Capítulo 8

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Quando Juhak voltou, seus braços estavam cheio de caixas. Ele entregou a maioria destas para Naeum, mas também havia pegado algumas guloseimas para Kyla e Minja como forma de agradecer por cuidarem dela.

Kyla abriu a caixa e sorriu.

— Eu estava querendo experimentar esses brownies, mas não estava conseguindo a energia para ir à loja do Yeollie. — Ela deu uma mordida e suspirou. — Maravilhoso.

Naeum, pela primeira vez, conseguia se identificar. Comendo seu próprio bocado, ela sorriu alegremente.

— Obrigada, meu companheiro.

Juhak ficou um pouco mais ereto.

— Eu não consigo expressar o quanto sinto muito por perturbá-la. Eu gostaria de poder voltar atrás e censurar melhor minhas palavras. Quando comecei a explicar as coisas, uma história trágica levou a outra. Parecia que eu não conseguia destrinchar a bagunça.

— Juhak, não acho que houvesse uma maneira feliz de me dizer essas coisas, e deixar as coisas vagas poderia ter criado mais ansiedade. Eu tenho a impressão de que talvez, tenha sido melhor do seu jeito.

Ele parecia duvidoso. Ela não conseguia suportar a expressão de dor em seus olhos, então ficou na ponta dos pés para lhe beijar a bochecha.

— É sério.

— Você é boa demais para mim. — ele lhe beijou a testa antes de se virar para a anciã dona da loja. — Minja, uma das vestes deve ser cobrada do palácio como um presente de Vossa Majestade, mas todo o resto vai para a minha conta. — Ele se sentou e pegou uma revista da cesta ao lado de sua cadeira. — Damas, divirtam-se. — E acenou com a cabeça em direção à companheira.

Kyla inclinou-se para frente.

— É sério?

— Naeum, querida, diga a elas que roupas você tem. — Juhak sugeriu.

Naeum subiu e desceu um ombro.

— Apenas alguns robes do templo. Não preciso de muito.

Minja e Kyla trocaram olhares e começaram a se mover em direções opostas.

— Minja, se puder mostrar a ela as vestes formais, vou montar uma seleção para usar no dia a dia — sugeriu Kyla, analisando uma prateleira perto da janela.

— Naeum, querida, por aqui — Minja guiou Naeum para a seção da loja que tinha seu próprio provador.

Naeum se virou para olhar para o companheiro.

— Juhak? — Ela não queria que este gastasse muito.

Juhak assentiu como se entendesse sua preocupação.

— Minja, ela também só veio com uma única mala, então deve precisar de outras coisas também. — E olhou de volta para a revista.

Naeum sentiu o queixo cair. Não era com isso que ela estava preocupada.

Minja lhe deu um tapinha no braço.

— O Juhak, além de ser um guerreiro de unidade, vem de uma Casa Nobre de Noctem Falls. Não conseguiremos nem fazer diferença nas contas dele, então não se preocupe com os custos.

Juhak simplesmente assentiu distraidamente, depois virou a página e continuou lendo.

O próximo par de horas foi um turbilhão de tecidos e acessórios. Toda vez que ela tentava recusar algo, notava Juhak parecendo animado com o que ela estava vestindo e não conseguia dizer não. Quando partiram, haviam gastado uma soma grande de dinheiro.

Encanto e Confusão 13 - Meu FarolOnde histórias criam vida. Descubra agora