e as cerquei em um beco, minha sorte foi que não estavam de carro. Por isso foi mais fácil.

— Q-quem é você?! O que quer!? – A mulher mais velha gritou.

— Por que eu perderia meu tempo explicando pra alguém que está prestes a morrer?

— M-morrer?! Eu vou gritar! – Disse já berrando.

Muito bem, hora do plano.

— Não grita! – Soltei a faca e chutei pra elas. — Eu não vou fazer nada, certo? Temos um acordo? – Levantei as maos em rendição.

Me senti um monstro quando elas relaxaram e uma delas pegou a faca, veio na minha direção na tentativa de me intimidar e fugir, entao eu somente fingi ter caido nessa.

— Desculpe – Abracei a mulher e, com jeito, cortei a nuca dela com a faca que estava na manga do meu vestido.

Ela apenas caiu no chão e a outra me olhou horrorizada e paralisada.

— Seja uma boa garota e fique quietinha – Peguei minha amada faca do chão e me aproximei dela. — Eu posso fazer isso ser agonizante, ou bem rápido.

Mas ela no me ouviu e gritou. Droga!

Dei um murro nela e a desmaiei,  arrastei o corpo dela pro canto e joguei no meu carro, fiz o mesmo com o da mais velha e me limpei rapidamente.

Um homem adentrou o beco e veio até mim.

— É que eu me assustei com o meu carro – Ri.

— Qual sua idade?

— Dezoito.

— Ah sim. – Ele saiu normalmente.

Tive sorte que ele não sentiu o cheiro de sangue nem me questionou demais.

Tirei as coisas de limpeza do banco de trás do carro e me livrei de tudo o que poderia me incriminar. Sai com o veículo que eu tinha roubado e fui até um lugar deserto.

Era uma fábrica abandonada no meio do nada.

Tirei a primeira e a segunda eu arrastei pelos cabelos já que estava acordada. Amarrei ela em uma cadeira e joguei a outra no chão.

— Aí, eu te avisei que seria pior – Eu disse tirando o pano da boca dela. — Agora, infelizmente você vai ter de assistir essa cena feia e eu vou ter que te torturar.

Me sentei em frente a ela com os objetos em mão e o corpo na minha frente.

— Olha, eu sou médica, entao você vai ver uma coisa bem... nojenta? Bom, agradável não é.

Comecei meu trabalho com a mulher olhando tudo, eu a obrigue a olhar, essa era sua punição. Depois que acabei, negociei com o cara no mercado negro de novo e liguei pro Takemichi avisando que estava em trabalho, Ele compreendeu e disse que cuidaria do que precisava.

— Eu vou ganhar bastante grana com os órgãos das duas, apesar do pulmão dela já estar destruido – Olhei pra velha.

— Por... Por que?

— Eu não me importo com o dinheiro, e eu poderia falar que isso é obra do destino, mas voce estava na lista, voces duas. – Solto.

— Lista?

— Vocês ameaçam a minha felicidade, entende? Entao voces precisam sumir, as duas – Expliquei.

A mulher olhou pro chão aterrorizada e respirando pesado.

— Se está se perguntando se vai morrer, a resposta é sim. Mas eu gostei de voce entao resolvi nao te torturar fisicamente.

Peguei minha faca e finalizei o trabalho.

Terminei minha difícil tarefa e triturei as duas com um gerador pequeno que tinha no carro. Queimei e joguei as cinzas no Mato, recebi os caras da parada dos orgaos e depois limpei o lugar, dei cabo daquele carro junto com as roupas que eu estava e vesti o mesmo conjunto da ultima vez.

Voltei pra casa com um cara que conheci na estrada e as minhas coisas, a gente trocou contato e ele me chamou pra sair, mas eu recusei como uma boa pessoa.

Entrei em casa e fiz o mesmo da outra vez, liguei pro Takemichi e avisei que o trabalho já tinha sido feito. Ele ficou aliviado e disse que eu teria de voltar ao passado dessa vez já que ele precisava ficar de olho por um tempo.

Abracei a Emma quando ela veio em casa ver o Ken. Mas antes nós batemos muito papo e ela me mostrou o comprovante de que iria começar na academia pra aumentar os músculos.

Anjos como vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora