Capítulo 7

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Juhak olhou para a companheira, onde esta dormia na grande cadeira na sala de estar. Um de seus irmãos a havia coberto com uma coberta, e dormindo ela parecia ainda mais jovem. Ele só tinha ido agradecer todo mundo, e quando finalmente foi capaz de ficar livre novamente, ela havia sucumbido ao sono.

Gentilmente a pegou no colo e a segurou perto de seu corpo. Seus irmãos se aquietaram enquanto ele passava, indo em direção às escadas, para não a acordar. Quando chegou ao quarto, ele se inclinou um pouco e abriu a porta. Com o pé, a chutou suavemente atrás de si. Se aproximando, a colocou em sua cama e se afastou.

Seus cachos ruivos se destacavam em contraste com sua roupa de cama preta. Ele não sabia quanto tempo ficou ali, apenas observando-a dormir, mas quando percebeu seus olhos se fechando sozinhos, determinou que era hora de descansar também.

Enquanto se despia, fez uma pausa; ele normalmente dormia nu, mas não queria incomodar a companheira pela manhã. Suspirando, pegou um par de calças de pijama e as vestiu. Quando caminhou até a cama, se deparou com outro dilema. O que deveria fazer com a companheira?

As vestes de gola alta do templo não pareciam confortáveis. Com mãos trêmulas, ele desabotoou o robe engomado e gentilmente o tirou dela. Soltando um suspiro de alívio, ele descobriu que ela usava um longo vestido de algodão branco por baixo. Este teria que servir de camisola naquela noite.

Com muito cuidado, puxou as cobertas para baixo e depois sobre Naeun antes de se acomodar atrás dela. Esperançosamente, naquela noite, se sonhasse com a companheira envolta em chamas, ele agora veria seus irmãos ao seu lado, ajudando-os como fizeram o dia todo.


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Quando Naeun acordou, esticou os braços por sobre a cabeça antes de se aconchegar novamente. Com um sobressalto, se sentou e olhou ao redor. Estava escuro demais para ser seu próprio quarto. Onde diabos ela estava?

Ela tateou ao redor, e sua mão encontrou um cristal de luz na mesa de cabeceira e o ascendeu. Cristais de luz eram usados mais em Noctem Falls. Olhando ao redor, ela se perguntou se ainda estava em Éire Danu. As paredes pareciam feitas de pedra, e Naeun podia jurar que conseguia sentir o cheiro da água de um lago. Quando a porta se abriu, ela cobriu os olhos por causa luz ofuscante.

— Bom dia, querida — Juhak disse, entrando com uma bandeja.

— Onde estamos?

Ele riu e chutou a porta para fechá-la atrás de si.

— Na vila dos guerreiros em Éire Danu.

— Está mentindo.

— Não estou. Meus irmãos bruxos se divertiram bastante criando este santuário para mim. Bastien gostou tanto que renovou os próprios quartos de maneira semelhante.

— Parece que estamos em uma maldita caverna, Juhak.

— É para parecer uma caverna.

— É assim que Noctem Falls se parece?

— De certa forma. — Ele colocou a bandeja no criado-mudo e sentou-se na cama ao lado dela. — Eu te trouxe café da manhã. Hoje o Minhyuk estava cozinhando, então está um pouco pesado na carne, já que é isso que o lobo dele prefere.

Naeun olhou para o prato de bifes de presunto frito, bacon e linguiça. No outro prato havia fatias de torrada com manteiga, queijo cortado e uma tigela de frutas.

Ela pegou a torrada e fez um sanduíche de presunto e queijo. Dando uma mordida, ela sorriu.

— Isso é muito bom.

Encanto e Confusão 13 - Meu FarolOnde histórias criam vida. Descubra agora