Cap. 21

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“Se eu te amasse menos, talvez pudesse ser capaz de falar sobre isso…" - Emma, Jane Austen.

Desculpem erros. Sem condições  (dos meus olhos pesados kkkk) de revisar hoje.

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[Hailee]

Eu me vi entrando em casa com um sorriso mais que idiota no rosto e sentindo uma sensação estranha mas, simultaneamente, boa dentro de mim. Foi um beijo simples, casto e extremamente breve, mas a sensação que havia me gerado era indescritível de tão boa e genuína. É claro que eu ainda estava me adaptando à situação de (SeuNome) e eu sermos mulheres, o que de início me causou certa estranheza quando pensei nisso, mas depois, quando nossos momentos, conversas e aproximações me vinham à mente, tal circunstância me soava completamente normal e aceitável. E verdade é que, quando digo aceitável, não estou me referindo a apenas eu aceitando, mas às pessoas ao nosso redor também deveriam (e não não tinha escolha) aceitar. Sinceramente, isso só cabia a mim e a (SeuNome).

Adormeci rápido, não sei se porque estava cansada ou se era por me sentir mais calma de uma forma que há muito tempo não me sentia. Apesar disso, aquele pesadelo recorrente apareceu mais uma vez em minha mente e terminando mais uma vez com (SeuNome). Não era possível que ela estivesse tão dentro da minha mente que eu passei a confundir as imagens da minha cabeça com o presente que eu vivia. Algo não estava certo…

Mas quando acordei na manhã seguinte, a primeira coisa que me veio à cabeça era a vontade e possibilidade de ver e falar com (SeuNome), porém, eu precisava trabalhar, por isso, antes das 7 da manhã, lá estava eu enviando uma mensagem de bom dia e questionando em que momento poderíamos nos ver naquele dia. 

Contudo, venho fazer uma ressalva: eu sabia que a garota estava focada em estudar para ser aprovada na faculdade e isso me apresentava a certeza de possíveis desavenças e incompatibilidades de horários, a necessidade de fazer escolhas e tomar decisões difíceis e que machucam, a importância de fazer renúncias, principalmente da parte dela e, se eu quisesse de fato seu bem - o que eu queria -, precisaria ser compreensível. Essas épocas de decisão do nosso futuro profissional são as piores para se entrar em um relacionamento, exceto se ambos tiverem muita maturidade para se apoiar e compreender.

A manhã estava fria e o chão coberto por uma neve que caiu quase a noite toda, pelo jeito. Porém, naquele instante já não nevava. Vesti um uma camiseta branca, calça jeans, um coturno e me agasalhei com uma blusa de frio e ainda um sobretudo para poder suportar o frio e, antes que eu terminasse de trancar a porta, meu celular vibrou indicando a chegada de uma mensagem que, assim que o tirei do bolso e olhei no visor, verifiquei ser de (SeuNome). 

A mensagem era breve, mas me aqueceu o coração naquela gelada manhã quando vi um apelido logo no começo do texto: “Bom dia, Haiz. Me espere no nosso esconderijo no mesmo horário de ontem.”

Respondi ao longo do caminho e ainda trocamos outras mensagens, mas eu precisava trabalhar e mal chegando ao colégio já fui abordada por uma Alice afobada por informações que, convenhamos, não lhe diziam respeito. Mas como ela havia me ajudado e eu gostava dela e sabia que poderia contar com sua ajuda, dei breves detalhes de toda interação.

- E ela não disse nada depois que você a beijou? - A freira me olhou inquiridora e curiosa e eu teria rido da situação se não tivesse visto a Madre Margareth se aproximando de onde estávamos.

- Não deu tempo, eu saí antes de dizer qualquer coisa. Agora preciso trabalhar antes de levar um sermão. - Alertei fazendo menção com os em direção à freira mais velha que se aproximava austera e inflexível até nós. 

(In)Finito [Hailee Steinfeld/You]Onde histórias criam vida. Descubra agora