Capítulo 12

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Bruna Griphão

MEU DEUS, AQUELA MULHER ERA ENCANTADORA.

Bruna terminou de prender o cabelo, olhando para Larissa o tempo todo, vendo seu rubor rosa-claro adquirir um tom mais escuro. A mulher não falou mais nada sobre aquele vibrador – bem grande – que estava em sua mala, então também não insistiu. E tudo bem, porque ver Larissa segurar a risada e ficar constrangida ao mesmo tempo enquanto Bruna jogava o brinquedinho de volta para dentro da mala foi...

Bom, foi a coisa mais fofa que Bruna já tinha visto.

De repente, seu estômago ficou meio inquieto, agitado, como antes da exposição na Fitz ou sempre que ela abordava um agente em um evento ou clicava no botão para enviar um e-mail. Não sentia esse frio na barriga desde Gabriel, e não gostava muito daquela sensação. Mas pensou que Larissa não era só uma mulher que ela tinha conhecido em um evento ou bar. Era a melhor amiga de Key e já a conhecia desde quando ela era uma adolescente esquisita. Era um contexto diferente, só isso.

Pelo menos, foi o que Bruna disse a si mesma ao tentar acalmar o que pareciam um milhão de abelhas voando em seu estômago e tirar a câmera da bolsa. Suas mãos precisavam de alguma coisa com que se ocupar ao ir para a cama, alguma coisa em que se concentrar quando ela puxasse as cobertas.

Um colchão king size era como um oceano, mas ainda assim... Larissa estava bem ali, e Bruna de repente esqueceu como dispor seus membros na cama como uma pessoa normal. Apoiou o joelho primeiro, mas então percebeu que ficaria sentada em cima das pernas e tirou o pé debaixo de si, o que fez com que ela quase tombasse sobre um dos cotovelos com a câmera ainda na outra mão.

Empática, Larissa ignorou seu constrangimento, pegou o celular e ficou olhando para a tela, mas Bruna podia jurar que viu os cantos de seus lábios se curvarem um pouco. Ela finalmente se acomodou nos lençóis frescos e ligou a câmera. Começou a passar as fotos que tinha tirado até ali, dos outros eventos do casamento, estremecendo ao ver uma iluminação ruim e sorrindo ao perceber que, às vezes, a iluminação ruim fazia Isabel parecer o capeta.

– Conseguiu boas fotos? – perguntou Larissa, largando o celular no colo.

Bruna manteve os olhos na câmera.

– É, acho que sim.

– Posso ver algumas? Acho que nunca vi uma foto sua.

Bruna olhou para ela. Rosto sem maquiagem, cabelo preso no alto da cabeça com alguns fios roçando os cílios. Uma alça da regata tinha escorregado pelo ombro, e Bruna lutou contra o desejo de colocá-la de volta no lugar.

Ou fazê-la escorregar mais para baixo.

Ela pigarreou e se concentrou na tela.

– Claro – respondeu.

Mas as malditas abelhas voltaram, as asas enchendo seu estômago até a boca. Ela passou para as fotos do brunch, buscando algo especial, algo belo. Não sabia ao certo por que se importava com o que Larissa achava de suas habilidades fotográficas, só sabia que se importava.

Finalmente, chegou à foto perfeita.

Entregou a câmera, que Lari pegou com cuidado, como se estivesse manipulando uma joia preciosa – o que meio que era mesmo, considerando o que Bruna tinha pagado por ela –, e ficou observando o rosto dela ao reagir à foto.

Primeiro, ela abriu a boca, arregalando os olhos, mas então sua expressão se suavizou.

– Bru – disse.

E foi só isso. Uma única palavra, mas era parte voz, parte suspiro, e o bastante para fazer com que os braços de Bruna fossem tomados por arrepios, que ela tentou esconder abraçando os joelhos.

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⏰ Última atualização: Jun 03, 2023 ⏰

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