Jesse estava apenas existindo. O piloto automático dominava sua vida já tinha um bom tempo, e ele precisava mudar isso. O rapaz de 21 anos havia vivido tão pouco e já se encontrado perdido em todas as áreas possíveis da sua vida, e tudo o que ele qu...
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O nervosismo antes de se apresentar era algo que Diana já estava acostumada, mas naquele momento ela sentia uma diferença. Seria o lugar novo? Ou seria... Tudo novo? É, deve ser isso mesmo.
Ah Meu Deus! E se ela errasse um dos pedais da pedaleira e fizesse uma confusão na música? Ou então, tropeçasse nos fios da guitarra? Seus pensamentos inundavam sua mente prestes a afoga-lá.
Seus braços permaneciam em volta de sua guitarra vermelha, cheia de adesivos e grafites com símbolos das suas bandas favoritas. Antiga, porém muito bem conservada. Ela estava no aguardo do dono do bar a chamar para subir no pequeno palco. Diana balançava a perna constantemente, odiava esperar, ainda mais devido ao seu nervosismo que só aumentava mais.
— Ei, ei, você vai acabar comendo os dedos desse jeito. — Adrian tira uma das mãos de Diana de sua boca, e a segura para que ela não volte a roer as unhas. — Se a mãe estivesse aqui agora você levaria um cascudo. Ela sempre dizia que meninas tem que ter as unhas lindas e bem feitas, não lembra?
— Hoje em dia tenho mais segurança para responder que estou pouco me fodendo. — Diana desvencilha suas mãos das de Adrian, e cruza os braços, mas não diminui sua inquietação.
— O que te deixaria com um belo olho roxo, e você teria que subir nesse palco com a cara marcada e prestes a chorar. — Adrian contesta, rindo logo depois.
— Okay, você venceu. — Ela abaixa a cabeça, a encostando no braço da guitarra.
— O que te deixa tão nervosa? Não é a primeira vez que faz isso, e em todas você mandou muito bem. — Adrian senta na cadeira à frente de Diana.
— Ah... Não é igual. É outro lugar, outras pessoas... Não sei se terei a mesma retribuição aqui do que na América. Acho que... Estou com medo. — Ela se encolhe no assento ao terminar.
— Então vai com medo mesmo. — Adrian segura a irmã pelos ombros e a levanta.
— E se não gostarem do meu estilo? — Diana pergunta, ainda insegura. Sua cabeça se abaixa para encarar seu corpo cheio de tatuagens, e suas roupas escuras repletas de patches, assim como as do irmão.
— Seu estilo é o que faz você ser você. Se te rejeitarem por causa dele, vão estar te rejeitando por inteira. — Adrian coloca uma de suas mãos cheia de anéis no rosto dela, e sorri carinhosamente.
— Você é o Yoda do nosso planeta, eu te amo. — Diana sorri de volta e abraça o rapaz apertado. — Uma última pergunta. — Ela levanta um dedo e Adrian assente esperando. — Você deu uma olhada na plateia, então... Tem alguma sugestão pra primeira música?
— Olha... Tem muita gente diferenciada. — Adrian aperta os lábios em uma expressão engraçada, fazendo Diana rir. — Nirvana é muito clichê?
— Bob Dylan é clichê. — Ela afirma com um sorriso de lado.
— Calúnia. — Adrian aponta. — Tenho certeza que se tocasse Knocking On Heaven's Door metade do lugar iria à loucura.
