Taehyung é um alfa lupus que fugia com o seu único filhote em busca da Floresta de Aldeeron, contando com o refúgio que só a Matilha Vermelha poderia lhe proporcionar contra a alcateia em que ele foi exilado
Ele só não imaginava que encontraria um...
notas: o capítulo de hoje não foi betado, me desculpem se houver algum erro de concordância ou gramatical <3
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Quebra de tempo
Haviam se passado três semanas e meio desde que decidimos viajar em direção à Daejeon. Antes da guerra dos híbridos, essa cidade era uma das mais prósperas da Coréia do Sul e com paisagens de se tirar o fôlego, com um dos seus maiores atrativos passando-se a noite. A ponte Expo Bridge era iluminada por várias luzes de todas as cores possíveis, sendo capaz de vê-la em muitos cantos da cidade. Diversas pessoas se reuniam na praia para apreciar aquele show de luminosidade, acompanhados por alguém especial.
Hoje em dia se tornou mais um vilarejo que trocava especiarias com Seul, e é claro, era governada por um alfa bêbado que passava a maior parte do tempo com a mão dentro das calças. Reviro os olhos e afasto algumas lembranças que eu tinha relacionadas ao babaca, repousando meus lumes em Jaebum e Jungkook após escutar uma gargalhada gostosa vindo deles.
Desde que o meu filhote descobriu que o ômega carregava um bebê, os dois se tornaram inseparáveis, com o Kim mais novo passando a maior parte do tempo conversando com o filhote do Jungkook. Achava a interação deles a coisa mais fofa do mundo, mesmo com o ômega me evitando.
Não entendia o que estava acontecendo, tínhamos começado a nos conhecermos melhor e então, de um dia para o outro, Jungkook passou a fugir de mim. Ou ele andava mais rápido para não ficar perto de mim, ou ele grudava em meu filho ignorando a minha existência. Se está se perguntando se eu fiquei chateado, a resposta é não. Pelo contrário, eu me sentia confuso.
Parei várias vezes para pensar se eu havia dito ou feito algo que ele não gostou, sentindo minha mente pipocar cada vez mais e até conseguir notar um cheiro de queimado vindo da minha cabeça. Eu devo ter tido alguma amnésia para não fazer a mínima ideia do que pode ter acontecido. Consequências de ser uma pessoa que fala muito e pensa pouco.
Encaro o ômega na minha frente que estava com a cabeça abaixada para conseguir ver melhor o meu filhote. Seu cabelo estava amarrado em um coque bem feito, dando brecha para poucos fios escuros caírem e formando ondas próximas ao rosto do rapaz. Dessa vez ele havia trocado de roupa, trajando uma camiseta branca e larga, grande o suficiente para que não apertasse a sua barriguinha de oito meses, usava uma calça velha e folgada de cor cáqui e uma bota marrom.
Roupas simples e antigas, mas que realçavam a beleza única e etérea que só o Jungkook possuía, me fazendo constatar que aquele ômega ficaria lindo em qualquer coisa. Solto um suspiro sôfrego e nada baixo, sentindo automaticamente os meus lábios se transformarem em um bico emburrado. Podia escutar minha vó dizendo com a voz branda servindo de alerta: "cuidado com os ômegas bonitos e sedutores que aparecem em seu caminho!".
Desculpa, vózinha, mas o seu neto está caindo nas garras de um homem cuja aparência era arrebatadora.
Enquanto me perdia em meus pensamentos torturantes que giravam em torno de somente uma pessoa, reparo de esguelha que o ômega não parava de me fitar. Sinto minhas bochechas corarem rapidamente pela intensidade refletida em seus mirantes, sentindo que a qualquer momento eu poderia dar de cara com o chão. Respiro fundo, tentando acalmar as batidas agitadas de meu coração e beliscando disfarçadamente uma de minhas pernas, fazendo parar aqueles tremeliques.
