Min Yoongi não era flor que se cheirasse e todos sabiam disso. Indo contra todos os esteriótipos, ele controlava com punhos de ferro os negócios herdados pelo pai e não havia uma única alma em toda Daegu, que não temesse a má fama do ômega.
Dominado...
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“Se você está atravessando o inferno, não pare” – Winston Churchill.
Nicolas soltou um suspiro longo assim que ouviu uma batida na porta da frente do seu apartamento, nem mesmo precisando abrir para saber quem estava do outro lado.
Yoongi estava em silêncio fazia semanas, desde a morte de Yeom e a cena terrível dele atirando contra a testa da própria irmã, o Min o mandou sob escolta para casa e apenas o mandou esperar até que entrasse em contato. E ele esperou, morrendo por dentro a cada dia que passava e só recebia o silêncio do ômega, ansioso como não conseguiu ficar quando estava preso no casarão porque agora Lykaios sabia reconhecer o quão perigoso era quando o Min lhe dava um gelo.
Aprendeu com o tempo que trabalhou para o menor, que quanto mais quieto o chefe estivesse, mais perigoso ele se tornava porque isso o dava tempo para pensar e articular todos e qualquer brechas. E Nicolas mais do que ninguém sabia que não havia mais espaço para erros quando se tratava de si. Yoongi o via como um traidor, uma ameaça e não precisava ser muito esperto para saber o que era feito com pessoas que atraia esse tipo de sentimento a ele e Lykaios estava apavorado porque o Min não tinha mais nada a perder e tão pouco a ganhar com sua pessoa.
Todos já sabiam da morte da sua irmã, todos direta ou indiretamente vibraram com isso e estavam ansiosos para que Nicolas voltasse ao país e tomasse o trono a que lhe pertencia, porque todos já sabiam que ele era o responsável pela morte dela e até mesmo seu pai parecia ansioso. Ele não sabia dos detalhes, mas sabia que o velho até mesmo havia entrado em contato com o Min e pedido por sua vida, temendo que o ômega tirasse de si seu agora único herdeiro, tentando barganhar sua volta para casa. Mas Nicolas sabia que isso não era garantia de nada, ainda mais quando seu pai passou tanto tempo em completo complô por sua cabeça.
Por isso que sentiu seu sangue fugindo de suas veias assim que ouviu a batida em sua porta e o cheiro de Yoongi chegando as suas narinas antes mesmo de poder vê-lo.
Yoongi, como era de se esperar, não estava com uma expressão nada boa assim que foi atendido. Tinha tido uma noite anterior estressante porque passou ela quase toda em claro resolvendo problemas com uns desavisados que tentaram bancar espertos na sua área. Alguns encrenqueiros tentaram forçar a barra com os dançarinos da boate, Jeon acabou chamando reforço quando um deles se identificou como filho de um coronel de alta patente do exército – o que era terrível porque esses bostas sempre davam muito trabalho ao ômega – e Yoongi precisou sair do conforto da sua cama, aonde estava bem agarradinho com seu alfa, pra ir resolver o problema.
Os machucados arroxeados nos nós da sua mão e algumas munições a menos em sua pistola deixava claro o quão irritado ele havia ficado, principalmente quando ele precisou dar uma lição no tal pai militar que teve a estúpida ideia de grita-lo na frente de todos. Ah, foi uma cena digna de filme, mas ainda assim exaustivo, o que fazia seu humor ir para lama.
