3. Amanda

2.1K 108 22
                                    

Eu sempre gostei do meu estilo mais sofisticado. Nunca gostei muito de roupas curtas nem decotes. E eu amava me vestir do meu jeito mais reservado e mesmo assim me sentir sexy e poderosa.

Escolhi uma roupa toda preta e um bota de cano altíssimo que eu havia comprado. Fiz uma maquiagem leve e coloquei alguns acessórios. Uau, eu estava linda.

 Uau, eu estava linda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


- Nossa, que linda. - o Antônio falou saindo do banheiro.

- Obrigada. Vou te esperar lá fora. - fui saindo do quarto.

O Antônio se vestiu todo de preto também, estava um gato. Chegamos no São João e fomos logo pro nosso camarote, o Antônio andava me guiando com as mãos nas minhas costas, eu amava isso.

Os shows do dia eram Fagner, Joelma e Falamansa. Eu amava tudo, cresci escutando todo tipo de música. Quando Fagner começou a cantar Espumas ao Vento, o Antônio me tirou pra dançar, eu amava essa música, e dançamos ela coladinhos.

Eu curti muito a noite inteira, acho que bebi muito mais do que deveria.

Eu já era muito amiga da esposa do Dindinho, e toda vez que eu ia até o bar, ela ia junto comigo. Estávamos bêbadas igual. Numa das nossas idas ao bar alguns rapazes já chegaram cercando nós duas, tentando pegar na nossa cintura e passar a mão nos nossos corpos. Eu já estava estressada com a insistência, já a Roberta parecia assustada.

- Eu quero que vocês saiam de perto e parem de tentar pegar na minha bunda. - falei já gritando.

- Ei docinho não é pra tanto, queremos apenas um beijo das mulheres mais lindas da festa. - um deles falou.

Eles estavam nos cercando muito, estava impossível sair, quando um deles passou a mão tentando alcançar os meus seios eu lhe dei um tapa na cara tão forte que eu machuquei meu dedo.

- Aiii. - gritei.

- Sai de perto da gente. Máriooooo. - a Roberta começou a gritar.

O caos se instalou e quando dei por mim, o Antônio e o Dindinho já estavam arrumando a maior confusão. Eu segurei o Antônio pela cintura por que ele estava muito nervoso, a Roberta fez a mesma coisa com Dindinho.

- Ei, vamos sair daqui, não vale a pena. - falei.

- Esses filhos da puta estavam passando a mão em você, como que não vale a pena?. - Antônio falou e as veias do pescoço dele estavam saltadas, ele parecia que ia colapsar.

O Dindinho também estava muito nervoso, mas nada comparado ao Antônio. Enquanto eles nos olhavam para saber se estava tudo bem os homens acabaram se dispersando, espertos como eram.

- Está tudo bem?. - ele me perguntou.

- Eu acho que machuquei meu dedo quando dei um tapa nele. - falei.

Ele segurou minha mão e começou a examinar meu dedo. Realmente eu havia lesionado o dedo que estava começando a ficar um pouco roxo. Ele me levou pro hospital, e eu já estava estressada por que ele gritava com todo mundo pra eu ser atendida rápido. Ele não quis nem ir ao hospital que meu convênio cobria, foi no hospital mais próximo e eu sabia que era um gasto alto e desnecessário.

- Você precisa se acalmar, caso contrário você vai ter um colapso. Em breve eu serei atendida e tudo vai ficar bem. Fica calmo. - falei.

Eu fui atendida e havia sofrido um deslocamento parcial no dedo mindinho. Minha mão foi imobilizada e a previsão era de vinte dias para o retorno e para retirar de vez os curativos.

Voltamos direto para casa. E o Antônio não queria que eu fizesse nada. Se eu deixasse ele me dava até banho. Nos demais dias de festa ele grudou em mim e até a minha bebida ele que ia buscar.

Acabaram os dias de São João e dois dias depois voltamos para o Rio. Num final de semana ele me chamou pra ir à uma festa do Rômulo, um amigo dele que eu amava e que era um gato. Me arrumei no salão e depois fui pra casa apenas trocar a roupa e pegar minha bolsa. Coloquei um vestido de seda verde, que me deixou com uma bunda fantástica, e resolvi usar sem calcinha pra não marcar. Eu estava linda, gostosa, irresistível.

O Antônio colocou uma parada para me buscar num carro de aplicativo e quando entrei no carro ele me falou mil elogios

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O Antônio colocou uma parada para me buscar num carro de aplicativo e quando entrei no carro ele me falou mil elogios.

Chegamos na festa e eu estava amando, as festas dos amigos dele eram muito a minha vibe, as músicas, as bebidas e os comes e bebes, eu curtia absolutamente tudo. Uma hora ele sentou num puf que se esparramava aberto no chão, e me chamou pra sentar ao lado dele, mas eu recusei, pois era muito baixo e eu estava com medo de mostrar que eu estava sem calcinha. Eu falei pra ele bem baixinho e ele logo começou a brigar comigo.

- Eu não acredito nisso. Você só pode estar de brincadeira. - ele falou.

- Desde que eu não faça nada errado ninguém vai ver. - falei.

- Porra Amanda, você fode com a minha cabeça e me tira a pouca paciência que me resta. - ele falou.

Eu não estava entendendo a irritação dele, era além do necessário, eu não daria mais corda por que não ia brigar. Fui buscar um drink. Quando voltei tinha uma ruiva sentada ao lado dele e abraçada, os dois com mil sorrisos. Ele parecia bem confortável com a situação, e passou boa parte da noite conversando com ela.

Eu não queria atrapalhar o clima entre eles e me enturmei com os amigos dele que eu conhecia. Me divertir na medida do possível. Ele me procurou com o olhar algumas vezes mas continuou lá conversando com ela por horas.

Ela já estava bastante bêbada e estava me incomodando muito ver ele cuidando dela, dava pra ver que eles tinham uma história juntos.

Quatro horas da manhã eu já estava cansada, tinha bebido bastante também e resolvi ir pra casa. Avisei o Rômulo e sai quando o meu carro por aplicativo chegou. Mandei uma mensagem pra ele quando cheguei em casa avisando que estava bem.

Tomei um banho, ingeri uma aspirina e fui dormir. Acordei duas da tarde com algumas mensagens dele irritado por eu ter ido embora sem ter avisado pra ele. Resolvi não responder, ele me ignorou a festa inteira, não era justo ele me cobrar isso.

No Twitter tinham várias imagens dele saindo da festa com ela, e outras deles entrando no condomínio onde ele morava. Haviam compartilhamentos de notícias mostrando que eles namoraram por um ano e meio entre 2019 e 2020, eu sabia que eles tinham uma história. Foi bom ter vindo embora sem ter esperado por ele.

Ignorei as mensagens e ligações dele pelo resto do dia. Meu coração estava magoado, e eu não queria nem pensar na possibilidade de chorar por isso.

A Lari me ligou me convidando para um festa que uns amigos iriam fazer num rancho. Íamos nós duas e a Bru. Montei a mala para dois dias, tranquei tudo e fui, decidida a seguir em frente.

DocShoe - I FollowOnde histórias criam vida. Descubra agora