Capítulo Dois; Humanos

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Berlim, Germany.

Morpheus parou em frente à um beco mal iluminado pelas luzes, e avistou não muito distante o pesadelo ajoelhado de costas para si, enquando tirava os olhos de mas uma de suas vítimas.

--- Coríntios.- chamou ele com irritação e desgosto em sua voz. --- Minhas criações permanecem no sonhar. - disse Morpheus se aproximando lentamente, enquando o pesadelo levantou-se e o encarou com receio. --- Elas não andam pelos vivos, matando mortais por prazer.

--- Não foi pra isso que você me criou? Porque nós deveríamos nos limitar as mentes adormecidas? Aqui no mundo desperto nos somos imbatíveis, não há nada que nos impeça de dominar tudo e todos que quisermos. - disse Corintios com euforia e crueldade em sua voz.

--- Tem sim. - murmurou o Sonho levantando seu colar de rubi na direção de sua criação.

--- Meu senhor, não por favor. - pediu o pesadelo se ajoelhando em rendição.  --- Não, não eu imploro. - disse ele enquando seu rosto se desvazia em areia aos poucos.

Morpheus ofegou ao sentir uma dor em seu peito, vozes sussurradas vinham em sua cabeça, ele sentiu um puxão o levanto.  Sua visão embaçou, seu corpo doía enquando aquela magia o levava para algum lugar.
Ele sentiu-se caindo, até que seu corpo colidiu com algo duro e frio.  Morpheus ouviu vozes distantes ao seus ouvidos, sua areia, seu colar, sua capa e seu elmo lhe foram tirados o deixando nu no piso.

--- Bom, quando nosso convidado acordar eu explicarei á ele nossas exigências.- ele ouviu uma voz masculina ao seu redor, sentiu raiva mas nada poderia fazer naquele momento.

  Eu estava impotente...
aprisionado graças à um feitiço lançado por um amador que... não se importou com os danos ao meu reino e ao dele mesmo.

--- Vocês estão lindas hoje. - elogiou à princesa às flores, enquando as regava.

--- Você também está linda, Ali.- responderam todas as flores em uníssono.

--- Isso com certeza é por causa do milord.- disse Cali, uma linda rosa vermelha com brilhos prateados.

--- Cali.- repreendeu Alice sentindo suas bochechas corarem.

--- Ora querida, já faz séculos desde que chegou aqui... já estava mais do que na hora. - disse Cali soltando um riso angelical junto à suas amigas.

A princesa sorriu envergonhada, mas seus olhos estavam cheios de preocupação, faziam-se horas desde que Morpehus sairá para o mundo desperto e ela não podia deixar de sentir-se angustiada.

--- Morpheus, logo voltará. - disse Sofia, uma linda rosa branca.

Alice sorriu levemente para ela, e agradeceu sua tentativa de acalma-lá.

--- Bom, obrigada pela conversa meninas. Mas preciso ir, as crianças já devem estar chegando.- disse ela sorrindo animada ao pensar nos humanos.

Ela se despediu com um último aceno às amigas e caminhou calmamente para fora da estufa, seus olhos percorriam sem parar cada canto do jardim enquando ela esperava às crianças.
Alice esperou por minutos... horas... e naquele dia, nenhuma criança apareceu.... nem seu amado Morpheus.

Porque na manhã seguinte alguns que dormiam não conseguiram despertar.

--- Unity vamos acordar. - chamou o homem entrando no quarto da filha e abrindo à janela para iluminar o ambiente. --- Vamos dorminhoca, não pode chegar atrasada na escola. - disse  ele tentando acorda-lá.

Sua esposa parou na porta do quarto e observou à mudança de expressão do marido.

--- Oque foi querido?. - perguntou ela confusa.

---  Chame o médico. - pediu ele engolindo o nó que se formava em sua garganta.

    A doença do sono como foi chamada, afetou um milhão de homens, mulheres e crianças em todas as cidades, povoados e vilarejos do mundo.




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