A Princesa do Sonhar // Morpheus

Capítulo Sete; A filha de Lilith

Theodore terminou de desenhar a runa de proteção na porta de seu quarto, em que Alice estava completamente apagada. Uma batida na porta de sua sala desviou sua atenção, e ele rapidamente olhou para a direção das batidas.

--- Demônios. - resmungou baixo ao sentir o cheiro de enxofre no ar, ele não perdeu tempo e fechou a porta tracando o sonho.

Com passos silenciosos pegou sua arma pendurada na parede acima da lareira, a espingarda era benzida em água benta, enquanto suas balas tinham um formato de cruz na ponta.

Ele rezou baixinho para o seu anjo da guarda, as batidas na porta cessaram e à maçaneta girou lentamente.
A porta rangiu estridente abrindo aos poucos enquanto a luz piscante do corredor entrava por sua sala.

--- Aparece desgraçado. - disse Theodore em voz alta apertando os punhos firmemente na arma. --- Mostre sua cara feia.- provocou o Constantine com um sorriso malicioso.

Três demônios apareceram, dois machos e uma fêmea, a mulher tinha cabelos escuros e metade de seu rosto é normal, mas a outra metade é horrivelmente disforme e esquelética, semelhantes à aparência semi-cadavérica, ela falava algo intangível a ele. Os outros dois demônios tinham o rosto todo deformado e pequenos chifres retorcidos na cabeça, e o cheiro de podre parecia vir deles.

--- Constantine. - rosnou o demônio dando um passo a frente. --- Sei que esconde algo interessante para nós, eu sugiro que entregue de bom grado e sua morte será menos... dolorosa.- ameaçou o demônio mostrando seus dentes podres.

--- E eu sugiro que voltem direto pro buraco imundo que saíram. - retrucou Theodore com os olhos fixos na fêmea, algo lhe dissia que dos três ela era a mais perigosa.

--- Nos entregue, ou terá que enfrentar a fúria de sua majestade Lucifer Estrela da Manhã.- disse o outro demônio que se mantinha mais calmo e apático.

--- Eu não tenho um rei, e se um dia eu obedecer um... será Jesus Cristo nosso senhor. - provocou o feiticeiro fazendo os demônios rosnarem ao ouvir o nome santo.

A mulher não perdeu tempo e partiu pra cima do feiticeiro, fazendo o mesmo atirar em sua direção, ela foi jogada ao chão ao ser atingida na barriga. Os outros dois seguiram o seu exemplo, enquanto Theodore apenas atirou neles, ambos levaram tiros na cabeça e logo seus corpos sumiram.

--- Agora é apenas nos dois, eles eram demônios fracos... mais você não.- disse o Constantine largando sua arma no chão, seria preciso mais do que água benta e balas contra aquela.

--- Tem razão, um filho de Lilith não cai facilmente. - disse ela, em tom baixo mais tangível pra ele.

Era isso, ela era um demônio de raça lilim, eles eram conhecidos por seus ataques noturnos. Sem pensar mais nisso ele tirou do cinto uma faca longa que estava escondida, haviam escritas em hebraico ao longo da lâmina.

--- Bela faca. - rosnou a filha de Lilith tirando duas facas longas e pontiagudas de sua bota.

Ele deixou ela atacar-lhe primeiro, observando a maneira rápida e furiosa com que se movia, pegando sua maneira de lutar Theodore passou de apenas bloquear para o ataque.
Sua faca acertou o braço da fêmea fazendo a mesma recuar uns passos, depois avançou novamente e com um movimento preciso derrubou uma das facas dela.
Furiosa a filha de Lilith atacou com raiva em seus olhos, suas facas batendo uma contra a outra enquanto ambos travavam uma luta de olhares mortais.

--- Theodore.- uma voz gritou atrás da porta com a runa desenhada.

A demônio Mazikeen sorriu maliciosa, agora sabia de onde vinha o poder, Theodore aproveitou sua distração momentânea para esfaquear o coração da lilim. Ela lhe olhou com ódio antes de tirar a faça gravada em seu peito, sua imagem piscou antes dela sumir.

O homem se permitiu cair sentado no chão, sua respiração era pesada e suas pernas tremiam.

--- Estou velho demais pra isso.- murmurou ele consigo mesmo limpando o suor de sua testa.

--- Constantine. - o grito de Alice o despertou, o mesmo se levantou e caminhou em direção à porta.

--- Você me trancou.- disse Alice furiosa, assim que o feiticeiro abriu a porta.

--- Pra sua proteção. - murmurou ele com a voz fraca e cansada.

Alice olhou a bagunça na sala e o estado cansado e ofegante do Constantine e se preocupou.

--- Aqui não é mais seguro, Alice.- disse ele caminhando para dentro do quarto, sua cabeça a mil pensando em possíveis lugares para se esconder.

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Oi queridos e queridas, sei que o capítulo tá curtinho mais prometo publicar mais em breve. Eu estava esperando pegar ferias pra poder atualizar todas as fics. Espero que tenham gostado, beijos e até o próximo capítulo.

Por favor votem e comentem ( é muito importante pra mim saber se estão gostando ou não)

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