IX - Tempestade de Sentimentos

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Sebastian planejava despedir Pablo e pedir desculpas para Grace na manhã seguinte

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Sebastian planejava despedir Pablo e pedir desculpas para Grace na manhã seguinte. Entretanto, precisou mudar de planos. Estava caindo no sono quando o telefone tocou. O funcionário do escritório de Lima estava frenético. O agente de Singapura que supria a maior parte do sul da Ásia com os vinhos estava ameaçando dar para trás no negócio, deixando de entregar várias remessas, a não ser que o contrato fosse renegociado com uma porcentagem maior para ele.

Era importante que Sebastian fosse até Lima para uma reunião online para renegociar o contrato ou para encontrar um novo distribuidor. Trinta minutos mais tarde, ele estava no carro seguindo para o aeroporto de Cusco.

Mal tivera tempo de escrever um bilhete e empurrá-lo por baixo da porta de Grace. Assim que resolvesse aquela confusão, prometeu-se que a próxima prioridade seria uma torre de internet melhor para a propriedade de Urubamba. Estava cansado de perder tempo indo e vindo o tempo todo como Arturo fazia.

No jatinho, tentou cochilar, mas os pensamentos insistiam em retornar para Grace. A maneira selvagem e protetora com que se portara com Zac na noite anterior fora magnífica. Grace era passional assim mesmo. Jamais fazia nada pela metade. Quando é que ele sentira o mesmo tipo de paixão por qualquer coisa?

Mal se lembrava de metade das festas que fora durante os dias de playboy, acompanhado de mulheres que pareciam todas iguais. E assumira o cargo de Arturo com o mesmo entusiasmo de um nadador mergulhando em águas glaciais. Até mesmo no sexo, de que ele gostava tanto e que fazia tão bem, ele parecia se conter, inclusive com Grace. Com um estalo, a voz do piloto saiu nos autofalantes.

– Há uma tempestade adiante, Sr. Stan. Melhor apertar os cintos.

Estava afivelando o cinto de segurança quando um relâmpago acertou o avião. Em uma fração de segundos, viu o clarão, sentiu o impacto e escutou o barulho ensurdecedor. E, de uma hora para outra, não havia mais nada. A não ser o ruído monótono das turbinas do avião, o uivo do vento e o estardalhaço do coração de  Sebastian ribombando nas costelas.

– Tudo bem, senhor? – perguntou o piloto pelo autofalante.

– Tudo. Como está o avião?

Sebastian sabia que aviões modernos eram projetados para suportar coisas piores, porém, ainda assim ficou temeroso.

– Tudo parece estar em ordem. Deixe-me verificar .

As palavras foram interrompidas por uma sequência de palavrões.

– O que foi?

– O motor esquerdo parou.

– Por causa do relâmpago? Mas isso não deveria acontecer.

Não houve resposta. A aeronave sacudia com violência de um lado para o outro. Desafivelando o cinto, Sebastian seguiu para a cabine e sentou-se no assento do copiloto. Pelo menos, dali, poderia ver o que estava acontecendo.

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