XIV - UM GOLPE NO CORAÇÃO

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Diante do silêncio de espanto provocado por suas palavras, o médico prosseguiu

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Diante do silêncio de espanto provocado por suas palavras, o médico prosseguiu.

– Desconfiei da verdade assim que comparei o histórico médico de Zac com os outros que eu tinha em meus arquivos. O sangue de Arturo era do tipo 0. O da Srta. Miller também. O sangue de Zac deveria ser o mesmo, mas o histórico que me trouxeram mostra que ele é tipo B.

Isso não parecia se encaixar. Grace não conseguia se forçar a olhar para Sebastian, mas podia imaginar o choque no rosto dele. Será que ele acharia que ela mentira para ele o tempo todo?

– Por que não nos disse do que suspeitava, doutor? – Ele, por fim, conseguiu dizer.

– Porque preferi acreditar que tivesse sido algum engano. Entendo como é importante que essa criança seja o herdeiro Stan. Contudo, a verdade é que Zac não é o filho de Arturo.

– Não faz sentido – Sebastian disse. – Vi uma cópia da certidão de nascimento de Zac. Arturo está registrado como sendo o pai.

Sabendo que suas palavras mudariam tudo entre eles, Grace se manifestou.

– Isso foi obra minha. Cassidy entrou em coma pouco após o nascimento de Zac. Fui eu quem forneceu a informação da certidão do nascimento e presumi que Arturo fosse o pai. Eu sabia que incluir o nome dele dificultaria a adoção, contudo, não queria deixar Zac na dúvida sobre quem era o pai dele.

– Cassidy lhe disse que ele era o pai?

A voz de Sebastian estava carregada de tensão.

– Ela nunca disse que ele não era. E jamais mencionou ninguém mais. Você viu a carta do seu irmão. Até mesmo Arturo acreditava ser o pai.

– Acreditava mesmo? Ou foi orgulhoso demais para admitir que não sabia?

Grace lembrou-se de que a carta seca de Arturo estipulava que Zac não teria direito a qualquer herança. Teria sido por insistência de Mercedes ou Arturo desconfiava de que Zac não era dele?

O médico levantou-se da cadeira.

– Posso ver que os dois têm coisas a discutir. Já fiz a minha parte. Tudo o que posso fazer agora é desejar que encontrem uma solução satisfatória.

Uma solução satisfatória.

Grace ficou de pé, sentindo como se o chão estivesse ruindo sob os pés. Que tipo de solução poderiam esperar agora?

Agradecendo o médico, deixaram o consultório e seguiram para o carro. Após o choque que tivera, Sebastian ficou grato por Francisco estar dirigindo. Grace encolheu-se ao lado dele no banco traseiro, provavelmente pronta para escutá-lo esbravejar. Mas não a culpava por aquela confusão. Ela cometera um engano e não se beneficiara dele. Se tivesse registrado o pai de Zac como sendo “desconhecido”, a adoção do menino poderia ter sido muito mais simples. Em vez disso, muito graças à interferência dele, tivera a vida dela virada de ponta-cabeça. O que iria acontecer agora?
Grato pelo vidro que os separava do motorista, oferecendo um pouco de privacidade, tomou a mão dela.

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