e vem aqui

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Amor, nós construímos essa casa sobre memórias
Tire uma foto minha agora, balance até você ver
E quando as suas fantasias se tornarem o seu legado
Me prometa um lugar na sua casa de memórias

House of memoirs - Panic

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Bella Hadid.
• 13 de Março de 2020
Beverly hills, LA, USA.
Casa.

A fossa durou por tempo suficiente para que eu mesma começasse a me sentir patética. Já tinha dois dias que eu havia recebido o e-mail caloroso e simpático da minha mãe, e eu tinha passado da melancolia e do choro de donzela arrependida para a raiva que me deixava num mau humor digno de um Oscar, em alguma categoria que se chamaria: "Megera INdomada". Para piorar a situação, fui acordada do meu cochilo matinal - aquele delicioso depois de dar de mamar para Theo - por um rock pesado que me fez pular da cama.

Não havia uma única dúvida no meu querido cérebro sobre quem poderia ser o indivíduo infeliz a perturbar minhas horas sagradas de sono. Normalmente eu teria simplesmente fechado a janela, xingado o sujeito mentalmente, colocaria um travesseiro na cabeça e tentaria voltar a dormir, mas meu péssimo humor daqueles dias funcionava como um diabinho no meu ouvido, sussurrando que eu deveria causar uma treta, que era isso que eu precisava para ser feliz naquele momento.

Sendo assim, pegando a babá eletrônica, levantei-me da cama de um pulo e desci as escadas marchando, sem nem me preocupar em trocar de roupa, pentear os cabelos... nada disso. Só meu ódio maquiava o meu rosto. Abri a porta, e a luz do sol atingiu meus olhos de forma dolorosa. Eu deveria ter encarado isso como um sinal de Deus de que não era exatamente uma boa ideia o que estava prestes a fazer. Deveria ter voltado para casa, mas continuei avançando até chegar à porta ao lado, exatamente da casa de Justin.

Enfiei o dedo na campainha sem piedade, decidida a incomodar. Não demorou muito para que fosse recebida por aquele homem enorme, com seu um metro e setenta e pura glória masculina. Os cabelos dourados estavam sensualmente despenteados, o sorriso era tentadoramente safado, e ele estava só de bermuda. Claro, porque ele não deveria ter uma camisa sequer no armário, já que parecia estar sempre sem uma.

A forma como me olhou poderia ter causado um incêndio de proporções catastróficas no meu corpo e reações completamente inesperadas na minha
calcinha. Sabe aquele cara que sabe seduzir só com o olhar? Que tinha plena confiança em seu poder, em sua beleza, charme e capacidade de deixar uma mulher sem nenhuma estrutura Justin era bem assim. Para a minha desgraça.

- Você é uma visão e tanto de manhã, pequena.

Pequena... ele ainda tinha a mania irritante de me chamar assim. Tudo bem que com pouco mais de um metro e sessenta, mas não possuíamos tanta intimidade assim. Ou melhor, nenhuma. A única ligação entre nós era o fato de eu ser amiga de sua irmã. Ainda assim, o que mais me chamou a atenção foi a forma como ele continuava olhando para meu corpo. E então me dei conta de que na noite passada eu tinha dormido com um baby doll de seda azul, com o busto rendado e um short bem curto que não deixava muito espaço para imaginação. Em uma atitude defensiva, cruzei os braços contra o peito, tentando esconder ao menos uma parte, embora toda a roupa fosse bem reveladora.

- Ao quê devo a honra da sua visita? - Ele me imitou, cruzando os braços também. Só que, para ele, aquele movimento, ao invés de esconder
seu corpo destacava ainda mais os músculos indecentes e enormes de seus
braços. Não pude deixar de olhar, por mais que quisesse me matar por isso.

𝐏𝐚𝐢 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐮𝐠𝐮𝐞𝐥 - 𝘑𝘦𝘭𝘭𝘢 𝘢𝘥𝘢𝘱𝘵𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯 Onde histórias criam vida. Descubra agora