Capítulo 10

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Vincent ON

Assim que chego na empresa vou direto para meu andar e quando avisto a mesa de Camilla não vejo sentada como nos outros dias, mais logo vejo ela caminhando até a mesma e fico olhando como ela está linda naquele vestido preto colado que vai até metade de suas coxas grossas e os saltos alto que ela usa a deixa mais alta mais mesmo assa ela continua minúscula perto de mim.

Caminho até ela sem conseguir tirar meus olhos dela e como sempre Camilla sorri me dando bom dia, então a respondo olha para ela dos pés a cabeça, ela também fala mais alguma coisa que não entendo pois estou completamente hipnotizado com sua beleza então em um momento de lucidez corro até minha porta fechando ele com mais força do que queria.

Vou até minha mesa e me sento na cadeira confortável que tenho, então a imagem da minha secretaria sorrindo vem em minha mente sinto uma coisa estranha em meu membro, coisa essa que nunca tinha sentido até então e eu achava que nunca iria sentir isso por conta da minha doença. Eu não sou burro, sei o que estou sentindo, pois meu nível de infantilismo não é muito alto e isso faz com que eu compreenda melhor as coisas, mas mesmo assim tenho muitos pensamentos infantil e as vezes é inevitável agir como uma criança, o que me irrita e me deixa com medo de ficar perto das passos e elas descobrirem.

Acho que tô apaixonado ou me apixonando por minha secretaria, pois sempre que a vejo sinto como se milhares de borboletas voassem no meu estômago, minhas mãos ficam soadas, fico nervoso e nem sequer consigo falar com ela, nem mesmo um simples bom dia consigo dizer. Fico feliz apenas a vendo sorrir e triste por saber que ela nunca olhará para mim, saber que meus sentimentos nunca serão correspondidos me faz sentir uma dor enorme no peito como se meu coraçãozinho se partisse em milhares de pedessainhos e a única pessoa que poderia conserta-lo não irá fazer isso.

Pensando nisso acabo deixando algumas lágrimas caírem, mais tento me contrato para não chorar como um bebê mais é inevitável pois a dor que sinto por saber que nunca serei amado do meu jeitinho é enorme. Já cansei de perguntar para deus o por que dele ter me feito assim, do porque de eu ser uma aberração, e...eu queria tanto ser um homem normal, poder amar alguém e ser amado com a mesma intensidade, me casar, ter filhos, uma família com a mulher que amo e ser feliz, poder ficar perto dos meus pais, mais tudo isso foi tirado de mim quando descobri minha doença e agradeço a deus por minha família nunca ter percebido a aberração que sou ou eu teria perdido o amor deles também.

Saio dos meus pensamentos quando escuto batidas na porta, então rapidamente corro até o banheiro lavar meu rosto e tentar me controlar. Quando sinto que estou melhor volto para minha sala e me sento em minha cadeira, em seguida mando a pessoa que ainda está na porta entrar e no segundo seguinte vejo Camilla entrando toda linda na minha sala, ela é tão perfeita.

Camilla: está tudo bem Vincent? - pergunta me olhando

Vincent: sim, tá tudo bem - falo desviando meu olhar pois não quero que ela veja nesse estado

Camilla: tem certeza, você parece meio abatido aconteceu alguma coisa? - pergunta me olhando

Vincent: já disse que estou bem então limitese a fazer seu trabalho e não se meta na minha vida - falo tentando fugir do assunto mais assim que vejo seu olhar triste percebo que fui rude e me arrependo imediatamente - m...me desculpe Camilla

Camilla: tudo bem o senhor tem razão - fala visivelmente magoada e começa a mexer no tablet em sua mão

Ela começa a falar meus compromissos do dia sem me dar tempo de falar alguma coisa, em seguida sai apressada da minha sala me deixando completamente arrependido e me sentindo um monstro. Sei que eu não deveria ter falado daquela forma, mais não foi culpa minha, as vezes não percebo a gravidade das coisas que falo ou as consequências, só vou perceber a burrisse que fiz depois de fazer e as vezes nem sequer percebo.

Eu não queria ter sido rude com ela, muito pelo contrário quero ser amigo dela pois sei que isso é o máximo que alguém como eu pode querer de uma pessoa, mais agora ela me odeia e nunca mais irá olhar na minha cara. Fico pensando nisso e lágrimas começam a escorrer sem parar dos meus olhos, então vou até a aporta e tranco a mesma para que não tenha perdido de ninguem me ver nesse estado, em seguida me deito no sofá preto de couro que tem no canto da sala, como não tenho uma pepeta aqui coloco meu dedão na boca e fico sugando ele enquanto choro me sentindo um monstro por ter tratado Camilla daquela forma.

Vincent: Vincent naum tem tulpa - falo fingando enquanto fecho meus olhos me entregando a escuridão

[...]

Quando acordo percebo que já está na hora do almoço, então saio da minha sala e vejo que Camilla não está mais em sua mesa, então sigo até o elevador de cabeça baixa tentando não chorar novamente e vou para garagem onde meu motorista está. Pesso para James me levar pra casa e assim que chego lá faço meu mama em seguida me deito na minha cama para tomar meu leitinho morno, quando termino coloco minha pepeta na boca e abraço meu ursinho, então não aguento e começo a chorar novamente abraçada a ele que é a única pessoa que me entende direito.

Depois de um tempo vejo que já está na hora de voltar para empresa, então tento voltar a agir como um homem adulto e saio de casa. Minutos depois chego nos escritórios Clifford's, entro no elevador e logo chego no meu andar, então caminho até minha sala e logo vejo Camilla trabalhando, caminho olhando para ela na intenção de ir pedir desculpas novamente mais ela abaixa a cabeça não querendo olhar para mim, então mesmo sentindo meu coraçãozinho sendo esmagado respeito sua decisão e vou para minha sala suspirando triste com meus olhos marejados.

Vincent! Meu irresistível chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora