CAPÍTULO 26

1.7K 88 66
                                    

Brenda não conseguiu vôo para o mesmo dia que eu, então sou obrigada a voltar sozinha. Por mais que eu não quisesse que ela viesse comigo, por mais que isso vá atrapalhar sua rotina, seu trabalho. Por mais que eu tente negar o inegável... Eu preciso dela agora. Eu preciso mais que nunca que ela esteja comigo aqui.

Deixei minha bagagem na minha casa, quero dizer, na casa da minha mãe e vou direto para o hospital. O quadro dela piorou, era o que mais temiamos, era o que EU mais temia. Ela vinha bem, reagindo bem ao tratamento, aos remédios. Mas do dia pra noite tudo foi por água abaixo.

Entro em seu quarto devagar, seus olhos estão fechados. Minha irmã disse que ela passa a maior parte do tempo assim, dormindo. Algumas vezes pergunta por mim, se eu voltaria para vê-la novamente.

Aqui estou.

Sento com cuidado em sua cama, toco em sua mão.

– Você voltou, querida. – Sua voz sai mais baixa que um sussurro.

– Sim, mãe. Eu disse que voltaria.

– Sim, você disse. Obrigada por vir. – Ela respira fundo, o mais fundo que seus pulmões suportam. – Você trouxe ela?. – Franzo as sobrancelhas. Seus olhos estão fechados, mas como não obtém resposta de mim, ela os abre devagar. – A moça pelo qual seus olhos brilham quando você fala. Ela veio com você?

– Não!. – Seus olhos se fecham com a mesma lentidão que abriram. – Mas ela vira amanhã. – Um sorriso surge em seus lábios.

– Muito bem. Isso é ótimo, querida.







POV LUCAS.

- Emilly! Emilly! Emilly!. - Cantarolei seu nome. O riso que saia da minha boca não tinha um pingo de graça, pelo contrário. Eu sentia ódio, meu sangue fervia. - Você não deveria ter feito isso.

Não era minha intenção, mas no segundo seguinte, antes que eu pudesse pensar direito, ela já estava no chão. Meu punho fechado lateja tamanha a força que lhe atinjo. Tenho que sair de perto dela, antes que a machuque ainda mais.

Isso irá ensinar ela a me respeitar um pouco. A deixei no chão dando as costas desço as escadas.

Vou colocar esse lugar pelos ares antes mesmo que ela acorde. Primeiro a Emilly, depois será a vez da Brenda. Minha querida irmãzinha.

Um barulho veio do andar de cima.

Silêncio.

Uma segunda vez.

- O que você está aprontando aí encima, amor?. - Subi as escadas. Acho que a princesa acordou mais rápido do que imaginei. Apenas minha luminária iluminava aquele muquifo, não sei como ainda está de pé depois de tanto tempo. Entrei no quarto, mas ela não estava mais no chão, nem a cadeira. – Mas para onde você... – Meu corpo foi de encontro ao chão. Uma dor ardente vinha das minhas costas. Pisquei a tempo de vê-la correr pela porta.  – Você não vai muito longe Emilly, eu vou te pegar.

Minha voz ecoou em todo comodo



....

Acorda Lucas, é só mais um pesadelo. Não é real. Acorde agora.



....

- Não tão rápido, mocinhas. - A Brincadeira acabou ficar boa. - Onde pensam que vão com tanta pressa?. – As duas se viram em minha direção, Brenda se coloca a frente da Emilly. Como se isso fosse me impedir de acabar com as duas. Tão ridículas.

- O que você está fazendo Lucas?. Você ficou louco? – Sim, eu estou louco. Alucinado, completamente fora de mim.

- Minha cara irmãzinha. - Dou um passo a frente sorrindo sarcástico. - Você tirou a Emilly de mim, Brenda. Agora sou eu que vou tirar ela de você. - Se ela não for minha, ela não vai ser de mais ninguém. Muito menos da minha irmã mais nova. Minha própria irmã tirou a mulher que amo de mim. - Você vem comigo Emilly!.

- Não! Ela não vai. - Brenda a esconde ainda mais atrás de si. - Você não vai tocar em nem mais um fio de cabelo dela, Lucas. - Dou mais um paço para frente, fazendo elas irem um pouco mais para trás. - Se você quer resolver alguma coisa, resolve comigo. Como você disse, fui eu quem a tirou de você.  – Ela quer ser heroína? Então que assim seja. – Eu vou com você, vamos resolver isso nós dois. Mas deixa ela em paz.

- okay! Você vem comigo. - Assim que eu acabar com ela, a Emilly será apenas minha. - Anda logo, Brenda. Antes que eu mude de ideia. – Elas conversavam baixinho. Acho bom elas se despedirem, por que essa será a última vez que irão se ver.

Brenda caminhou em minha direção olhando em meus olhos. Ela não tinha medo de mim, nunca teve.  Mas eu queria que ela viesse a fúria, a ira, a raiva, o rancor, o ódio estampado em mim. Toda a dor que elas me causaram.

Segurei em seu braço com força. Antes que pudéssemos  voltar para a cabana pude ouvir as sirenes de polícia ao longe.

Que merda!

- Quer saber? Acabei de mudar de ideia. - Falei para Brenda que franziu as sobrancelhas. - Vamos acabar com isso aqui mesmo. Vai para perto da Emilly!. - Ordenei soltando seu braço. Ela se encaminhou novamente para perto da Emilly. Se eu vou ser preso de qualquer forma, elas não vão ficar aqui fora livres e felizes. Levarei elas para o inferno junto comigo.

Vou acabar com isso logo de uma vez.

Apontei a arma para Brenda que levantou as mãos se rendendo. Vou matar todos esses desgraçados.

- Lucas? O que você vai fazer? - Agora ela está com medo?. - Abaixa essa arma, vai ser melhor. - Tarde de mais.

- Eu tinha outros planos para nós, mas acho que não temos tanto tempo assim, não é?. Então vamos resolver isso de uma vez por todas. - Comecei a ver as luzes das viaturas ao longe. - Adeus para vocês. - Destravei a arma. Isso seria lindo. Me preparei para apertar o gatilho, lentamente, queria me deliciar com esse momento. Queria sentir o gostinho de ver cada um deles caindo.

Mas....


....



– Nãooooooo.... – O grito que rasgou minha garganta nao doia mais do que a angustia e o medo o olhar deles. 

Está escuro lá fora, com exceção do abajur que ilumina meu quarto.

Meu quarto. Estou em meu quarto.

Tento me convencer que foi mais um pesadelo, mas meu coração bate com força, parece que vai sair pela boca. Estou suado, a blusa gruda em meu corpo.

Olho para a porta quando minha mãe entra, então começo a chorar. Ela paralisa quando me vê sentado na cama.

– Eu lembrei mãe. – Ela não diz nada, mas posso ver em seus olhos que ela sabe do que estou falando. – Eu lembrei de tudo, eu tentei matar elas. Eu tentei matar todos eles. – Com paços cautelosos ela se aproxima da cama.

Ela também tem medo de mim.

Todos tem medo de mim, e agora eu sei o por que. Eu sou um mostro eu sou a droga de um mostro, eu deveria estar preso, deveria passar o resto da minha vida na prisão.










AGORA AS COISAs VÃO FICAR BOAS!

OU NÃO!









Até o próximo capítulo ❤️

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Dec 22, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A irmã do meu namorado. ( 2° temporada )Onde histórias criam vida. Descubra agora