Min Yoongi não era flor que se cheirasse e todos sabiam disso. Indo contra todos os esteriótipos, ele controlava com punhos de ferro os negócios herdados pelo pai e não havia uma única alma em toda Daegu, que não temesse a má fama do ômega.
Dominado...
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“[...] Nós devemos constantemente construir diques de coragem para segurar a enchente de medo.” - Martin Luther King
Não sei quando volto, não tenho previsão de nada. – foi sincero, tentando não passar nenhuma informação sobre seu paradeiro, mas não sendo vago com a amiga. Dohee era uma boa ômega, cresceu ao lado dela e os dois viveram muitas coisas boas juntos, também muitas coisas ruins e ela era a melhor amiga que ele podia pedir na vida, então, não queria tratá-la friamente, mas sabia que não podia nem sonhar em dizer o que estava acontecendo porque ela acabaria dando com a língua nos dentes. – Tem muito trabalho a ser feito e vou ganhar um dinheiro bom por aqui.
- Então, a gente vai passar um tempo ainda sem se ver, alfa? – choramingou triste, sem nem tentar disfarçar o quão abalada estava com tal informação. – A tia disse que era só um tempo, como assim vai demorar mais?
- Não é nada definitivo, ômega, eu só... Talvez aqui seja melhor do que continuar aqui, entende? Aqui tem mais oportunidade e o dinheiro que eu vou ganhar, será melhor do que trabalhar na feira de domingo a domingo. Se... – testou suspirando fundo ao ouvir o choro mais intenso da ômega do outro lado da linha. Taehyung odiava vê-la chorando e odiava ainda mais saber que era por sua causa, chegava a doer em seu coração e o seu lobo ficava agoniado em aflição só de ouvir todo o choro. No entanto, infelizmente, não podia fazer muito a respeito. – Aqui parece ser um bom lugar pra construir uma vida, posso ganhar mais dinheiro e cuidar melhor da minha tia. Eu já não tenho muito o que fazer em Seo-gu, ômega, passei vinte anos aí e não conquistei nada, chegou a hora de tentar novas coisas e dá algum descanso a tia Gayoon. Quero que ela descanse e aí ela infelizmente não vai poder, então, preciso conquistar minhas coisas.
- Você pode conquistar aqui, do meu lado! – chorou alto falando meio desesperada em meio aos soluços, sem medo de parecer maluca ou algo do tipo. Dohee nunca teve vergonha do que sentia, na verdade, a ômega sempre pareceu mais franca do que parecia apropriado ser. Um exemplo foi quando Taehyung aos 17 anos arrumou um namorado, era um ômega bem legal e de quem sua tia gostava bastante, não era amor, mas era uma paixão gostosa de sentir e o Kim estava feliz por isso. Mas Dohee nunca conteve seus impulsos e acabou espantando o outro ômega com suas confissões apaixonadas desnecessárias. Taehyung não ficou com raiva, mas o rompimento foi triste e ele não pode controlar seu impulso de se sentir chateado com a amiga. Agora era um assunto superado, mas a ômega continuava agindo do mesmo modo. – Você prometeu que nunca ia me deixar!
- E eu não vou, nossa amizade não vai mudar nada e eu vou sempre está aqui por você, mas eu preciso procurar algo melhor para mim e a minha tia, e não vou encontrar estando aí. – explicou com calma, a cabeça baixa e os ombros para frente. Estava arrumado para o trabalho, faltando só a gravata porque não sabia dar um nó, sentado na ponta da cama enquanto ouvia a amiga chorando do outro lado da chamada. Era horrível e por um momento, se deixando levar pelo aperto no peito que sentia ao ouvir os soluços da ômega, ele desejou ter continuado apenas ignorando as ligações e mensagens. – Me desculpe, Dohee, eu deveria ter me despedido melhor, mas sai apressado.