Hinata Uzumaki
Ando de um lado ao outro sentindo uma irritação constante, um aperto se forma em meu peito e uma angústia envenena minha alma, sinto que algo está errado, que o céu está prestes a desabar novamente sob nossas cabeças. Como se uma sombra negra rodasse em torno do reino, estou atormentada, e sei que não é em relação a Naruto ou o que aconteceu entre nós mais cedo, apenas uma transa como qualquer outra que fazemos, o que não vem ao caso, portanto, sinto um mau agouro no ar.
Peço a Tenten que me mande um dos meus vestidos mais fechados, o inverno já chegou, se aproximando devagar, o ar está frio e úmido, pronto para desabar sua águas geladas nesta época do ano.
Meus filhos no momento estão no templo contemplando o grande Odin, resolvi por esses tempos que eles estariam prontos para dar continuidade aos ensinamentos de nossas crenças.
Tiro completamente minha roupa, estou em frente a minha banheira, nua e crua, olho para baixo encontrando meus seios ainda cheios e doloridos por não poder amamentar e logo após passo a mão na barriga que ainda exibe uma protuberância, como dói não sentir mais meu pequeno em meu ventre, como dói a sensação de vazio que ficou no meu âmago. Me pego amargurada, somente minhas lágrimas descem e minha respiração se prende, doi.— Soberana, essa peça foi feita especialmente para vossa graça. — Nas mãos da minha dama, há uma peça em um tecido finíssimo, aparenta ter uma espessura diferente dos convencionais, a cor denota frieza e inteligência, azul índigo, quase preto.
— É admirável. — Quase sem ânimo eu respondo. — Preciso ficar sozinha! — Anúncio e a vejo se curvar. Tenten sai e me deixa, assim como desejei.Não consigo parar de pensar em como fui afetada por tantas e inúmeras tragédias, a principal, a morte do meu pequeno, foi a pior, não há dor maior na terra que possa superar a perda de um filho, uma lástima da miséria, não há ouro na terra que possa suprir essa perda, e, pelo que sinto, jamais será esquecida.
Permaneci durante um longo tempo dentro da banheira, a água agora está fria, mas para ser verdadeira em minhas palavras, eu não sinto incômodo.
Queria poder estar bem, queria poder dizer ao Sasuke que eu sinto muito, porque eu sinto, mas, por hora, a única coisa que eu posso afirmar é que a sensação de impotência permanece em meu ser, permanece me afirmando que sou inútil, por não ter salvado a vida do meu bebe. Naquele momento, eu tentei de tudo, até ofereci minha própria vida aos deuses, em troca da sobrevivência do meu filho. Foi aí que eu entendi, depois de horas, que eu estava só, que os Deuses já não estavam ao meu favor.
Após terminar toda minha higiene e se vestir, senti a necessidade de resolver uma questão que está me atormentando há muito tempo, decidida a fazer a justiça, mesmo que eu tenha errado e merecesse pagar, mas um inocente jamais deveria responder por algo que não teria feito.
Caminhando em passos largas cheios de pressa até a sala do trono, Konohamaru, quase não conseguia me acompanhar, estou tomada pela raiva, de uma situação que já deveria ter sido resolvida, claramente, quem deveria resolver, Naruto, está sendo petulante e teimoso.— Odeio que entre sem ser solicitada!
— Sou Soberania desse reino, entro onde me for de direito. — Sem tremer ou temer, coloco o nariz à frente do corpo quase marchando em direção ao trono.
— Não me teste, Hinata. Já estou com problemas demais hoje. O mínimo de sanidade que ainda me falta deve prevalecer pelo fim do dia, então, não me teste.Olhei sua expressão de desdém em minha direção e torci o nariz sem tirar meu olhar do seu, na mesma altura.
— Quero a liberdade da Yamanaka!
Naruto me olhou arregalando os olhos, soltando uma gargalhada irritante.
— Você não tem que querer nada! — Era sua última palavra, porém, não.
— Tenho o meu direito de fala nesse lugar, sou suficiente, tenho voz no que for do meu interesse, já que você, "o rei", não faz jus a justiça desse lugar.
— A Yamanaka é uma traidora! — Ele ponto, e eu, vírgula.
— Seja lá o que você quer com isso, não te levará a lugar nenhum.
— Hinata... — Suspirou cansado ao proferir meu nome. — Que diabos você quer? A minha alma? Minha paciência está por um fio.
— Eu não ligo! Só quero que seja justo! — Caminhei em sua direção. Ele está rodeado de guardas.
— Saiam dessa porra! — Ordenou aos guardas e aos servos do local.
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Minha Soberana +18
FanfictionSasuhina | Allhina Um amor proibido, que pode ser levado à a serias consequências, revelando verdades e segredos ocultos, trazendo sofrimento não só para os inocentes e sim para todos. Paixões, obsessão, amor, ódio, d3sgosto, mentiras, tr4ição e d3...