Min Yoongi não era flor que se cheirasse e todos sabiam disso. Indo contra todos os esteriótipos, ele controlava com punhos de ferro os negócios herdados pelo pai e não havia uma única alma em toda Daegu, que não temesse a má fama do ômega.
Dominado...
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“O ouro é testado pelo fogo, os bravos pela aflição.” – Sêneca.
- Você já pensou em desistir, Yeom?
- Desculpe, senhor, não entendi bem. – o beta falou com a voz mansa, diminuindo a velocidade do carro quando pararam em um dos semáforo pelo percurso. Não era muito tarde, a sol estava baixando e o trânsito enchendo a medida que as pessoas saiam de seus trabalho e iam para suas casas ou ademais compromissos. Yoongi estava sentado no banco atrás do banco do motorista, observando o trânsito do lado de fora da janela blindada.
- De continuar vivo, já pensou em desistir?
- Sim, acho que todo mundo passou por isso em algum período da vida.
- O que fez você não fazer?
- Você.
O beta quis poder ver o rosto do chefe naquele instante, parecia ser a única pessoa capaz de enxergar algo no rosto sempre tão em branco do ômega. E talvez por saber disso, que Yoongi sentou atrás da sua cadeira, fugindo de ser analisado pelo mais velho.
Quando nada mais foi dito, Yeom se sentiu confortável o suficiente para continuar falando, explicando o porquê da sua resposta e, principalmente, entender de onde havia surgido aquela pergunta.
- Eu nunca tive uma família, sempre fui jogado de um lado para o outro como alguém sem valor, crescendo sem saber qual era o meu valor até o Senhor Min me resgatar e colocar pra trabalhar com ele. Mas eu ainda me sentia vazio e solitário na maior parte do tempo, seu ômega me ajudou muito e eu o tinha como uma figura materna, a única pessoa que foi capaz de me amar sendo eu quem era de verdade. Mas nem isso parecia mudar o ódio que eu tinha por mim mesmo. – ele tentou mais uma vez olhar para o ômega pelo retrovisor, apenas sendo capaz de enxergar parte do seu rosto apoiado contra o punho olhando para a janela. Vendo o sinal ficar verde, ele passou a primeira marcha no carro e tirou o pé da embreagem, acelerando antes de poder mudar a marcha de novo. – Quando soube que o ômega tinha morrido, eu me senti ainda mais perdido e quis desistir, mas então o Sr. Min chegou em casa com você enrolado em uma manta amarela bem clarinha, juntou todos e apresentou você com muito orgulho. Ele me encarregou de cuidar da sua segurança e eu nunca tinha visto um ser humano tão pequeno quando você, mal chorava durante as noites e sorria muito, muito mesmo, era um pouco engraçado, mas você sorria muito desde que chegou do hospital... Eu acabei me apegando, então, não pude ir, eu tinha que ficar pra protege-lo. E vou continuar fazendo isso até meu último suspiro.
- Eu sei e agradeço por isso. – a voz dele saiu quase embargada, fragilizada e um pouco doente. Havia muita coisa na mente de Yoongi nos últimos dias que ele não estava conseguindo gerenciar. Yeom era o único com quem ele se sentia confortável para desabafar, assim, se permitiu conversar com ele no meio do caminho até seu destino. – Me desculpe não parecer mais com aquele filhote, sinto muito que tenha que lidar com essa minha versão.
