Pode ficar

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Quero que meu filho tenha os seus olhos
Estou indo contra o meu próprio conselho
Deveria ir para Nova Iorque? Não consigo decidir
A Semana de Moda é mais a sua praia do que a minha
Você e a sua irmã
Gostosas demais

Drake - Finesse

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Bella Hadid.
• 14 de Março de 2020
Beverly hills, LA, USA.
Casa.

Eu sabia que teria pela frente dias de molho. E eu não conseguia pensar em qualquer coisa que gostasse menos do que ficar me sentindo uma inútil. Por mais que conseguisse andar, meio manca, meio desajeitada, pisar ainda era doloroso, e eu não estava nem um pouco a fim de engessar o pé, então, decidi realmente abraçar o repouso.

Para uma mãe com um bebê esta não era exatamente a façanha mais simples de se realizar. Kendall estava me ajudando, mas eu sabia que ela precisaria sair naquela tarde para ir à casa da influencer, e eu ficaria sozinha com Theo. Aproveitei para tirar um cochilo antes de ela sair, porque andava dormindo um pouco mal à noite, ainda pensando na minha família, e pedi que me acordasse quando precisasse se arrumar.

Só que ela não fez isso. Acabei acordando no susto, com a sensação de que tinha dormido demais, mas, ao olhar no relógio, percebi que haviam se
passado umas duas horas, o que significava que Kendall já deveria estar terminando de se arrumar. Será que tinha se atrasado? Ou pior... saído e não me acordado, deixando meu filho sozinho?

Claro que ela não tinha a menor obrigação de cuidar de Theo, e eu era
extremamente grata por fazer tanto por nós, mas eu a conhecia e sabia que
não cometeria uma irresponsabilidade daquele tamanho. Sendo assim, mesmo sentindo dor, levantei-me da cama e comecei a descer as escadas, mancando, quase pulando num pé só. No momento em que cheguei ao segundo lance, avistei Justin sentado no sofá da minha casa, com meu bebê no colo.

Parei por alguns minutos para admirar a cena, porque, realmente, era uma visão e tanto. Eu não sabia o motivo, mas havia algo de muito bom em olhar para um homem deslumbrante como aquele agindo de forma tão adorável com um neném. Observar aquele pequeno pacotinho dentro de seus braços tinha algo de afrodisíaco para uma mulher - isso era quase uma regra. Para mim era mais ainda, porque Justin parecia segurar Theo com tanto cuidado, como se ele fosse uma pecinha preciosa de porcelana. E qualquer um que tratasse minha filha com o carinho que ela merecia - e que lhe fora privado
por tantas pessoas da família - ganhava um pedacinho do meu coração.

Ele deve ter ouvido algum barulho, porque rapidamente ergueu os olhos
na minha direção. Fingindo que nada estava acontecendo, comecei a tentar
descer a escada, porque odiaria que percebesse que eu o estava observando.

- Ei, espera aí! - Apressando-se, Justin levantou-se, colocou Theo no carrinho que estava ao lado do sofá e veio em meu auxílio, subindo os degraus de dois em dois e me amparando até que chegamos ao andar, e ele me conduziu até que eu estivesse acomodada. Ao lado do carrinho do meu filho, dei uma olhadinha nele, que dormia serenamente. Não pude deixar de sorrir.

- Você é bom com bebês mesmo - comentei, tentando ser simpática. Ele estava merecendo.

- Nah! Ele que é muito bonzinho... - Acomodando-se a uma distância segura, Justin literalmente se jogou no sofá, em uma posição relaxada que em
nada combinava com a minha. Era impressionante. O homem era um poço de confiança, enquanto eu me sentia mais e mais intimidada conforme o
conhecia e percebia que talvez ele não fosse tão babaca quanto pensei a princípio. Claro, tinha a calcinha... mas, novamente, ele era solteiro, não?

𝐏𝐚𝐢 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐮𝐠𝐮𝐞𝐥 - 𝘑𝘦𝘭𝘭𝘢 𝘢𝘥𝘢𝘱𝘵𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯 Onde histórias criam vida. Descubra agora