Capítulo 11 - Ponto de partida

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– Rose, sua puta! Quer fazer o favor de desligar essa porra desse despertador antes que eu quebre ele?!


Esbravejou Kana ao acordar por conta do som estridente que saia do aparelho na escrivaninha ao lado da cama da platinada.


– Tô começando a considerar a ideia de realmente quebrá-lo. – disse se levantando e indo desligando o despertador que marcava 7 horas em ponto


– Por que usa despertador no sábado? – questionou Hina se sentando no colchão e se espreguiçando


– Gosto de ser produtiva. – disse se alongando preguiçosamente


– Porque ela é uma cachorra! – xingou Kana se cobrindo com o lençol e recebendo um riso acompanhado de um revirar de olhos da maior.


– Eu vou lá em baixo preparar o café da manhã porque a Kana da muito piti quando acorda.


– Quer ajuda? – ofereceu Emma


– Se quiser vir – respondeu levantando e saindo do quarto e sendo seguida pela loira. As duas silenciosamente preparavam o café da manhã juntas pondo a mesa para todas as amigas e também para os pais e irmãozinho de Rose.


Rose sentia que Emma queria falar alguma coisa mas não parecia confortável em iniciar seja lá o que queria falar então tomou a iniciativa.


– Poxa, você é bem prática na cozinha, Emma. – elogiou quebrando o silêncio quase desconfortável entre as duas


– Valeu. Tenho que ser já que o vovô já é velhinho e o Mikey simplesmente não funciona de manhã – a mais nova revirou os olhos ao falar do irmão – Acredita que todos os dias o Draken tem que ir até a nossa casa pra acordar o Mikey pra ir pra escola?


– Jura? – perguntei em um riso incrédulo


– Pois é! É inacreditável mas é verdade! – Rose soltou uma gargalhada doce


– Sorte a do Mikey que o Ken tem um senso de responsabilidade tão grande por ele. – comentou pegando alguns copos no armário e levando para a mesa deixando por um momento a loira sozinha na cozinha pensativa antes de ir até a mais velha que organizava a mesa.


– Acho que vocês são bem próximos, né? Não conheço ninguém que chame ele pelo nome fora as meninas de onde ele mora. – Rose franziu as sobrancelhas ao ouvir a última parte pois sabia que Ken morava em um bordel mas a mais nova logo se apressou a completar – Não que eu já tenha ido lá, mas ele e alguns dos meninos comentaram sobre... Enfim, da galera que eu realmente conheço você é a única que chama ele de Ken.


– Ah, eu gosto do nome dele. Draken até soa bem, mas chamá-lo de Ken é o que me faz lembrar que ele não é só um delinquente todo malvado e assustador.


– Então por que não chama o Mikey de Manjirou?


– Bem, porque além de soar bem menos agressivo que Draken, eu acho o motivo de ele ter esse apelido muito fofo – respondeu tocando delicadamente o rosto da menor com as costas da mão em um carinho suave enquanto sorria doce para a mais nova que também sorriu


– Só pra eu saber se devo ou não bater nele quando ele vier me buscar, o que ele te contou?


– Só que vocês são irmãos por parte de pai e que como você tem um nome ocidental, pra você não se sentir sozinha ele adotou um nome ocidental também. Apesar de que eu tenho um nome ocidental e literalmente ninguém tem problema com isso. Pelo menos não que eu convivi – a mais nova riu assentindo – mas apesar de ele não ser um irmão mais velho muito convencional você ama muito ele e ele até é um bom irmão mais velho. As vezes com energia de mais novo, mas ainda conta.


A Rosa e o Dragão (Draken X OC)Onde histórias criam vida. Descubra agora