Te quero

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Eu não quero viver para sempre
Porque eu sei que estaria vivendo em vão
E eu não quero me encaixar em nenhum outro lugar
Eu só quero continuar chamando o seu nome
Até você voltar pra casa

Zayn & Taylor - I don't wanna live forever

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Justin Bieber.
• 05 de Agosto de 2020
San Diego, CA, USA.
Casa dos pais.

Passava das duas da manhã quando chegamos à casa dos pais de Bella, com ela cantando Bon Jovi ao meu lado, como se sua sobrevivência dependesse de suas cordas vocais não muito talentosas. Apesar de tudo, era adorável, por mais que meus tímpanos não concordassem com isso.

- Eu deveria ter feito aula de canto, sabe? - falou, com a voz levemente embolada. - Adoraria montar uma banda e sair cantando a vida inteira. Ou aprender a tocar guitarra. -Virou-se de lado, para mim, apoiando a cabeça no encosto do banco. - Você toca algum instrumento, Justin? - Não pude deixar de rir.

- Quando eu era mais novo fiz algumas aulas de violão, mas não levo muito jeito.

- Hum... está vendo? Eu não sei quase nada sobre você. Como posso estar tão apaixonada?

Oi?

O quê?

Apaixonada?

De onde tinha vindo aquela confissão Da bebedeira, obviamente, mas seria verdade? Será que ela estava mesmo apaixonada como dizia estar? Tão apaixonada, na verdade. A ênfase não passou despercebida.

- Acho que sabemos o suficiente, não é? - respondi, ainda um pouco atordoado. Senti em seus olhos que ela pareceu um pouco decepcionada. Imaginei que talvez ela quisesse que eu retribuísse. Provavelmente se sentira... rejeitada.

Desliguei o motor do carro, mas não me preparei para saltar. Bella continuava na mesma posição, olhando para mim, e eu fiz o mesmo. Aqueles olhos azuis expressivos me fitavam, e eu sabia que tinha toda a atenção de sua dona naquele momento. Eu poderia dizer como me sentia. Poderia revelar que também estava apaixonado e que ela era mais especial do que eu imaginei
que se tornaria. Que meu coração tinha sido tomado por sua doçura, sua sinceridade, lealdade e pelo quanto eu a admirava.

Eu poderia dizer isso e muito mais. Porque, de fato, havia muito mais a ser dito. Mas não tinha coragem de me declarar pela primeira vez na minha vida para uma mulher bêbada; alguém que provavelmente não se lembraria do que eu disse na noite seguinte. E eu queria que ela se lembrasse. Era a primeira vez que eu iria confessar para alguém que estava apaixonado. Porra, provavelmente era realmente a primeira vez que eu sentia aquilo. Não queria que as palavras fossem levadas ao vento. Queria que ela estivesse ali por inteiro.

- Você precisa ser enfiada debaixo do chuveiro, mocinha - falei, tentando cortar o assunto. Não era a melhor escolha, porque eu sabia que ela era bem desconfiada, mas precisava que seguíssemos em frente antes que eu dissesse algo que me faria arrepender. Bella continuou calada, realmente parecendo frustrada. Mas se eu não tinha falado antes porque ela estava bêbada, agora mesmo que não iria dizer para não parecer que estava compensando por alguma coisa.

Não era algo simples ou leviano. Estar apaixonado uma porra de um acontecimento, ao menos para mim. E eu queria que ela soubesse de alguma forma significativa. Só que Bella não era o tipo de mulher que ficava abalada tão fácil, então, saltou do carro e tirou os saltos para não entrar na casa fazendo barulho. Fomos andando sorrateiramente até as escadas, onde ela deu uma cambaleada fruto do álcool e quase caiu. Eu a segurei e levei a mão à sua boca, contendo sua risada alta, porque não pretendia acordar a casa inteira. Para não acontecer nenhum acidente, eu a peguei no colo para subirmos as escadas.

𝐏𝐚𝐢 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐮𝐠𝐮𝐞𝐥 - 𝘑𝘦𝘭𝘭𝘢 𝘢𝘥𝘢𝘱𝘵𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯 Onde histórias criam vida. Descubra agora