“Neste mundo, há apenas duas tragédias: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, e a outra a de os satisfazermos.” - Oscar Wilde.
Yoongi digitou a senha na porta antes de poder entrar em seu apartamento, tirando rapidamente os sapatos e dando espaço para que Taehyung pudesse entrar também. Ele não gostava muito de como as coisas estavam indo e ainda estava em dúvida de havia feito a escolha certa em deixar o Kim ir tão longe em sua vida, se fosse realmente esperto teria o colocado em um hotel seguro e confortável e o mantido sobre vigilância, não seria a primeira vez a fazer isso e, infelizmente, talvez nem fosse a última. Mas como já dito antes, Yoongi era uma pessoa de impulsos e ele não pode ignorar a aflição em seu peito, precisava ter ele por perto pra saber que estava bem como se mais ninguém pudesse protegê-lo o bastante e por isso fez a loucura de um levar para casa, para o único lugar normal e aconchegante na vida do ômega.
Taehyung, no entanto, estava quieto desde que saíram do antigo apartamento, apertando a bolsa contra o peito e um olhar ainda assustado no rosto. Estava com medo porque não fazia a menor ideia dos motivos de alguém entrar lá e fazer toda aquela bagunça, transformando tudo em um completo caos e perturbando sua paz. Mas, por outro lado, parte de si se culpava porque ele não foi honesto com Min Yoongi mesmo tendo sido avisado que deveria ficar atento. Ele foi orientado e mesmo assim não fez, preferindo omitir todos os sinais estranhos que recebeu nos dias anteriores e agir como se soubesse o que estava fazendo, quando claramente não fazia ideia.
Yoongi lhe avisou que algo podia acontecer, deixou claro que não confiasse em ninguém e lhe comunicasse qualquer coisa estranha e anormal em seu dia a dia. Mas ele não fez mesmo quando as estranhezas chegaram, não falou porque estava ocupado demais morrendo de vergonha por ter o beijado – mesmo que não tivesse arrependido pelo que fez – e preferiu deixá-lo a par de qualquer problema.
Todavia, o problema não só bateu em sua porta como arrombou a fechadura e destruiu seu lar. O que o fazia sentir-se culpado porque o alfa sentia-se responsável pelo apartamento e talvez se tivesse orientado o ômega antes podia ter impedido que a invasão acontecesse.
Taehyung não fazia ideia de que o problema era muito, muito, muito maior do que ele pensava. Porém, também não podia controlar seus pensamentos de irem longe demais, o que lhe deixava particularmente mais chateado do que parecia necessário para a ocasião. Estava triste, irritado e envergonhado por tudo, tudo mesmo, sendo assim, aquela foi a primeira vez que ele conseguiu ficar quieto ao lado do Min, limitando-se apenas a balançar a cabeça aqui e ali quando esse perguntava se estava tudo bem, visivelmente preocupado com seu estado.
- Entre e fique a vontade, alfa. – ele ouviu Yoongi falar consigo assim que entrou no apartamento, também tirando seus sapatos antes de pisar efetivamente dentro da casa. – Nix, mamãe chegou.
Taehyung apertou o meio das sobrancelha ao ouvir o ômega falando, confuso até ouviu um miadinho fofo vindo de algum lugar dentro da casa, logo em seguida um gato preto gordo e com o rabo peludo apontando para cima, apareceu em seu campo de vista se esfregando contra os calcanhares do ômega antes de tentar escalar pelo seus jeans. Yoongi se abaixou e colocou o bichano no colo, dando beijos contra a testa peluda no gato enquanto esse se esfregava na bochecha e pescoço do maior.
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Burn It - Taegi
Fiksi PenggemarMin Yoongi não era flor que se cheirasse e todos sabiam disso. Indo contra todos os esteriótipos, ele controlava com punhos de ferro os negócios herdados pelo pai e não havia uma única alma em toda Daegu, que não temesse a má fama do ômega. Dominado...