Life is never fair

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“A vida nunca é justa, e talvez seja bom para a maioria de nós que não seja

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A vida nunca é justa, e talvez seja bom para a maioria de nós que não seja.” – Oscar Wilde.

Dez anos antes:

Yeom permaneceu quieto e em silêncio apenas observando com ele sempre ficava, aquela característica fazia parte da sua personalidade que acabava trazendo muitas vantagens em um ofício que exigia discrição acima de qualquer coisa. Com os olhos atentos, ele viu quando o chefe apertou a mão do advogado e deu dois tapinhas em seu ombro, sorrindo de um jeito bem cordial porque Min Yoseob era sempre daquele modo, ele tinha uma personalidade vibrante e que fascinava até mesmo o beta que já tinha visto versões dele que facilmente seria comparados a de um monstro, como havia acontecido algumas horas antes quando o alfa reduziu um ser humano apenas a um saco de ossos quebrados e sangue pisado.

Algumas pessoas podiam achar que isso não passava de gratidão porque o Min havia o tirado da lama e lhe fez alguém na vida, mas ele sabia que não era o caso.

Yeom nunca teve um pai e uma mãe na vida, tinha sido largado na porta de um convento ainda junto da placenta que lhe abrigou por meses, sujo de sangue e merda, dentro de um saco de lixo chorando os pulmões para fora do peito. Nós primeiros anos de vida até que se deu bem na medida que podia porque uma das irmãs havia pego para si toda a responsabilidade de cuidar de si, apesar de ser uma ômega rígida e que lhe educava com punho de ferro, ela também sabia ser amorosa consigo. Na mesma medida que ela lhe batia contra o traseiro a cada mínima coisa que julgava errado, ela ainda o abraçava em dias de chuva – que ele tinha pavor – costurava roupas novas para si e lhe protegia de qualquer maldade dentro daquele lugar. Ela também costumava lhe tocar em certos lugares que ele só descobriu ser errado após chegar na fase adulta, mas ela sempre pareceu ser a única pessoa na terra que gostava dele, então, Yeom gostava dela também.

Mas pouco antes dele fazer seus dez anos, ela morreu e ele ficou sozinho. As pessoas naquele lugar não eram gentis com ele, pelo contrário, elas eram todas tão ruins que muitas vezes a pobre criança desejou a morte para se livrar de todo horror que vivia.

Quando chegou na adolescência, tudo ficou particularmente pior – e olha que já era ruim o bastante. Ele não havia sido uma criança bem disciplinada, Yeom gostava de ir contra as regras, fazer o que lhe desse vontade mesmo que isso causasse problemas dolorosos de serem enfrentados, quando atingiu mais idade, seu comportamento pareceu agradar menos ainda os irmãos do convento e eles tinham métodos nada cristãos de lidar com pessoas como ele. Eram castigos severos e quando descobriram sua sexualidade e o forçaram a viver a coisa mais horrenda da sua vida – sim, o exorcismo – ele juntou suas poucas coisas em uma trouxa mal feita com os lençóis da cama, pulou o murro da frente – mesmo que isso tenha lhe causado inúmeras feridas nas mãos e dos joelhos – e foi embora ainda com 16 anos, agora morando na rua e se metendo em mais confusões do que parecia capaz de resolver.

Burn It - TAEGIOnde histórias criam vida. Descubra agora