01

1.3K 76 6
                                    

RJ📍pov: Lua

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

RJ📍
pov: Lua

— Lua, será que você pode ajudar o seu irmão mais velho?

— PA, não é porque eu sou psicóloga que eu tenho a resposta de tudo.

— Então pode devolver esse diploma, toda vez que eu te peço ajuda você não sabe me dar a resposta. — Ele diz indignado cruzando os braços.

— Você sabia que psicólogos não são mágicos que solucionam todos os seus problemas? Nós auxiliamos o paciente a seguir o melhor caminho para lidar com eles, se quiser que alguém te diga o que fazer, vai atrás de uma taróloga.

— Uma o quê?

— Esquece.

PA estava enchendo o meu saco, aparentemente uma das garotas que ele tinha conhecido em uma balada estava agindo de uma forma seca e respondendo com desdém às suas mensagens, e ele queria saber o motivo daquilo. O problema é que ele não esperou que eu acordasse para vir tirar uma dúvida, ele ficou me sacudindo desesperado até que eu acordasse.

Normalmente não passávamos muito tempo juntos por causa da sua rotina corrida como atleta, ele vivia viajando para cada canto do país para competir, e mesmo tendo noção que o Brasil não investe muito em esportes além do futebol, ele estava no auge da sua carreira. Agora de férias, resolveu que seria uma ótima idéia passar os seus dias de descanso no Rio de Janeiro.

Na minha casa.

— Ainda não entendi por que você não alugou uma casa ou ficou em um hotel, 'tá achando que a minha casa é a casa da mãe Joana?

— Eu sou seu irmão, porra, não posso ficar um tempo com a minha maninha? Se eu for incômodo, avisa que eu já junto as minhas coisas.

Mesmo que eu apreciasse bastante o meu tempo sozinha, estar com ele não era lá a pior coisa do mundo, mas nunca que eu iria admitir isso.

— Vamos comer, hoje o dia vai ser cheio. — Fujo do assunto.

— Como assim "cheio"? Pensei que íamos passar a tarde juntos.

— Eu preciso ir em algumas entrevistas de emprego, não sei se já percebeu, mas sua maninha não está atuando na área em que se formou já fazem alguns meses. — Dei ênfase no apelido usado por ele tentando expressar a minha indignação.

Descemos juntos até a cozinha e enquanto eu fazia o café, ele fazia dois mistos quentes.
Desde a minha demissão na clínica em que eu trabalhei desde a minha formatura, tem sido difícil achar um novo local de trabalho, mas ainda não tinha me dado por vencida, aqueles cinco anos de tortura estudando sobre Freud não foram em vão.

Meu Probleminha Diário • Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora