CAPÍTULO 18

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Eu sou uma fraude não é mesmo?
Prometi dois capítulos para vocês ontem e adivinhem, a bonita da autora dormiu.

Mas voltei hoje com o que vocês tanto queiram, verdades e mais verdades.

Estou muito ansiosa pros próximos capítulos.

Seram capítulos decisivos apartir daqui.

Tenham uma boa leitura!




- Nosso amor nunca esfriou, Brenda. - Mas do que ela está falando? - Quando terminei com você, eu disse que nosso amor tinha esfriado, que tinha acabado. Mas não era verdade, eu te amava tanto, tanto. Te fazer ir embora foi a droga mais difícil que já fiz em toda minha vida. - Seus olhos enchem de lágrimas. - Ter que viver sem você todo esse tempo foi um inferno. - a primeira lágrima cai.

Enxugo a solitária lágrima que cai, mas eu sei que essa não será a única.

- Eu realmente nunca entendi o por que de você ter me deixado daquela forma.

- Mas você vai entender, eu pelo menos espero que entenda. - Assinto lhe dando meus ouvidos. - Eu estava cansada, muito cansada. Tudo que passamos tinha acabado comigo, passei a ter crises de ansiedades Constantes, tinha pânico ao ouvir alguém bater em minha porta. Eu sempre achava que iria abrir e o Lucas estaria lá. - Ela nega com a cabeça. - Mas obviamente que ele nunca estava. - Procurei ocupar minha mente, estudar mais, trabalhar mais. - Ela me olha com pesar. - Mas você sempre estava lá. Você sempre estava comigo naquele micro quarto, ao meu lado, me ajudando, me apoiando. Por inúmeras vezes estávamos em silêncio.

- Eu sempre estava lá por que não queria te deixar sozinha, por que eu sabia tudo que você tinha passado e eu não podia te deixar só.

Emilly levanta andando de um lado pro outro. É angustiante, ela está angustiada. É tão torturante pra ela falar essas coisas, que está começando a me torturar também.

- Eu sei. Exatamente por isso eu queria te deixar presa a mim, Eu não tinha o direito de te deixar trancafiada naquele quarto o tempo todo. Nós começamos a trabalhar, os horários não batiam. Começamos a nos ver menos, e essa era minha deixa. - Ela para por um segundo. - Você precisava viver, voce não podia continuar apenas existindo na minha presença.

- Emilly? - Levanto, mas ela vai pra longe de mim, ela está revivendo tudo de novo. - Você sabe melhor que ninguém que isso não tem nada a ver, eu faria qualquer coisa para estar ao seu lado. - Ela para.

- Mas não era justo. - Sua voz falha. - O sofrimento no seu olhar, no olhar dos seus pais. Eu não conseguia olhar para eles e saber que fui eu a culpada da ruína na família de vocês. - Seus ombros balançam. Ela está de costas pra mim, mas sei que está chorando. - Eu já tinha causado tanto sofrimento na sua família, Brenda.

- Você não foi culpada de nada, você tem que enteder isso. Nada do que aconteceu, absolutamente nada foi culpa sua.

- Você lembra da primeira vez que estivemos aqui? - Ela se vira para mim. Assinto, claro quer lembro. - Quando chegamos eu subi para o quarto, um tempo depois você chegou, eu estava dormindo, ou pelo menos quase dormindo. - Claro que lembro, eu a beijei, ela levou suas mãos para minha cintura, por isso achei que ela estivesse acordada. Mas... - Eu tive um pesadelo enquanto você estava sobre mim, quando você segurou meus braços.

- Você disse que se sentiu desconfortável.

- Exatamente. Era desconfortável por que o pesadelo que tive foi de quando eu estava na cabana, de quanto estava amarrada na cama. - Ela engole em seco. - Aquele foi só o primeiro pesadelo, depois disso outros vieram, muitos muitos outros. Todos os dias, todas as vezes que durmo. Por vezes tive medo de dormir, então não dormia, só para não ter que viver tudo aquilo de novo. - Ela passa a mão no rosto para afastar algumas Lágrimas. - Achei que você indo embora, me afastando da sua família, apagando todos os acontecimentos e todos que me lembravam eles, talvez os pesadelos parassem.

- Mas não pararam, não é?. - Suspiro fechando os olhos com força.

Que droga. Ela deveria ter me falado, deveria ter dividido todo esse sofrimento, ela não tinha e não precisava passar por tudo isso sozinha.

É a minha vez de começar a andar de um lado pro outro. Mas nem preso, nem mesmo depois de ter sido internado aquele diabo deu sossêgo a Emilly.

Ela não pode saber que ele está livre, pelo menos não agora. Não nessas circunstâncias. Ela vai surtar.

- Não, não pararam. Pelo contrário, só piorou. Tudo ficou muito pior. - Ela senta em minha cama. - As crises de ansiedade, as crises de Pânico, os pesadelos... Os pesadelos ficam ainda mais frequentes. Mas não tinha mais o que fazer, você já tinha ido embora, eu já tinha te feito ir embora. Não tinha como voltar atrás.

Vou até ela na cama e a abraço, lhe abraço com tudo que tenho. Com todo meu coração. Eu não posso deixar ela sofrer mais, essa garota já sofreu de mais.

Seu choro é silencioso, mas compulsivo, ela treme em meus braços.

Me acomodo na cabeceira da cama lhe trazendo junto comigo. Espero que ela se acalme, afago seu cabelo com calma, beijo o topo da sua cabeça.

- Você deveria ter me procurado quando se deu conta que se auto sabotou.

- O que sabe de auto sabotagem? - Ela olha pra cima encontrando meus olhos.

- O suficiente para saber que o que fez foi exatamente isso.

- Eu estava muito cansada, só queria que parasse. Beah me ajudou, procuramos um psiquiatra da nossa confiança, ele me deu o diagnóstico, me passou medicação. O que funcionou para a ansiedade e todo o resto. Menos para os pesadelos, fizemos de tudo mas eles sempre estão aqui, exceto... - Sua frase morre. Franzo a sobrancelhas

- Exceto...

- Quando estou com você. - Me acomodo para poder lhe olhar melhor. - Todas as vezes que dormimos juntas aqui, ou que você ficou comigo até dormir. Eu não tive pesadelos.





POV EMILLY

Ela me olha um pouco desacreditada. Acho que tudo isso é um pouco de mais pra ela, mas eu precisava falar a verdade, ela precisava saber a verdade.

Eu não a fiz ir embora por falta de amor, eu a fiz ir embora por excesso dele, pro que a amava de mais. Claro que foi a pior burrice da minha vida, mas na época fazia sentido.

- Eu sinto muito por tudo isso, não ah nada que eu possa fazer para mudar o passado. - Me acomodo ao seu lado na cama. Deito em um travesseiro e ela no outro de frente pra mim. - Eu senti muitas saudades suas. - Falo olhando em seus olhos.

- Eu também semi muitas saudades suas. Todos os dias sua ausência me maltratava. Eu tentei te procurar algumas vezes, mas você nunca estava nos lugares que eu ia, não tinha como te ligar, você tinha mudado de número. - Suspiro, me arrependo de ter feito isso. Se ela tivesse me ligado, se tivéssemos mantido pelo menos contato, não teríamos sofrido tanto. - Por favor, não me deixe mais. - Sua voz sai como um surro.

- Eu não vou mais deixar você.

Me aproximo para beija-la.

Eu não a deixarei mais, não deixarei que ela saia mais da minha vida. Assim como não me permitirei sair da sua.













Até o próximo capítulo ❤️

A irmã do meu namorado. ( 2° temporada )Onde histórias criam vida. Descubra agora