𝗖𝗔𝗣Í𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗧𝗥Ê𝗦

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Sarah— Pronto, fica aí na cama enquanto eu trago um pouco de gelo pra colocar nos lugares inchados.— Falo e vou até a cozinha pegar a bolsa de gelo.—

Eu e meu irmão havíamos chegado fazia pouco tempo. E como tínhamos a chave não era e nem foi tão difícil entrar, a única parte que foi mais complicada foi a escada.

A cada degrau era uma dor diferente em meu irmão. Eu odiava ver ele assim, machucado. E eu nem pude fazer nada.

Bando de fracotes.

Sarah— Aqui está.— Falo entrando no quarto com a bolsa de gelo.—

Daniel— Obrigado.— Ele fala se ajeitando na cama.—

Sarah— Você já disse isso milhões de vezes. Agora levanta a camisa pra eu colocar a bolsa de gelo.— Digo isso e o garoto faz o mesmo.—

Daniel— Aí!— Ele fala depois que eu coloquei a bolsa de gelo em cima da parte que estava machucada.—

Sarah— Para de ser fraco.— Falo isso e ele revira os olhos.— Agora deixa aí alguns minutos e depois vai tomar um banho, você tá com com areia até nos ouvidos.

Daniel— Pode deixar.— Ele fala e suspira.—

Sarah— O que vai fazer com esse olho roxo aí?— Digo preocupada.— A mãe vai perceber.—

Daniel— Então, sabe aqueles óculos?— Ele fala e a gente ri.— Vou usar ele.

Sarah— Ela vai desconfiar.

Daniel— Talvez.

Sarah— Pode dormir aqui na minha cama hoje, eu tenho um colchão ali. Que nem os velhos tempos.

Daniel— A diferença era que eu dormia no chão.— Ele fala e a gente ri.—

Sarah— Mas hoje vai dormir na minha cama.

E depois disso eu tomei meu banho e depois Daniel fez o mesmo.

Fomos dormir tarde devido o ocorrido, e amanhã teria aula cedo.

Johnny você me paga.

(...)

Lucille— Crianças vocês não vão nem comer?— Ela fala olhando a gente preocupada.—

Daniel— Desculpa mãe, mas a gente tá atrasado.— Ele fala virando o rosto com o óculos.—

Sarah— Vou só comer um pão e vou.

Lucille— Daniel.

Daniel— Hum?

Lucille— Por que o óculos?— Ela  fala séria mas desconfiada.—

Daniel— O que? Só estilo.— Ele fala apressando os passos até a porta.—

Sarah— Mãe, deixa ele com o óculos.—

Lucille— Daniel, tire o óculos.— Ela se levanta da mesa séria mas dava pra perceber que estava preocupada.—

Daniel— Não, mãe.—

Lucille— Me mostre.— E logo Daniel tira os óculos.— Meu Deus, quem fez isso Daniel?— Ela fala preocupada passando a mão no rosto do garoto.—

Daniel— Ninguém mãe, eu só bati de cara com um poste.— Ele mente.—

Lucille— Isso é verdade, Sarah?— Ela olha pra mim desconfiada, pra nós dois no caso.—

Sarah— Então mãe, eu e Daniel já estamos atrasados. Precisamos ir.— Falo e pego duas maçã e mordo uma.— Vamos, Daniela.

Lucille— Cuidado! Depois me fala desse olho roxo!— Ela fala cruzando os braços.—

Sarah— Amamos você!— Eu e meu irmão falamos em sinônimo.—

Pegamos as nossas bicicletas e fomos para a escola.

(...)

Quando chego já avisto Johnny e a turma dos patetas motoqueiros. Reviros meus olhos só de lembrar de ontem a noite.

Sarah— Ei!— Chamo a atenção do garoto que estava ao meu lado.— Eles não vão mexer com você, foi apenas uma briga ontem a noite.— Falo olhando pra meu irmão que fica tenso.— Eu espero.

Daniel— É.

E depois disso fomos até nossos armários. Eu no caso, já que Daniel foi procurar a Ali.

Até que eu sinto uma certa pancada nas minhas costas.

Sarah— Céus, o que foi isso?—Falo e me viro pra trás vendo uma garota com cabelos ruivos deitada no chão.— Você tá bem?— Falo me agachando pra perto dela ajudando-a ela com os próprios livros.—

Jessie— Meu Deus, me desculpa!— Ela fala nervosa juntando os livros junto comigo.— Muito obrigada.— E a gente se levanta.—

Sarah— Não há de quê. Inclusive, prazer, Sarah.— Falo e dou minha mão pra ela aperta e a garota faz o mesmo.—

Jessie— Prazer, Jessie.— Ela fala sorridente.— Qual sua próxima aula? Se for a mesma que a minha podemos ir juntas.— Ela fala simpática.—

Sarah— É química.— Falo e vejo a ruiva se desanimar.— E a sua?

Jessie— Português.— Ela fala desanimada.—

Sarah— Mas no recreio a gente pode sentar juntas e conversar melhor.— Falo simpática.—

Jessie— Com certeza.— Ela sorridente.—

Sarah— Fecho meu armário e o sinal toca em seguida.— Primeiro dia de aula e já tem aula.— Falo enquanto a gente ia pra as salas.—

Jessie— Sim, inacreditável.

Sarah— Bom, tchau Jessie!— Falo enquanto nós nos se separavamos.—

Jessie— Tchau, Sarah!

E chego na minha sala.

Sento na primeira fileira e fico observando tudo e todos. E imagino que meu irmão não ficou na mesma aula que eu, não nessa.

Até que uma presença nada confortável passa pela porta e me olha. E ainda dá um sorrisinho cínico. E senta atrás de mim.

A aula já havia começado, apenas tínhamos que escrever alguns textos sobre o que achava da matéria, o que queria pra esse ano e enfim.

Mas como meu sossego não dura quase nunca, hoje eu tive certeza disso.

Sarah— Dá pra você parar de me incomodar?— Me viro estressada pro garoto atrás de mim que estava jogando bolinhas de papel.—

Johnny— Não tô te incomodando, tô jogando papel no lixo.— Ele diz isso e joga mais um papel em mim.—

Sarah— Então por que não joga papel em si mesmo?— Pego a bola de papel que ele jogou em mim e jogo nele.—

Johnny— Porque você é o lixo. Junto com aquele garoto.— Ele fala e dá um sorriso.—

Sarah— Quer saber,— Eu suspiro fundo.— não vou perder meu tempo com você.— Dou um sorriso falso e me viro.—

Johnny— É o que veremos.— Ele fala e começa a tacar várias bolinhas em mim.—

Sarah— Garoto!— Falo alto o que chama a atenção dos alunos e do professor.—

Professor— O que tá acontecendo?

Sarah— Esse idiota que tá jogando diversas bolinhas de papel em mim.— Falo estressada.—

Johnny— Nossa, mas como você é chata!— Ele fala indignado.—

Sarah— Então eu sou chata?— Falo me virando pra trás e logo começamos uma discussão.—

Professor— Lawrence pare de incomodar a garota, e LaRusso mantenha o respeito por seu colega.

Sarah— Obrigada.— Falo sorrindo.—

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—— Eita, que rivalidade hein.

 - Intensity > Johnny lawrence Onde histórias criam vida. Descubra agora