CAPÍTULO 10

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POV LUCAS

Subo as escadas frustrado. Hoje tive minha primeira consulta depois que sai da clinica, esse era um dos combinados para que eu saísse de lá. Eu teria que ir a essas consultas chatas. 

Falei para minha mãe que vi a Emilly e a Beah na rua sem querer, isso fez com que ela logo antecipasse uma consulta as pressas. Naquele dia chorei até os remédios fazerem efeito e eu dormisse. Minha mãe não me falou nada, apenas disse que meus pesadelos são conseguencias dos remédios. Mas eu não acredito nisso. 

Eu sei que estão me escondendo a verdade. Se ninguém vai me falar nada, então vou descobrir por conta própria.

Espero minha mãe ir para a cozinha e desço as escadas na ponta do pé. Achei as chaves do meu antigo carro perdidas em uma gaveta ontem, as peguei sem que ninguém percebesse, espero que ninguém de falta delas pelo menos por algumas horas.

Em poucos minutos estou indo em direção ao meu destino. Graças a Deus o carro estava com combustível, isso facilitou muito as coisas. Quando paro o carro percebo o quanto as coisas mudaram por aqui também, já era de se esperar.

A loja tem novos andares, é bem maior, mais ampla. Caminho em direção a entrada já vendo a movimentação de pessoas lá dentro. Algumas são antendidas por funcionários bem uniformizados, outras apenas olham alguns Eletros enquanto debatem entre si.

Caminho tentando passar despercebido por todos, mas falho quando um dos funcionários me aborda no caminho.

– Boa tarde, posso lhe ajudar?

– Não, obrigado. Estou só olhando. – Finjo olhar qualquer coisa a minha frente.

– Está procurando algo específico?

– Não, realmente só estou olhando. – Sorrio tentando parecer o mais natural possível.

– Okay, se precisar de ajuda é só me chamar. – Assinto agradecido.

Fico mais alguns minutos olhando o lugar. A variedade de Eletros me espanta. Não lembro de vendermos tanta coisa assim, talvez seja por que nunca dei tanta importância para os negócios da família. Esse papel ficou para a Brenda que vivia enfiada aqui com o papai.

O vendedor se distrai com outro cliente me dando espaço para continuar em frente.

– O que faz aqui? – Olho para trás vendo meu pai. Graças a Deus!

– Pai, eu só quero falar com a Brenda. Não a vi desde que voltei. – Ele continua me olhando, parado no mesmo lugar. Sua cara assustada em me ver só me faz ter mais certeza que tem muita coisa errada.

– Ela não pode falar com você.

– Por que?. – Franzo as sobrancelhas.

– Ela viajou, está de férias. – Meus ombros caem em pura frustração. – Como chegou aqui?. – Sua voz tem um tom severo e preocupado ao mesmo tempo.

– Eu sei que não devia, mas peguei meu carro. – Paço a não na nuca esperando o sermão. – Mas já estou indo embora. – Meu pai se aproxima de mim ainda me analisando com cautela.

– Venha, vamos tomar alguma coisa. – Ele da dois tapinhas nas minhas costas. Isso me faz sorrir abertamente.

Acho que posso esperar mais um pouco para ter minhas respostas.

POV BRENDA

Dois dias.

Já fazem dois dias que ela está me evitando.

Fazem dois dias que não a vejo direito e quando a vejo ela está correndo na praia ou sentada ao longe na areia, seu olhar é distante, parece perdido. É como se ela nem estivesse mais aqui, o pior de tudo é que não sei o por que dela estar fugindo de mim.

A irmã do meu namorado. ( 2° temporada )Onde histórias criam vida. Descubra agora