5.

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Roman

  Acordo com frio e com o som do ar condicionado, olha para o lado e Billie está dormindo tranquilamente enrolada na coberta, acho que vou ficar com frio mesmo.

  Viro de costas para Billie para lhe dar mais privacidade.

  - O que são? Essas marcas?- A de olhos azuis fala e eu me assusto com seu toque quente nas minhas costas geladas.

  Eu tenho muitas marcas antigas no corpo, algumas nunca vão se curar e essas das minhas costas foi uma vez que eu com 17 anos fui para uma balada de BDSM e aparentemente os chicotes de lá não eram para sexo e sim para castigo de verdade, minhas costas foram rasgadas e eu acho que as marcas ficaram para sempre.

  - Nascença.- Dou risada, prefiro não dizer a Billie.

  - Piadista. HaHa.- Ela se senta na cama.- Levanta que eu preciso cuidar da sua cabeça.

  - Qual das duas?- Falo com um sorriso de canto.

  - Quem sabe as duas.- Billie me encara séria.- Não 'né, a tua nuca, precisa limpar porque ela o seu sangue está em todo o a minha cama.

  - É melhor eu tomar um banho primeiro.- Billie concorda e me mostra aonde fica o banheiro.

  Ligo o chuveiro, e tiro minhas roupas. Tomo um banho rápido e quando eu saio de toalha, Billie me faz sentar na cama de costas para ela.

- Isso vai arder, muito.- Sinto um líquido passar na minha ferida, eu fecho os olhos e os punhos para não gritar.- Agora suas mãos.- Billie vem vá minha frente e se senta enquanto segura minhas mãos.- Aqui tem muitas cicatrizes antigas, que provavelmente não vão se curar se você ficar socando as pessoas.

- Mas o seu namoradinho estava precisando, eu só ajudei o rostinho dele.- Digo com um sorriso no rosto.- Billie, porque ainda está com ele?

Billie parou por alguns segundos.

- Você nunca tinha dito o meu nome.- Eu fico surpresa com meu próprio ato.- Enfim, meu pai tem uma empresa e o pai dele tem uma empresa.

  - E? É sério ? Pensei que estivéssemos no século XXI.- Falo ironicamente.

  - Pois é, quanto mais rica a família, mais antigas são as regras.- Responde com desânimo.

- E se ele morrer? Óbvio, hipoteticamente falando.

- Não sei, mas você está fodida por ter socado ele.- Fala olhando nos meus olhos.- É sério, ele vai mandar que te persigam e te machuquem.

- Estou fodida mesmo, mas se você me der uma arma não vai ser tão difícil.- Falo ainda brincando, embora esteja com um pouco de medo.

- É que eu acho que tem uns capangas dele na frente da minha casa te esperando.

Se eles estão aqui é porque não me acharam na minha casa, mas e a Anne?

- Me da uma camiseta. Eu preciso ver se minha irmã está bem.- digo séria.

Billie vai no closet enquanto eu coloco minha calça e meu tênis.

- Coloque o colete por baixo.- Ela me dá o colete e uma arma.- Eu te levo. Sua casa é longe demais.

Eu e Billie nos trocamos rapidamente e descemos para o estacionamento aonde vejo vários carros, entramos em um deles e Billie acelera o carro e pede para eu abaixar a cabeça. Escuto alguns tiros e sinto cheiro de pneu queimado. Viro de costas e coloco a cabeça para fora da janela e atiro no pára-brisa de um dos 4 carros que estavam atrás de nós.

- Acelera essa merda Eilish.- Ordeno.

Na velocidade que estávamos já chegamos, Billie nem para o carro direito e eu me jogo para fora e corro para dentro da minha casa, a porta estava arrombada.

- Anne? 'Ta aqui?!- Pergunto por minha irmã quando entro na casa.

Quando eu vi sangue, gritei por Billie.

- Vai no andar de cima, veja se minha irmã está no banheiro.

Espero Billie subir, para que eu suba atrás dela e a empurro para dentro do banheiro e a tranco lá.

- MADSON QUE PORRA! ME TIRA DAQUI!- Billie gritava lá de dentro.

Precisava que ela ficasse lá dentro. Ela não podia morrer, já matei um dos O'connell, não mataria outro.

Desço as escadas indo até a cozinha, encontrando minha irmã se arrastando para trás da bancada.

Está viva.

- Roman... Quem são eles?- Anne fala cuspindo sangue.

- Pessoas que eu vou matar. Fique aqui. Não saia e não faça barulhos.- Nesse momento cancelo todos os sons existentes, todas as minha emoções e dores físicas.

Fecho a porta da cozinha deixando minha irmã. Olho para minha sala e tinha 4 homens grandes e armados.

- Ah qual é cavalheiros? Vamos de mão a mão, ou vocês não sabem usar a mão?

Todos jogam as armas no chão e vem para cima de mim. O maior vem quase pulando em mim, vou para o lado o esperando cair e atiro em sua cabeça.

- 1

Depois, um atrás e outro na frente, um tem uma faca. Chuto o peito do cara da faca enquanto enfio minha arma na boca de outro e atiro. O da faca vem correndo e quase acerta a faca na minha garganta, mas eu fico segurando e nós fazemos um cabo de guerra entre nós e eu quebro a mão dele para que a faca vire para ele, afundo a faca na sua garganta.

- 2

Fico esperando o 4º, mas ele está com uma arma nas mãos e ele atira no colete aprova de balas. Atiro em sua coxa, o fazendo ajoelhar-se, vou até ele, atiro nos braços, chuto seu rosto fazendo ele cair, monto nele e soco ele, soco incontáveis vezes, até que seu rosto fique desfigurado.

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E lá estavam elas, as malditas lágrimas. Atiro na sua testa para ter certeza que ele morreu. Escutei Billie chutando a porta. Subi as escadas engatinhando, abri a porta e Billie caiu em cima de mim.

- Que merda você fez?!- Billie estava com o joelho na minha garganta.

- Ma...Matei eles.- Eu estava vomitando, junto com o meu vomito tinha o meu sangue.Billie saiu de cima de mim me ajudando a sentar.- Desculpa.

Comecei a chorar. Chorei como criança, chorei como nunca tinha chorado antes, chorei no colo da Billie e apertando a camiseta dela. Ela ficou confusa e depois com pena.

- Madson...Você foi esfaqueada.- Billie disse séria e preocupada.

- Porra...

Maybe i love you-BILLIE EILISHOnde histórias criam vida. Descubra agora