(In)Finito [Hailee Steinfeld/You]

Cap. 23

"Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso". - Feliz por nada, Martha Medeiros.

Desculpem por erros, cansada demais para revisar. E também desculpem por parecer tão confuso (é que eu também sou, então, né...).

[Hailee]

Sentia-me extremamente mal pelas últimas coisas que tinha conversado com (SeuNome), pois já me parecia impossível sentir-me ou ver-me separada dela. Quão hipócrita eu me julgaria há um tempo não muito distante por estar me sentindo assim por causa de alguém? Que Hailee era essa que saía de mim toda vez que pensava em (SeuNome), estava com ela e a tinha para si? Era, definitivamente, aquela Hailee que Griffin tanto insistia que eu deveria ter sido se não tivéssemos sido internado naquele colégio interno. Queria muito que ele estivesse aqui para ver o quão boba me tornei por causa de outra pessoa e, para 'piorar', uma mulher. Ele riria horrores de mim, me zoaria de todas as maneiras possíveis, faria questão de me deixar desconcertada na frente de (SeuNome), mas ele gostaria dela... Sim, eu tenho absoluta certeza de que eles se dariam muito bem.

Eu havia entrado em casa um pouco cabisbaixa e desapontada por uma parte dos últimos acontecimentos, mas a lembrança de (SeuNome) nos meus braços me embriagava a alma, meu coração, minha mente e meu corpo e eu me pegava rindo feito idiota enquanto preparava uma comida qualquer para comer. Já deveria ser quase onze da noite quando resolvi tomar um banho antes de dormir, mas antes de me dirigir ao pequeno banheiro da minha humilde residência, espiei rapidamente para ver se encontrava alguma atividade no quarto da minha namorada... "Minha namorada", ponderava eu ridiculamente em minha cabeça e voltava a sorrir para o vento. Mas, bem, eu não a vi e supus que ela não estivesse no quarto ou já estivesse dormindo, visto que a luz do cômodo estava apagada. Deste modo, lhe enviei uma breve mensagem de boa noite, mas não esperei resposta e segui em direção ao banheiro.

No banheiro, me livrei aos poucos de cada peça de roupa e me olhei no espelho enquanto desfazia a trança que usava. Logo meus cabelos estavam soltos sobre meus ombros e, por alguma curiosidade que há tempo eu não tinha sobre meu corpo, me peguei desviando os olhos e analisando rapidamente algumas partes de mim: eu havia emagrecido, pouco, mas era notável a perda de peso pela escápula mais evidente e os ossos da clavícula um pouco mais protuberantes. Perguntei-me se (SeuNome) gostaria de mim da forma que estava e torcia para que sim, mas logo me livrei de tal indagação quando me veio à mente que ela não parecia do tipo que ligava para aparência.

- Vamos só tomar um banho, Hailee. - Murmurei para mim mesma.

Entrei no chuveiro e senti a água quente molhando minhas costas e escorrendo pelo meu corpo. Dali inclinei a cabeça um pouco para frente de forma que a água batesse sobre a minha nuca: a sensação de alívio foi instantânea. Queria que ela também estivesse aqui presa às minhas costas e com os braços ao redor de mim... Cedo demais... Mas não, não me leve a mal, eu não estava pensando coisas sujas e obscenas, eu só queria que ela estivesse ali comigo de novo, por mais tempo, que me fizesse me sentir bem de novo, que me beijasse o ombro onde depois repousasse o queixo e respirasse fundo ao lado do meu rosto. Mas ela não estava ali, mas alguma presença ou a lembrança dela me acolhiam de alguma forma naquele momento. Acabei demorando demais no banho por causa de tanto devaneio, mas alguns minutos depois ali estava eu deixando o banheiro, me vestindo e tentando secar melhor meu cabelo para que eu pudesse, então, me deitar.

Sentei-me na cama e ansiosa por uma mensagem dela, tomei o celular em minhas mãos. Mas não havia nada, nem ao menos um breve boa noite. Suspirei em descontentamento e derrotada, mas como precisava dormir, apenas me deitei e esperei o sono vir aos poucos.

"Meu irmão ainda insistiu em segurar minhas mãos por alguns segundos, mas balbuciei um "está tudo bem, você pode ir" para ele para que, assim, ele não se detivesse mais tempo ali. Deste modo, aqueles homens o conduziram para dentro do prédio, não sem antes me encararem como se quisessem me dizer que logo viriam me buscar e, tudo bem, eu já estava acostumada e, por isso, sempre preparada para quando viessem me buscar. Aos poucos vejo a imagem de meu irmão desaparecer depois das paredes do prédio e alguém me chama... Fogo. Griffin.