III - Uma Bela Distração

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Grace abriu os olhos

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Grace abriu os olhos. A luz do sol ofuscante passou por entre as venezianas da janela. Atordoada, virou-se para o lado.

Que horas eram? O relógio ao lado da cama marcava 9:15. Grace gemeu. Ainda não se acostumara com a mudança de fuso horário.

Zac também ainda devia estar no horário do Arizona. Ainda não escutara um pio vindo do berço antigo no canto do espaçoso quarto.

Repousando a cabeça outra vez sobre o travesseiro, Grace permitiu-se o luxo de despertar lentamente.

Já estava escuro quando chegaram na noite passada. Depois que Sebastian desapareceu, uma mulher atarracada acompanhara Grace até aquele quarto, com um banheiro adjacente.

Após alguns momentos dando atenção a Zac, a mulher a deixou a sós para colocá-lo para dormir e escovar os dentes.

Cansada demais para tirar o pijama da mala, Grace despiu-se até ficar apenas com a roupa de baixo e arrastou-se para debaixo dos lençóis. Quando se deu conta, já era de manhã.

Abrindo os olhos de novo, passou-os pelo aposento. A enorme cama de quatro colunas parecia ter sido feita a mão séculos atrás, de uma única árvore gigantesca. A colcha bordada era cor de vinho e contrastava bem com o teto de viga de madeira e as paredes brancas.

Como a cama, a penteadeira era primorosamente trabalhada, com um espelho de corpo inteiro e uma poltrona de estofamento de veludo. Ao longo de uma parede, havia uma fileira de armários de madeira. Com certeza, não era um quarto de hóspedes comum. Fora feito para alguém com roupas para encher todos aqueles armários.

Grace tentou imaginar as gerações de homens e mulheres Stan. Quantos deles haviam vivido, amado e morrido naquele quarto? Naquela cama? Grace nem sequer conhecera os próprios avós. Como seria ter uma história familiar que se estendia por gerações?

Enfim acordada, ela desceu da cama e adiantou-se até o berço para ver como estava Zac. Afastando a tela que protegia o berço, Grace deixou escapar uma exclamação de surpresa. Zac desaparecera.

Abrindo a mala, encontrou o roupão preto e o vestiu, amarrando a faixa ao redor da cintura. Seus instintos maternos estavam em pânico. E se ele descera ou caíra da cama no meio da noite e engatinhara para longe? Tinha de encontrá-lo.

Ainda descalça, Grace abriu a porta e saiu para o corredor envolto em sombras. Ficou paralisada, esforçando-se para escutar em meio a todo o silêncio. Já tivera pesadelos como aqueles, correndo por corredores escuros, procurando Zac. Mas aquele pesadelo era real.

Grace avistou uma luz fraca no final do corredor. Correu na direção dela, apenas para se deparar com outro corredor. A casa era confusa, como um gigantesco labirinto. Mas acharia Zac, mesmo que tivesse de vasculhar cada centímetro dela.

Dobrando a esquina seguinte a toda, deu de cara com algo grande e sólido. Cambaleou para trás e mãos fortes a seguraram pelos ombros.

– Grace? – Os olhos claros de Sebastian a fitaram. – O que foi?

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