Capítulo 24

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• Maiara •

O lar dele era bonito e antigo. A fachada e a escada de mármore no centro até a porta branca com detalhes parecia algo de filme. A garagem ficava logo ao lado, mas ele não tinha um quintal de frente e perguntei-me onde Lorenzo brincava. Criança sempre precisaria de espaço para correr e extravasar energias.

Nós entramos na sala com três sofás escuros e paredes claras. As cortinas eram cinzas e brancas, davam uma sensação de lugar quentinho. Havia uma seleção de fotos. A maior parte eram deles dois ao longo do crescimento de Lorenzo e a última me chamou atenção.

Aparentemente, eles formavam uma família bonita. Mikelly era notável. Parecia feliz. Fiquei com pena que uma mulher tão jovem e tão bonita tivesse interrompido a vida tão cedo. Ela tinha tanto pela frente e inclusive, ver o filho se tornar um homem. Isso me deixou um pouco triste. De repente, me vi desejando que ela não tivesse morrido. Perder o crescimento de um filho era um castigo e tanto.

Fernando e Lorenzo estavam na cozinha discutindo algo animadamente. Parecia que Fernando estava perdendo nos argumentos do filho e deu a ele um cookie tirado de um recipiente no alto do armário. A criança sorriu como se tivesse visto um pote de ouro.

Lorenzo: Maiara, você sabe fazer cookies? — Lorenzo perguntou-me de boca cheia e Fernando deu-lhe apenas um olhar. — Desculpe — disse quando engoliu e me olhou com expectativa. — Então?

Maiara: Sei, sim. Farei para você.

Lorenzo: Legal! Papai não sabe cozinhar nada. A comida dele é uma gosma!

Fernando: Garoto, o que eu disse sobre falar mal da minha comida? — Fernando disse de um jeito severo, mas com o olhar brincalhão.

Lorenzo: Estou falando a verdade. Vovó diz que mentir é feio. — Ele sorriu com dentes sujos de massa.

Fernando: Politicamente correto da noite para o dia, Bruce Wayne.

Lorenzo: Posso assistir desenho no meu quarto? — Ele desceu do banquinho e olhou-me rapidamente. — Você vai embora?

Maiara: Não, eu vou ficar. Tudo bem para você?

Lorenzo: Legal! A gente brinca depois, tá?

Maiara: Combinado.

Lorenzo subiu as escadas correndo no momento em que Fernando me empurrou contra o balcão da cozinha e me beijou com desejo ardente. Suas mãos apertaram minha bunda de forma divertida enquanto o assalto com a língua continuava com vigor. Minha excitação falou mais alto e gemi contra seus lábios com toda minha saudade e tesão queimando sobre minha pele. Eu o queria desesperadamente.

Maiara: Isso é extrema maldade. Me deixar acesa assim e não continuar — sussurrei ofegante, meus seios dedurando meu estado.

Fernando: Vou apagar seu fogo mais tarde. — Ele mordeu o lóbulo da minha orelha e enfiei minhas mãos nos bolsos de sua calça, apertando sua bunda, puxando-o um pouco pra mim. — Amasso na cozinha.

Maiara: Nós não estamos fazendo isso. Não quero que Lorenzo nos veja. — Eu me afastei um pouco e ele riu, beijando o colo dos meus seios.

Fernando: Vou te dar um tour pela casa e desço para buscar suas malas — disse-me e pegou minhas mãos, levando-me até as escadas. — Meu escritório. — Apontou para uma porta e abriu, mostrando a mesa lotada de papéis e pastas, um enorme armário do chão ao teto com livros. — Quarto de hóspedes. — Abriu outra porta e mostrou um quarto simples com uma cama, outra porta do banheiro e uma do closet pequeno. — Quarto do Lorenzo. Seu mundo de imaginação fértil. — O quarto era azul, com uma cama em forma de carro e vários brinquedos espalhados no chão. O menino estava em cima da cama, olhando para uma tela sem nem piscar. — E agora, o meu abatedouro. O lugar onde irei comer você mais tarde. — Sorriu docemente e bati em seu ombro pela estupidez.

Por acaso: Mãe Onde histórias criam vida. Descubra agora