POV: Lua
O Gabriel tinha mesmo conseguido as entradas para o jogo no Maracanã. E não só uma, ele conseguiu duas, e era óbvio que o PA estava me forçando a ir junto, segundo ele eu tinha que estar familiarizada com toda a torcida Rubro Negra. Como se eu fosse lidar com os torcedores e não com os jogadores.
— PA, eu já te falei que não vou. O que eu vou fazer lá? Não sei nada sobre futebol e não tenho interesse no assunto.
— E eu com isso? Nega, quem nos arranjou as entradas foi o próprio Gabigol, cê tá ligada? Nós temos acesso liberado ao vestiário, quando na minha vida eu iria ao menos sonhar com isso? — Ele pergunta, e eu juro que os seus olhos quase pulam pra fora de tão arregalados.
— Fico muito feliz que você esteja prestes a realizar um sonho, mas não é o meu, eu não vou. — Digo esperando que o assunto se encerrasse ali.
— Você vai, e vai com a minha camisa.
Querem adivinhar o resultado dessa discussão? Deixa que eu conto: o PA ganhou. Agora eu estava no Uber vestindo uma camisa do Flamengo quase duas vezes maior do que eu, indo para o maracanã. E eu juro aos céus que se eu fosse pegar esse trânsito insuportável todos os dias indo pro CT eu já iria começar a procurar um novo emprego.
— Por que a minha camisa é diferente da sua?
— Como assim? A sua é a mais recente, a minha é antiga, mas é da sorte.
— Não, eu estou falando dos números nas costas, vi que a sua tem um 9 e a minha 14. O que significa?
— Ata, a sua é do Arrascaeta e a minha é do Gabigol.
— Você só pode estar brincando comigo, né? — Me viro em sua direção.
— Não, nega, todos os jogadores de futebol têm um número em campo e...
— PA, eu não 'tô falando sobre isso. — Respondo seriamente.
— Ahhh, tá falando da festa? Bom que já tá com o número do meu futuro cunhado.
Eu nunca fui muito adepta à xingamentos, mas nesse momento eu juro por tudo o que é mais sagrado que precisei me segurar para não mandar o meu irmão ir pra casa do caralho.
A oportunidade de ir até o vestiário estava fora de cogitação, nem que eu ficasse no estacionamento sozinha plantada por horas esperando até que o PA saísse, mas eu não iria ver os jogadores de novo com essa camisa depois dos acontecimentos recentes.
Foi preciso passarmos por uma multidão vermelha e preta até o PA entender que a nossa entrada não seria ali junto com os outros torcedores, assim como tínhamos acesso liberado ao vestiário, também tínhamos acesso à uma área separada em cima dos setores para assistir o jogo. Nós dois estávamos parecendo duas galinhas tontas andando de um lado pro outro sem saber qual rumo seguir, precisamos pedir ajuda para uns 4 seguranças até que um finalmente nos levou até o camarote.
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Meu Probleminha Diário • Gabigol
FanfictionEla é meu probleminha diário Que eu sempre gosto de resolver Parou de responder os otário Depois de me conhecer. ... Ela faz de um jeito louco, que chega a mudar minha visão É que ela me deixa louco, mas nunca me deixa na mão.