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POV: Lua

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POV: Lua


O dia seguinte após o desastre.

Não conseguia nem mentir ao dizer que eu não tinha passado 80% do meu tempo pensando na merda que eu permiti deixar acontecer naquela sala. E só não me arrisco dizendo que passei todo o meu dia repassando aqueles acontecimentos — mesmo que sem querer — na minha mente, porquê precisei ir trabalhar de toda forma, e por isso me mantive ocupada, caso o contrário...

Eu andava pelo CT me sentindo uma ladra que seria descoberta a qualquer instante, sentia que estava carregando um segredo de Estado. Era como se estivesse escrito "eu fiz merda" na minha testa, e mesmo com todo mundo agindo normalmente só se importando com os seus próprios afazeres, ainda sentia como se todos soubessem o que tinha acontecido.

Quem vê assim até pensa que está arrependida, mas é isso que me corrói: eu não estou nem um pouco arrependida.

Nada. Nadinha. Nem um pingo de arrependimento.

Eu sou uma péssima profissional, eu sei. Mas eu gostei tanto.

Talvez eu não soubesse — ou me recusasse a perceber —, mas a Lua adolescente que era apaixonadinha pelo Gabi ainda existia dentro de mim. E mesmo após todos esses anos, ela ainda ansiava por um beijo do seu jogador favorito. E ter dado isso a ela não foi o suficiente para fazer essa chama se apagar, a real é que parecia que só tinha jogado mais gasolina no fogo.

Eram oito horas da noite agora, eu estava jogada no sofá de casa relaxando depois de sobreviver à um dia cheio de pensamentos torturantes. E mesmo estando no conforto da minha casa, na segurança do meu lar, as memórias e o receio ainda insistiam em me perseguir.

Aquele toque firme, a voz rouca, o beijo molhado...

Seria pecado eu me aliviar de toda essa tensão que percorria o meu ser?

Sendo ou não, eu já não estava sã o suficiente a tempo o bastante para me importar com isso. Aproveitei que agora estaria sozinha de novo já que o PA tinha voltado pra São Paulo e não me neguei prazer.

Minha mente começou com os trabalhos, o meu corpo só pensou em "dar uma mãozinha".

Ainda no sofá, com a destra desci o meu short de pijama junto com a calcinha. Não me dei o luxo de pensar muito, caso o contrário iria voltar atrás. Comecei com leves carícias no clitóris, sabia muito bem da importância das preliminares antes de ir direto ao ato.

O jeito com que ele aparecia na minha mente era sacanagem, aquelas fotos que eu achei durante a minha pesquisa...quando ele tinha começado com as tatuagens? Nunca pensei que um simples número nove fosse me levar do céu ao inferno em questão de segundos.

Quando o meu corpo finalmente entrou no clima, senti que já estava na hora.

Mas no exato momento em que começo a penetrar um dos dedos, levo um susto com algumas batidas na porta. Eu devo ter atirado pedra na cruz, só pode.

Meu Probleminha Diário • Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora