H O R A

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HORA
Maya povs

Fazia 3 dias.
E eram três dias de puro vazio, pura tristeza, principalmente porque, eu não havia ligado para Richarlison, eu não conseguia.

Qualquer comida que me fosse oferecida eu negava, ou só comia duas colheres.

Assemelhavam aquela dor como uma das piores do mundo, e sim, eu confirmava.

(...)

- May.
- Sim?
- Você tem uma visita. - Entortei meu rosto seguindo para a sala, eu arregalei os olhos ao ver meu namorado ali.

- O que você está fazendo aqui?
- Você não me ligou.
- Eu sei.
- Mas eu não consegui ficar longe. - Ele me envolveu em um abraço, um abraço forte, mas que ao mesmo tempo descarregou toda aquela dor que eu sentia.

Porque ele sentia o mesmo, Richarlison sentia o mesmo que eu. E ele veio. Eu nem precisava chamar para ele estar ali.

(...)

- Consigo ver pelo seus olhos que você tá destruída, gata.
- É cansativo, tudo de uma vez. - Eu disse abaixando a cabeça.

- Não precisava gastar dinheiro para vir.
- Nunca que eu iria deixar você passar por isso sozinha.
- Mas..
- Maya, era meu bebê tambem, eu sinto dor, estou quebrado pra caralho, e você, você é minha mulher, quem eu amo e eu não sei se já disse isso, mas não suporto ver quem eu amo sofrendo e eu não poder fazer nada, nem que seja um mísero abraço eu vou dar. - Eu juntei nossos lábios, nossas línguas acariciaram uma a outra, meu corpo pedia uma coisa, já meu pensamento pedia outra e eu não sabia qual seguir.

- A gente descuidou. - Murmurei me afastando, minha perna ainda estava por cima do homem, que fazia carinho entre ela e minha bunda.
- Eu sei.
- Eu não peguei o celular, mas Maria comentou que a informação já foi vendida, o que estão dizendo?
- Você não quer saber?
- Eu quero saber.
- Maya, eu não vou te dizer.
- É muito ruim? - O que você está falando Maya? Definitivamente é muito ruim.

- Meu amor. - Richarlison ergueu meu rosto. - Por favor, já é demais pra gente tudo que estamos passando, eu já me pronunciei, está tudo bem, tudo bem. - Beijou meus cabelos e me envolveu em um abraço.

- Você está com fome?
- Não.
- Maya.
- Não estou com fome, juro pra você. - Eu sorri levemente.

- Você está pálida.
- Richarlison, está tudo bem, eu te prometo, prometo. - Foi a minha vez de beijar o canto de seus lábios. - Eu só não quero comer.

- Mas eu cheguei pela manhã, já é noite e você não bebeu nem água.
- Mas eu estou bem.
- Maya, a gente não fez nenhum exame depois disso, você tem que se cuidar. - Eu sorri ao ver a preocupação do homem.

- Eu amo você..  - Não estava tentando mudar de assunto, mas foi a hora que eu percebi que não tinha respondido o que o homem tinha me dito a alguns minutos atrás. - Amo que se preocupe tanto comigo, faça tudo por mim, você é o melhor homem que eu já conheci na minha vida. - Richarlison puxou minha perna me fazendo ficar sentada por cima dele.

Beijei seus lábios com um certo carinho enquanto as mãos do homem adentraram minha blusa e se encontraram com os meus seios, mas ele mesmo se afastou depois.

- Tenho uma coisa para te contar. - Murmurei.
- O quê?
- Com essa agonia, eu esqueci de te dizer, me encontrei com Matheus. - Ele arregalou os olhos e me segurou contra seu colo para garantir que eu não me mexesse enquanto ele se sentava na cama.

- Por quê?
- Foi sem querer, eu te juro. Ele disse que se encontrou com a minha mãe, o que significa que ela está em São Paulo. Foi aterrorizante, tudo que ele me dizia voltou a rodar minha mente. Principalmente depois que ele viu o teste. Eu tenho certeza que foi ele que vendeu, e eu não entendo por que ele me odeia tanto. - Suspirei, sentindo um fardo se esvair do meu corpo.

- Ele não te odeia, ele se odeia. Se odeia por ter perdido uma mulher igual você, que só se acha uma vez em toda a vida. Mas eu sou muito grato por ele ter perdido, caso contrário, ela não seria minha hoje em dia. - Fez um carinho em meu rosto.

- Acho que eu me apaixonaria por você a qualquer momento, não tem como não se apaixonar por você. Você é incrível, mais do que qualquer um pode imaginar. - Foi a vez dele juntar nossos lábios, minha língua acariciava a de Richarlison em um beijo lento, o homem arfou quando eu desci até sua mandíbula.

- Maya.
- Sim?
- Hoje não. - O encarei confusa.

- Você não me quer?
- Eu sempre te quero, é nítido. - Ele se referiu ao fato de eu já poder sentir seu membro por cima do short. - Mas eu te quero bem. E você não comeu, vou me sentir um lixo se fizer isso com você dessa forma. - Eu assenti, compreendia muito bem o que Richarlison dizia.

(...)

- Essa aí tá legal. - Richarlison disse sobre a minha roupa. Estava decidindo uma para poder ir até o podcast.
- Vai ser essa, eu gostei. - Murmurei puxando meu celular para poder tirar uma foto para Maria.

Mas uma mensagem em especial me assustou e assustou em cheio.

A minha mãe.

LILIANE

Como eu faço para poder
me encontrar com com você?
22:54

Nasce de novo.
23:02

- É a minha mãe.
- Sério? O que ela quer?
- Se encontrar comigo, será que ela acha que eu sou obrigada?
- Deixa ela lá, nem se dá o trabalho. - Murmurou e eu concordei antes de abrir minha gaveta para poder achar um esmalte para as minhas unhas. Isso que dá deixar tudo para encima da hora.

 Isso que dá deixar tudo para encima da hora

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Tá acabando..
E
amanhã tem fic nova!!!

Espero que gostem.

THE INVITATION • Richarlison Onde histórias criam vida. Descubra agora