(In)Finito [Hailee Steinfeld/You]

Capítulo 25

“What doesn't kill you

Makes you wish you were dead

Got a hole in my soul growing deeper and deeper

And I can't take”. - Drown, Bring Me The Horizon

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[SeuNome]

O som das pancadas na porta fez Hailee parar o que fazia e olhar em direção ao local: pelo olhar de reprovação que surgiu em seu rosto, logo vi como ela parecia mais que decepcionada e aborrecida por ter sido interrompida. A senti tentar me empurrar para se levantar, mas antes que ela pudesse fazer qualquer movimento mais brusco, consegui apertar sutilmente seu rosto contra minhas mãos e fazê-la permanecer ali e aqueles olhos confusos se prenderam nos meus procurando entender meus motivos.

- Eu atendo, tudo bem? 

Ela assentiu balbuciando um simples "ok", e eu rapidamente vesti minha camiseta e moletom para atender a porta, afinal, mesmo sem saber ainda, não continuaríamos o que paramos assim tão cedo.

Se fosse um assassino, eu teria morrido ali mesmo porque, descuidada como eu costumava ser, simplesmente escancarei a porta tendo a visão de um homem jovem que logo perguntou sobre minha namorada.

- Boa tarde, moça. Ouvi dizer que Hailee Steinfeld mora aqui. Eu poderia falar com ela? 

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ouvi passos se aproximando logo atrás de mim: era Hailee que havia levantado da cama um tanto eufórica e meio transtornada  - e assustada talvez? Verdade é que não consegui compreender de imediato o semblante confuso que a mulher trazia, porém, se analisarmos bem, tal feição era coerente com a situação visto que um estranho se colocava à nossa porta.

- Não tem como ser real. - Ela murmurou quando estava do meu lado e pode ver de quem se tratava. A vi cambalear como se estivesse à beira de um desmaio, o que fez tanto eu como o rapaz seguirmos em sua direção para tentar, ainda que em vão, ampará-la.

Porém, ela se manteve firme em pé e eu lancei um olhar de reprovação ao rapaz quando o vi indo colocar suas mãos sobre ela. Ele claramente captou o meu descontentamento por sua reação e se afastou levantando as mãos e arqueando as sobrancelhas. Eu me aproximei de Hailee e me certifiquei de que ela estava bem, porém, eu sabia que no fundo, embora ela tentasse não transparecer, pois eu ainda a via em estado de choque e alarmada, ela não estava tão bem assim.

Aquele rapaz de sobrancelhas grossas e pretas, olhos estreitos, o cabelo meio encaracolado… Pensando bem, ele me lembra… Sim, com certeza ele me lembra alguém.

- Hailee, você o conhece? - Ousei questionar quando me dei conta da semelhança que eu via entre aquele homem e ela.

- Sim, ele é meu irmão que… Meu irmão que eu pensei que estava morto.

- O quê?! - Interroguei mais desacreditada do que ela parecia estar antes, pois ela mesma havia me contado a história trágica da morte de seu irmão. Não era possível que ele estivesse ali agora. Ou era?

Porém, ela não me deu resposta alguma, muito pelo contrário, esqueceu da minha existência patética e que eu estava ao seu lado e se jogou contra o rapaz que a acolheu surpreso em um caloroso e saudoso abraço, a envolvendo e apertando fortemente contra seu peito quando ela começou a chorar ali mesmo com soluços altos. Eu, ainda que meio a contragosto e me sentindo perdida, apenas observava a cena que durou muito mais tempo do que eu gostaria, entretanto, eu não contestei e nem disse nada, foi o próprio irmão de Hailee que chamou sua atenção dizendo algo sussurrado para ela, o que a fez me olhar e só por isso sei que ele a advertiu sobre a minha inoportuna presença ali.