11

397 32 23
                                    

POV: Lua

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

POV: Lua

O Gabriel tinha mesmo conseguido as entradas para o jogo no Maracanã. E não só uma, ele conseguiu duas, e era óbvio que o PA estava me forçando a ir junto, segundo ele eu tinha que estar familiarizada com toda a torcida Rubro Negra. Como se eu fosse lidar com os torcedores e não com os jogadores.

— PA, eu já te falei que não vou. O que eu vou fazer lá? Não sei nada sobre futebol e não tenho interesse no assunto.

— E eu com isso? Nega, quem nos arranjou as entradas foi o próprio Gabigol, cê tá ligada? Nós temos acesso liberado ao vestiário, quando na minha vida eu iria ao menos sonhar com isso? — Ele pergunta, e eu juro que os seus olhos quase pulam pra fora de tão arregalados.

— Fico muito feliz que você esteja prestes a realizar um sonho, mas não é o meu, eu não vou. — Digo esperando que o assunto se encerrasse ali.

— Você vai, e vai com a minha camisa.

Querem adivinhar o resultado dessa discussão? Deixa que eu conto: o PA ganhou. Agora eu estava no Uber vestindo uma camisa do Flamengo quase duas vezes maior do que eu, indo para o maracanã. E eu juro aos céus que se eu fosse pegar esse trânsito insuportável todos os dias indo pro CT eu já iria começar a procurar um novo emprego.

— Por que a minha camisa é diferente da sua?

— Como assim? A sua é a mais recente, a minha é antiga, mas é da sorte.

— Não, eu estou falando dos números nas costas, vi que a sua tem um 9 e a minha 14. O que significa?

— Ata, a sua é do Arrascaeta e a minha é do Gabigol.

— Você só pode estar brincando comigo, né? — Me viro em sua direção.

— Não, nega, todos os jogadores de futebol têm um número em campo e...

— PA, eu não 'tô falando sobre isso. — Respondo seriamente.

— Ahhh, tá falando da festa? Bom que já tá com o número do meu futuro cunhado.

Eu nunca fui muito adepta à xingamentos, mas nesse momento eu juro por tudo o que é mais sagrado que precisei me segurar para não mandar o meu irmão ir pra casa do caralho.

A oportunidade de ir até o vestiário estava fora de cogitação, nem que eu ficasse no estacionamento sozinha plantada por horas esperando até que o PA saísse, mas eu não iria ver os jogadores de novo com essa camisa depois dos acontecimentos recentes.

Foi preciso passarmos por uma multidão vermelha e preta até o PA entender que a nossa entrada não seria ali junto com os outros torcedores, assim como tínhamos acesso liberado ao vestiário, também tínhamos acesso à uma área separada em cima dos setores para assistir o jogo. Nós dois estávamos parecendo duas galinhas tontas andando de um lado pro outro sem saber qual rumo seguir, precisamos pedir ajuda para uns 4 seguranças até que um finalmente nos levou até o camarote.

Meu Probleminha Diário • Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora