Prólogo

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     O lugar estava um caos.
Ouviam-se as batidas dos pés no solo, a música alta, o cheiro de fumaça misturado com várias substâncias distintas.
   Ninguém que estava ali se importava com isso, ao contrário, gostavam do lugar, um canto esquecido no submundo de Tokyo.


    Pode sentir um gosto metálico em sua boca, mas não se desesperou.
   Sentia uma calma estranha para o lugar e estado em que se encontrava,resultado de seu estado anestesiado ainda presente. Sua visão não estava muito clara, só enxergava cores borradas a sua volta, sentia seu corpo mole, qualquer movimento brusco e cairia.


      – Rose
   Alguém chamou, e sentiu-se ser puxada com força do local, saindo do meio de pessoas para um local tranquilo, um quarto branco com uma cama e uma escrivaninha.


      – Rose– a voz chamou de novo, e novamente foi puxada, dessa vez abrindo os olhos.


     – Rose, neném, vai se atrasar pra escola. Levante, querida.– a voz de sua mãe ecoou atrás da porta dando algumas batidas de leve antes de abrir– está tudo bem, meu amor?

   Estava atordoada pelo sonho, mas logo se recompôs olhando nos olhos de Althea, sua mãe.

    – Estou sim, mãe. Já vou descer.
   Sua mãe assentiu saindo do quarto, assim que a mesma se retirou, Rose atirou-se contra os travesseiros se encolhendo na coberta, rolando e se esticando em um gemido de descontentamento, se levantando num suspiro.


   Tomou um banho, se arrumando para a escola. Desceu as escadas encontrando sua família reunida pro café da manhã.


    Sua mãe e seu padrasto Hayato conversavam, enquanto seu pequeno irmãozinho Fuyuki comia alguns ovinhos cozidos e frutinhas em seu pratinho com o auxílio de um gráfico quase sem ponta, próprios para um bebê de quase dois anos.


     – Rose-nee chego– anunciou o bebê olhando pra irmã mais velha que sorriu.


     – Bom dia, já vou indo.


     – Mas você nem tomou café, querida– disse sua mãe, a fazendo ir até a mesa e pegar uma maçã


     – Tranquilo, eu como no caminho.


     – Pode tomar café direito, Rose. Minha primeira consulta hoje é às 9 horas, posso te levar pra escola– disse Hayato sorrindo levemente


     – Obrigada, mas não. Não quero incomodar e também não tô com muita fome. Vejo vocês mais tarde.– saiu deixando o casal cabisbaixo pra trás.
   Não entenda mal, ela gosta de Hayato e de sua mãe, mas se fosse ser sincera, não se sentia muito pertencente a aquela família.
  Se perdeu em seus pensamentos enquanto caminhava em direção da escola. Viu de longe um garoto de cabelos loiros em um topete, e outro também loiro com o rosto machucado, ambos usando uma roupa preta.
   "Devem ser mais alguns projetos de marginais que arrumaram briga com alguém que não podiam ganhar" pensou continuando a caminhada.


   Chegou na escola, recebendo os mesmos olhares que sempre recebia em quase todo canto que entrava. Consequência da condição rara herdada de sua mãe que fazia seus cabelos serem naturalmente brancos, somados a sua pele mais escura que a de seus colegas, resultado de sua descendência filipina e brasileira.
   Rose era uma garota bonita sem dúvidas. Mas no fundo odiava ter essa beleza "exótica", pois a fazia ser alvo de uma hiper-sexualização gigantesca, porém não se importava o suficiente para mudar seu jeito de se vestir.
"Vai acontecer até se eu estiver de burca, então não tem porque me privar de vestir o que eu quiser." Era o que dizia sempre qua alguém a questionava sobre seus vestidos na altura das coxas, meias rastao, meias 3/4, o qualquer roupa que mostrava minimamente seu corpo.


    As aulas pareciam durar eternidades. O dia parecia mais longo que o normal. Quando finalmente o sinal da última aula tocou, Rose organizou seus materiais calmamente saindo da sala indo em direção de casa, porém parou, eram cerca de 16h30min, seus pais ainda não haviam chegado e queria tomar um café pra compensar o que não tomou de manhã. Então foi em direção a cafeteria mais próxima de sua casa, que ironicamente, não visitava a quase dois anos.
    Estava quase chegando, sua boca salivou pensando no cappuccino e no bolinho que comeria depois de tanto tempo.



    Adentrou o estabelecimento ouvindo o sininho da entrada anunciando sua chegada, automaticamente atraindo o olhar da dona que atendia outro cliente no balcão.


      – Oh– a ouviu dizer levemente surpresa – parece que falei cedo demais. Dessa vez ela apareceu, Ken.


    A senhora Takahashi a olhava com certa ternura, enquanto o mais alto se virou a encarando com certa incredulidade.


     – Rose– sussurrou ele.







🥀









Olha , quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?:)

   Gostaria de pedir desculpas por ter desaparecido. Fds tbm! Desapareci e ? Vai fazer o quê? Espero que tenham sentido saudade, se vcs não sentiram saudade eu vejo como um ataque pessoal afinal preciso de amor e carinho o tempo todo😤.

    Brincadeiras a parte, voltei galera. estou na produção dos próximos capítulos mas não vou prometer uma frequência certa pois tenho medo de não poder cumpri-la (ensino médio é foda), porém vou tentar postar com maior frequência aqui.

   Um beijo pra todos♡
Bye bye🖤

A Rosa e o Dragão (Draken X OC)Onde histórias criam vida. Descubra agora