They will never look for the light

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“Aqueles que não sabem que estão andando na escuridão, nunca irão procurar a luz.” – Bruce Lee.

DUAS SEMANAS DEPOIS

Jimin usou as pontas dos dentes para espremer o lábio inferior, os olhos apertados e as sobrancelhas franzidas quando precisou erguer o braço esquerdo e se livrar da camisa.

Era por volta de 3h da manhã, as ruas estavam calmas e bem silenciosas, mal dava para ouvir o barulho do vento balançando a cortina da sala, prevalecendo seus pequenos resmungos de dor e os passos de Jungkook vasculhando os armários do banheiro. Tinha chegado mercadoria nova naquela noite e eles fizeram o que faziam sempre, organizaram o pessoal, dividiram as tarefas e colocaram o plano – minuciosamente estudado e planejado, como sempre faziam porque eles eram muito ordenados no serviço – em prática. Normalmente levavam tudo de helicóptero, fazendo viagens em diferentes turnos e com rotas distintas. Mas isso acabou muito mal da última vez, então, Yoongi preferiu ir por solo, usando vans disfarçadas, firmando um acordo com alguns policiais na fronteira e usando carros batedores como escoltas disfarçadas.

Não levantaria suspeita alguma no meio da noite e eles eram ótimos no serviço, assim, 1h seria o suficiente para despachar tudo.

E foi. Eram rápidos e todos bem familiarizados com o trabalho, assim, foi tranquilo e no tempo estipulado já havia carregados as vans, despachado a balsa que trouxe a mercadoria até o porto e todos foram saindo gradativamente, pegando rotas que não se cruzavam, porém, chegava devidamente ao destino.

No entanto, enquanto Jimin e Jungkook estavam liberando a última van do porto, já indo em direção ao carro que estavam para ir embora, uma viatura caracterizada da polícia chegou até aonde estavam e as coisas acabaram saindo um pouco do controle quando os policiais tentaram enquadra-los, e os alfas não agiram da maneira que esperavam.

Houve alguns tiros trocados e Jungkook dirigindo com toda a sua habilidade de piloto de fuga para fora do lugar, enquanto o Park, debruçado pela janela do passageiro, acertava os pneus da viatura impedindo que fossem seguidos. Mas assim que acertou o último e o veículo derrapou pelo asfalto velho, Jimin ouviu um barulho de um último disparo e logo em seguida uma sensação quente em seu braço.

Havia sido acertado de raspão no braço e por mais que já tenha passado por isso em outras circunstâncias – e a cicatriz em sua coxa deixava claro o tiro que havia levado uns três anos atrás aonde quase morreu de tanto sangrar – ainda doía para um caralho e ele não se negou em soltar um grunhido de pura dor.

Jeon se assustou, dirigindo mais rápido para casa quando viu o amigo sangrando cada vez mais, sabendo que deveria levá-lo até um hospital, mas os dois estavam naquele mundo tempo o bastante para saber que ir em busca de um médico só traria problemas. E isso era tudo que menos queriam naquela noite.

Já haviam se machucado bastante, assim, Jungkook sabia como lidar, aprendeu até mesmo o jeito certo de fazer uma sutura e quando chegou perto de Jimin, carregando a maleta enorme de primeiro socorros, ele estavam pronto para lidar com qualquer coisa.

- Porra, foi fundo. – resmungou enquanto abria um pacote de luvas, antes de jogar um pouco de álcool nas mãos e vestia o material de látex sobre os dedos. Apesar de odiar sangue, suas mãos estavam firmes e bem seguras quando tocou o músculo do braço do Park, analisando melhor. – Mano, eu vou ter que costurar isso.

- Puta que pariu. – resmungou soltando outro grunhido quando Jungkook tocou perto da ferida. – Se eu encontrar aquele filho da puta, vou meter uma bala bem no meio da testa dele, pau no cu do caralho!

Burn It - TAEGIOnde histórias criam vida. Descubra agora